segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Perda de filhos na infancia espiritismo

InfanciaApesar de ser extremamente dolorosa a perda de um filho pequeno, pense nele sempre com carinho e envie vibrações de amor eterno


 
Apenas quem já perdeu um filho na infância pode descrever a dor que se sente neste momento tão doloroso. Como se o mundo girasse ao seu redor, você pensa estar vivendo um pesadelo e que, ao acordar, tudo voltará ao normal. Mas a realidade se mantém e você não entende o porquê de estar acontecendo tudo aquilo. Chega a duvidar da justiça divina e as perguntas constantes permanecem: Por que meu filho se foi tão jovem, cheio de vida, com um futuro promissor? Por que eu não fui em seu lugar? As indagações são muitas, mas a resposta só vem com o tempo.

A família tem que estar muito unida em um momento como esse. A religião é um bálsamo para a dor que, em certos dias, parece ser infinita. Temos que ser fortes e acreditar que nada acontece por acaso. A revolta e o descrédito em Deus não são justos. Há momentos na vida em que precisamos passar por determinadas experiências, para que possamos ter uma visão de vida diferente da que temos atualmente.

O desencarne de uma criança comove até as pessoas que mal conhecemos. Richard Simonetti descreve em seu livro Quem tem medo da morte?: "O problema maior é a teia de retenção formada com intensidade, porquanto a morte de uma criança provoca grande comoção, até mesmo em pessoas não ligadas a ela diretamente. Símbolo da pureza e da inocência, alegria do presente e promessa para o futuro, o pequeno ser resume as esperanças dos adultos, que se recusam a encarar a perspectiva de uma separação".

LAMENTAR A PERDA PREJUDICA O ESPÍRITO

As lamentações, o choro e a fixação no ente querido que desencarnou prejudicam sua reabilitação no plano espiritual, fazendo com que ele sofra vendo tamanho desespero de seus familiares. A oração é o melhor remédio para todos. Pedir a Deus que proteja e auxilie seu filho no plano espiritual é a maneira correta de lhe fazer o bem.

Reviver a tragédia que ocorreu no plano terrestre pode ser um martírio, pois, no plano espiritual, há toda uma equipe de trabalhadores dando o suporte necessário ao desligamento do espírito do aparelho físico. Além do mais, conforme explica Simonetti, "o desencarne na infância, mesmo em circunstâncias trágicas, é bem mais tranqüilo, porquanto nessa fase o espírito permanece em estado de dormência e desperta lentamente para a existência terrestre. Somente a partir da adolescência é que entrará na plena posse de suas faculdades".

Em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec pergunta: "Por que a vida freqüentemente é interrompida na infância"? A resposta dos espíritos é a seguinte: "A duração da vida de uma criança pode ser, para o espírito que está nela encarnado, o complemento de uma existência interrompida antes de seu termo marcado e sua morte, no mais das vezes, é uma prova ou uma expiação para os pais".

Ernesto Bozzano, em Enigmas da Psicometria, escreve que não são desconhecidos os casos de mortes infantis nos quais o espírito já tenha progredido bastante para suprimir uma provação, mergulhando na Terra só com a finalidade de se revestir de elementos fluídicos indispensáveis ao perispírito desejoso de se preparar para a próxima reencarnação.

Com o tempo, você vai encontrando respostas para suas indagações. A lembrança daquele filho que se foi talvez nunca sairá de sua mente, mas sempre que pensar nele, pense com carinho, enviando boas vibrações, para que, onde ele se encontrar, possa senti r todo o amor que você emana.

REENCONTRO NO PLANO ESPIRITUAL

Em entrevista publicada na edição nº 11 da Revista Cristã de Espiritismo, Mauro Operti, quando perguntado sobre que mensagem daria às pessoas que perderam seus entes queridos e acreditam que nunca mais irão encontrá-los, respondeu:

"Para estas pessoas eu diria que Deus não cometeria esta maldade de separar definitivamente dois seres que se amam. A essência da vida é o outro. Por que Deus juntaria num breve tempo de uma existência duas criaturas que se sentem felizes de estar juntas e depois as separaria pela eternidade? A certeza da sobrevivência que a prática espírita garante às criaturas está acompanhada da certeza da reunião daqueles que se amam depois da perda do corpo físico. Esta é a maior consolação que poderíamos desejar, mas não é só uma consolação piedosa, é uma certeza proveniente da vivência que, aos poucos, vai nos tornando mais seguros e menos propensos às crises de ansiedade e aflição que são tão comuns às pessoas hoje em dia. Temos certeza e sabemos, não apenas acreditamos".

O Evangelho Segundo o Espiritismo diz que, quando Jesus falou "deixai vir a mim as criancinhas", Ele se referia ao fato de que "a pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade, excluindo todo pensamento egoísta e orgulhoso". Explica ainda que "é por isso que Jesus toma a infância como símbolo dessa pureza, como a tinha tomado para o da humildade. Somente um espírito que tivesse atingido a perfeição poderia nos dar o modelo da verdadeira pureza. Mas a comparação é exata do ponto de vista da vida presente, pois a criança, não podendo ainda manifestar nenhuma tendência perversa, oferece-nos a imagem da inocência e da candura. Além disso, Jesus não diz de maneira absoluta que o reino de Deus é para elas, mas sim para aqueles que se lhes assemelham".

Leia este texto

Quando morre uma criança

"Menininha que iluminou este mundo tantas vezes
feio e cruel, você vai continuar entre nós, na memória
de sua passagem breve como a de uma lanterna mágica
que vara o céu"

Ilustração Atômica Studio

Diz um filósofo que toda morte de uma criança é a refutação da existência de Deus. Eu acho que cada morte de uma criança enfatiza o mistério no qual estamos mergulhados, e que não é silencioso: ele fala alto. Então nos atordoamos para não ouvir, fugimos dele para não o perceber, recorremos a mil atividades e distrações numa agitação insana – horários, compromissos e prazeres, buscamos e perdemos, corremos e não chegamos nunca, nem sabemos aonde queremos ir.
Eu nunca tinha visto uma criancinha morta. Nunca tinha ido ao velório de uma, e quase me acovardei, quase não fui. Mas o carinho pela família, e por essa menininha que tantas vezes vi correndo e brincando, com a qual tive alguns diálogos deliciosos, me deu coragem. E fui. Alguém murmurou: parece uma boneca numa caixinha. Ela, a pequena, serenada do sofrimento que ocupou quase todo o espaço dos seus poucos anos, dormia o seu sono enigmático. Nós, adultos de todas as idades, chorávamos. Uns pela perda da pessoazinha amada, outros condoídos pela dor dos amigos, outros, ainda, esmagados pela fragilidade que a doença, o sofrimento e a morte nos fazem sentir.
Amor e devoção imensos iluminaram a vida dessa criança e a todos ao redor. Esse foi talvez o legado maior que a menininha que partiu nos deixou: ao lado da dor e da aniquilação, do desespero e do medo, também existem o bom, o belo, o forte, o amoroso, a devoção e a lealdade – mesmo que tanta coisa fora de nós, de nossa casa e nossas amizades nos pareça decadente ou ameaçadora. Pois todo dia ao acordar somos assaltados por notícias que causam melancolia ou indignação, visões de cinismo, conchavos perversos, desprezo pela honra e falta de modelos positivos. Pouco se faz. Nada se faz. Vivemos ao ritmo desse triste refrão: "as coisas são assim mesmo", "é a vida", "política é isso", "impossível administrar a violência", "o narcotráfico manda em toda parte", "uma maconhazinha só não faz mal", "ninguém tem nada a ver com minha vida", "não adianta querer mudar", e assim por diante.
Por toda parte, famílias em crise. Pais omissos ou ocupados demais não sabem o que fazem filhas de 10 anos em festinhas sem o cuidado de adultos; pré-adolescentes transam, curtem bebida, maconha ou drogas pesadas, depois que o primeiro cigarrinho abriu as portas. Numa grande festa, jovenzinhos bêbados ou drogados vomitam ou dormem nos banheiros de um clube elegante. Adultos passam cuidando para não sujar os sapatos. Só acontece algo quando uma dessas crianças passa realmente mal, e é preciso chamar a ambulância. Onde estão os pais? Vão me achar rigorosa demais, mas eu insisto: onde estão os pais? Sabem onde andam os filhos, com quem convivem nas longas horas fora de casa, têm consciência do quanto são responsáveis? Este é um dos dramas da maternidade e paternidade: teve filho, é responsável. Quem ama cuida. E que seja com alegria, ou não vale. Não funciona. É de mentira.
Escrevo essas coisas rudes, pelo seu contraste com meu verdadeiro assunto: uma criança, enferma a maior parte de sua vida, e sua família provaram que neste mundo também existe verdadeiro amor, que é dedicação. Sem saber, ela ensinou os outros a ser ainda mais unidos e mais amorosos, eles que tudo dariam para preservar a luz daquele seu tesouro, mas tiveram de se render ao destino, à enfermidade, à morte – não importa o nome. Junto com o sofrimento, ficaram para sempre a claridade, a doçura e a força que vão continuar emanando dessa dura experiência transformadora, e daquela figura travessa, inquieta, corajosa, de grandes olhos escuros que me fitaram tão sérios quando lhe perguntei brincando:
– Você não quer um dia desses dar uma volta comigo na minha vassoura de bruxa?
Sem traço de dúvida ou hesitação, ela disse:
– Eu quero!
Menininha que iluminou este mundo tantas vezes feio e cruel, você vai continuar entre nós, na memória de sua passagem breve como a de uma lanterna mágica que vara o céu. Mas esse passeio eu fiquei te devendo. Um dia, quem sabe, quando todos formos poeira de estrelas.

Crianças mediuns que fazer? (Espirita)



A Verdade Que Liberta  é... quem sabe distingue!”



Com certeza, todos temos a mediunidade, em variados e particulares graus de desenvolvimento, porque esse potencial é inerente aos seres humanos, sem exceção ou privilégio. E independe da idade, da raça, do sexo, das crenças e da moral. Ou seja, crianças podem ter essa faculdade desenvolvida nas vidas passadas e apresentar fenômenos mediúnicos precocemente, em época que consideramos inadequada. Mas se está acontecendo, e não com uma só criança, faz parte do que é natural e normal, apesar de incomum. Vamos lembrar que Kardec contou com a colaboração mediúnica de quatro adolescentes, extremamente competentes e equilibradas.

Além do que, contra fatos não há argumentos e, segundo o Espiritismo, não é possível retirar, fechar ou impedir a mediunidade de funcionar. Pode-se tão somente esclarecer, educar e ajudar a criança a administrar sua vida, com as características que tem e que devem ser consideradas valiosas.

Mesmo crianças de lar espírita não costumam ouvir que mediunidade e influência espiritual são duas coisas distintas, embora sejam leis universais e lidem com os desencarnados. No geral essa distinção não é feita, misturando-se conceitos e interpretações, o que perpetua erros conceituais e dificuldades de conviver com os fatos.

Mediunidade é veículo de comunicação e influência espiritual é fruto do que se sente e pensa. Nem todos têm um observável desenvolvimento mediúnico, ou seja, da capacidade de se comunicar com Espíritos, mas todos atraímos Espíritos, por afinidade e semelhanças no ser e pensar, e recebemos essa influência sem perceber. É a mediunidade que percebe, mas não é ela que atrai.

Se a verdade liberta, o desconhecimento gera receios, inseguranças e impotência. Por isso, é comum que a criança médium tenha medo, e muito medo do que lhe acontece, sobretudo se os familiares temem ou negam “o invisível”. Também podem ser discriminadas por parentes, professores e amiguinhos, sentindo-se um ET, bem como ameaçadas por Espíritos maus e por visões desagradáveis.

O que fazer?

Adotar o coitadismo e o vitimismo, mimando a criança, falando baixinho com todos sobre o PROBLEMA que ela tem e de como está sendo difícil viver com “isso”? Ou quem sabe apelar para o religiosismo e fazer a criança sentir-se obsidiana, perseguida pelo mal e obrigada a rezar, sem entendimento do que faz, aumentando o medo e a sensação de impotência? Ou adotar psicoterapias materialistas e medicamentosas, para que a criança não perceba o que ocorre, porque, afinal, é só uma criança e precisa ser “protegida dessas coisas”?

Atitudes como as descritas e similares, do tipo cuidados especiais, superproteção, andar atrás da criança, perguntando se está bem e dizendo preces, só pioram a situação, formando um clima lúgubre, de tristeza e apreensão no lar, como se a família sempre estivesse a espera daquele “momento terrível”.

Nos lares que não conhecem o Espiritismo, esses comportamentos são fruto do que não sabem sobre a vida. Mas nos que já têm essa luz do entendimento, espera-se que esclarecer o assunto e dar-lhe melhor direção, seja a postura assumida e mantida.

Vamos estudar, de forma isenta e sem interpretações, a definição espírita de mediunidade e vamos ponderar bastante sobre ela, bem como sobre as leis de reencarnação, evolução, livre arbítrio, causa e efeito e fluidos, que são bases doutrinárias do Espiritismo, melhor dizendo, sua filosofia de vida. Certamente, essa dedicação abrirá condições dos pais adotarem recursos mais adequados e eficientes, para acompanharem suas crianças médiuns, corajosa e salutarmente.

Quanto a mediunidade, é indispensável que ensinemos às crianças a sua definição e não os preconceitos, os misticismos e as lendas que vêm do mais remoto passado, quando se achava que esses “dons” eram sinal dos deuses (antigüidade) ou dos demônios (judeus e religiões cristãs).

O Espiritismo é o divisor de águas, porque demonstrou que a mediunidade é uma faculdade, uma potencialidade natural de todos os seres humanos. Existe para que os desencarnados sejam percebidos e entendidos pelos encarnados, pois estamos sempre juntos e constituímos a humanidade da Terra. Ao mesmo tempo, ela é a condição de sabermos quais Espíritos estão nos influenciando, porque são nossos sentimentos e pensamentos que os atraem. (Ler O Livro dos Médiuns, cap XXI, item 232.)

Que não haja espanto ou descontentamento ao reconhecermos manifestações mediúnicas em nossos filhos pequenos, quando falam de seus amiguinhos invisíveis para nós, quando vêem os avós já mortos e, até mesmo coisas assustadoras. Eles não são azarados ou vítimas do mal, são criaturas reencarnantes, trazendo no “baú” das vidas passadas, recursos e situações a seres resolvidas.

O que precisa ser feito é ajudar a criança médium, mantendo sua vida normal, mas esclarecendo-a de que tem um potencial mais desenvolvido que a maioria das pessoas. Isso não a faz melhor, apenas é possuidora de um patrimônio espiritual mais trabalhado, da mesma forma, por exemplo, que outras crianças são desenhistas, atletas, líderes, e ela não é. Cada qualidade é um potencial desenvolvido desde outras vidas.

Acompanhar a criança nas preces de ligação consciente com seu anjo de guarda; na limpeza fluídica (“colocar luz”) do quarto dela ou dos ambientes da casa; ensiná-la a perceber, pelos pensamentos que está tendo, se o Espírito é ou não bem intencionado; ensinar-lhe técnicas de auto-domínio, para que não saia da posse de si; treiná-la a desviar a mente da visão que não for boa ou da influência em hora inconveniente, focando-a em outra coisa; treiná-la a não temer, porque os Espíritos só podem mandar pensamentos, mais nada que isso, por exemplo, é da responsabilidade dos adultos que cuidam dela. Alguns anos depois, teremos uma pessoa muito mais apta a viver bem e com recursos que grande parte da sociedade não tem. Ou seja, promover o equilíbrio na infância, gera mais equilíbrio e benefício na fase adulta.

Com a ressalva de que tudo isso seja explicado como um aproveitamento da oportunidade e aquisição de técnicas necessárias a lidar com a mediunidade, para ser feliz com ela, e nunca como defesa de algo ruim e indesejável. Se essa segunda postura for adotada os resultados não serão os mesmos, porque perpetuaremos o medo e a criança facilitará as influências más.

Grandes e competentes médiuns, espíritas ou não, são apenas aqueles que gostam dessa sua característica e aprendem a usá-la em seu favor e no dos outros.

O que fazem os pais de uma criança com pendores musicais precoces? Levam-na, custe o que custar, a um bom professor e lhe dão os recursos possíveis e o necessário apoio, porque sabem que é preciso desenvolver adequadamente esse potencial, para o bem estar e o equilíbrio psicológico da criança.

Da mesma forma, busquemos o aprendizado e os recursos que ajudem nossas crianças médiuns a tirarem o melhor proveito do potencial que possuem, porque assim terão bem estar e equilíbrio psicossomático, para quando, mais velhas, poderem usar essa faculdade em favor do bem do mundo. Não é isso que queremos para elas?

Joguemos fora, de vez, a lenda de que a mediunidade é algo perigoso, um transtorno indesejável, que cria problemas, doenças e perturbação. Isso é um preconceito impingido para temermos algo que, alem de ser natural, ajuda a todos. Só não ajuda aos interesses de quem queira manter as pessoas ignorantes e tolas, voltadas só para o lado material da vida. A esses, a mediunidade, própria e dos outros, é uma grande embaraço...

Cuidemos para que as crianças médiuns vivam bem consigo mesmas, gostando de sua mediunidade e cientes de que estão, agora, só aprendendo a usá-la bem, coisa que farão livremente no momento oportuno. Que elas entendam, claramente e sem nenhum receio, que são os sentimentos e pensamentos que atraem Espíritos, os quais podem ligar-se a nós por causa disto, e não pela mediunidade.

A compreensão e o uso da inteligência são sempre saudáveis e se opõem a prisão que é o medo. Assim, estaremos ajudando, de forma eficiente e discreta, a diminuir e, quem sabe, sanar preconceitos, dores e traumas que essas crianças carregam.

O Espiritismo tem recursos para libertar a consciência das idéias falsas e desamarrar os corações dos medos e inseguranças. Usemos essas benesses...

Espíritos maus e vingativos assediam sua criança? Certamente há razões passadas, bem graves, para isso e chegou a hora da solução. Mas o sofrimento é de ambas as partes. Pense nisso...

O Centro Espírita pode ajudar, esclarecendo os Espíritos nas reuniões de tratamento desobsessivo, e aos pais e filhos pelo ensino espírita e também pelo tratamento fluídico de passes.

Mas é no lar, no dia-a-dia, que a família vai colaborar, amplamente, com essa criança, para que ela viva bem consigo mesma, entendendo, o possível dentro da idade, que tem um potencial de perceber Espíritos; que isso é bom e que irá, aos poucos, aprendendo a dominar-se e a gerenciar esse instrumento, que é dela; e que existe para ela, com mais idade, fazer excelentes coisas. Por exemplo, para ser a ponte entre os desencarnados e os encarnados da família, que se amam e sentem saudades. E muitas outras coisas belas e construtivas, que o tempo mostrará!


Transcrição da 2ª- parte do texto Autoconsideração, copiado do livro Imensidão dos Sentidos, de Hammed/Francisco do Espírito Santo Neto, Editora Boa Nova, como apoio e extensão dos raciocínios desenvolvidos acima, mostrando como atraímos Espíritos, por semelhanças das formas de pensar. E notemos que essas reflexões, sábias e oportunas, baseiam-se no texto de Kardec que distingue mediunidade e influência espiritual. O mesmo usado como referência para o texto.


...
“Indivíduos que não se valorizam criam em seu campo magnético – aura humana – energias negativas mantidas por pensamentos habituais de autodesvalorização. A partir daí, materializam acontecimentos inconvenientes e atraem indivíduos semelhantes (encarnados ou desencarnados) à sua maneira inadequada de se comportar diante das pessoas e dos acontecimentos.

Por exemplo, se repetirmos constantemente para nós mesmos que somos indignos, tolos e desprezíveis, atrairemos ondas mentais similares a esses autoconceitos, porque chamaremos para nós sentimentos semelhantes de outras criaturas. Pudera, nós vibramos contra nós mesmos!...

“Seria um erro crer que é preciso ser médium para atrair a si os seres do mundo invisível. O espaço deles está povoado; temo-los sem cessar ao nosso redor, ao nosso lado, nos vêem, nos observam, se misturam às nossas reuniões, nos seguem ou nos evitam segundo os atraiamos ou os repilamos.”(O Livro dos Médiuns – cap. XXI – item 232 - parcial)

Ao pensarmos, nossa casa mental irradia vibrações ou ondas que se propagam no universo energético circundante com que ela sintoniza. A energia que dissipamos é que atrai a consideração, ou não, dos outros. Quanto mais nos rejeitamos, maior é a rejeição das pessoas para conosco.

A atitude de nos subestimar ou menosprezar cria em nossa intimidade uma estrutura psicológica comparável a um “mata-borrão” ou a um “exaustor energético”, que suga tudo o que existe de negativo no ambiente em que nos encontramos. Podemos nos equiparar a verdadeiros “ímãs”, que vão atraindo a “limalha de ferro”.

Não importa se trazemos de nossa atual ou das passadas existências um sistema de crenças derrotistas do tipo: “Se não fomos considerados ou amados foi porque não somos dignos de amor”. Ou também, “Se fomos abandonados ou negligenciados por pessoas importantes de nossa vida é porque somos desprezíveis”. O que hoje realmente importa é a conscientização de que se nossos olhos estão envolvidos com nosso próprio malquerer, imediatamente sintonizaremos com o mal alheio. A mente é, ao mesmo tempo, uma fonte receptora e uma força propulsora, que capta e irradia qualquer onda mental.

A autoconsideração, isto é, o amor a nós mesmos, é o melhor antídoto contra as energias deletérias. Esse autocomportamento afetuoso melhorará a qualidade de nosso relacionamento com nós próprios e com os semelhantes.

No entanto, a autoconsideração não pode ser comparada ao narcisismo ou ao egoísmo, mas, sim, ao fato de que somos tão dignos do amor quanto o nosso próximo, ou seja, devemos desejar e buscar mutuamente o amor incondicional.

“Amarás a Deus sobre todas as coisas” é o primeiro e o maior de todos os mandamentos, “amarás ao próximo como a ti mesmo” é considerado o segundo e semelhante ao primeiro; tanto que Jesus Cristo afirmou perante os judeus da época que “toda a lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos”.

A autoconsideração faz nosso “universo íntimo” girar em torno do amor e, em virtude disso, atrair criaturas e energias amorosas em nosso derredor.”

Mediunidade em crianças( espirita)

AQUI  VIDEO SOBRE MEDIUNIDADE EM CRIANÇAS!

Crianças na(Umbanda)


AS CRIANÇAS NA UMBANDA – Revelação



A Linha das Crianças, cujos membros baixam nos centros de Umbanda é de todas a mais misteriosa.
Esses espíritos infantis nos surpreendem pela ternura, inocência, argúcia, carinho e amor que vibram quando baixam em seus médiuns.
O arquétipo não foi fornecido pelo lado material da vida, pois uma criança com seus 7, 8 ou 9 anos de idade, por mais inteligente que seja, não está apta intelectualmente a orientar adultos atormentados por profundos desequilíbrios no espírito ou na vida material.
Quem forneceu o arquétipo foram os seres que denominamos “encantados da natureza”.
Não foi baseado em espíritos de crianças que desencarnaram que essa linha foi fundamentada e sim, nas crianças encantadas da natureza amparadas pelos orixás, que os acolhem em seus vastos reinos na natureza em seu lado espiritual e os amparam até que cresçam e alcancem um novo estágio evolutivo, já como espíritos naturais.
Os espíritos que se manifestam na linha das crianças atendem pessoas e auxiliam-nas com seus passes, seus benzimentos e suas magias elementais, tudo isso feito com alegria e simplicidade enquanto brincam com seus carrinhos, apitos, bonecas e outros brinquedos bem caracterizadores do seu arquétipo. Ele é tão forte que adultos encarnados sisudos se transfiguram e se tornam irreconhecíveis quando incorporam suas “crianças” ou Eres.
A presença desses espíritos infantis é tão marcante que mudam o ambiente em pouco tempo, descontraindo todos os que estiverem à volta deles.
Todo arquétipo só é verdadeiro se for fundamentado em algo pré-existente.
O arquétipo “Caboclo” fundamentou-se no índio brasileiro e no sertanejo mestiço.
O arquétipo “Preto-Velho” fundamentou-se no Preto já ancião, rezador, mandingueiro e curador.
O arquétipo “Criança” fundamentou-se na inocência, na franqueza e na ingenuidade dos seres encantados ainda na primeira idade: a infantil.
E, caso não saibam, há dimensões inteiras habitadas por espíritos nesse estagio evolutivo, conhecido no lado oculto da vida como “estágio encantado”. Nessas dimensões da vida vivem eles e suas mães encantadas, todas elas devotadas à educação moral, consciencial e emocional, contendo seus excessos e direcionando-os à senda evolucionista natural, pois eles não serão enviados à dimensão humana para encarnarem.
A elas compete supri-los com o indispensável para que não entrem em depressão e caiam no autismo ou regressão emocional, muito comum nessas dimensões.
Nelas há reinos encantados muito mais belos do que os “contos de fadas” do imaginário popular foi capaz de descrever ou criar.
Cada reino tem uma Senhora, uma mãe encantada a regê-lo. E há toda uma hierarquia a auxiliá-la na manutenção do equilíbrio para que os milhares de espíritos infantis sob suas guardas não regridam, e sim, amadureçam lentamente até que possam ser conduzidos ao estágio evolutivo posterior. O arquétipo é forte e poderoso porque por trás dele estão as Mães Orixás, sustentando-o, e também estão os Pais Orixás, guardando-o e zelando pela integridade desses espíritos infantis.
A literatura existente sobre esse estágio se restringe a alguns livros de nossa autoria que abordam o estágio encantado da evolução dos espíritos.
Mas que ninguém duvide da sua existência, porque ele realmente existe e não seriam “crianças” humanas recém-desencarnadas e que nada sabiam de magia ou de orixás que iriam realizar os prodígios que os “Erês” realizam em benefício dos frequentadores das suas sessões de
trabalhos ou com as forças da natureza quando são oferendados em jardins, à beira-mar, nas cachoeiras ou em bosques frutíferos.
Há algo muito forte por trás do arquétipo e esse algo são os Orixás encantados, os regentes da evolução dos espíritos ainda na “primeira idade”.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Escolha (espirita)

"A ESCOLHA é SUA"

Você já ouviu, alguma vez, falar de livre-arbítrio?

Livre-arbítrio quer dizer livre escolha, livre opção.

Em todas as situações da vida, sempre temos duas ou mais possibilidades para escolher.

E a cada momento a vida nos exige decisão. Sempre temos que optar entre uma ou outra atitude.

Desde que abrimos os olhos, pela manhã, estamos optando entre uma atitude ou outra.

Ao ouvir o despertador podemos escolher entre abrir a boca para lamentar por não ser nosso dia de folga ou para agradecer a Deus por mais um dia de oportunidades no corpo físico.

Ao encontrar o nosso familiar que acaba de se levantar, podemos escolher entre resmungar qualquer coisa, ficar calado, ou desejar, do fundo da alma, um bom dia.

Quando chegamos ao local de trabalho, podemos optar entre ficar de bem com todos ou buscar o isolamento, ou, ainda, contaminar o ambiente com nosso mau humor.

Um médico que trata de pacientes com câncer, conta que as atitudes das pessoas variam muito, mesmo em situações parecidas.

Diz ele que duas de suas pacientes, quase da mesma idade, tiveram que extirpar um seio por causa da doença.

Uma delas ficou feliz por continuar viva e poder brincar com os netos, a outra optou por lamentar pelo seio que havia perdido, embora também tivesse os netos para curtir.

Assim também acontece conosco quando alguém nos ofende, por exemplo. Podemos escolher entre revidar, calar ou oferecer o tratamento oposto. A decisão sempre é nossa.

O que vale ressaltar é que nossas atitudes produzirão efeitos como consequência. E esses efeitos são de nossa total responsabilidade.

Isso deve ser ensinado aos filhos desde cedo. Caso a criança escolha agredir seu colega e leve uns arranhões, deverá saber que isso é resultado da sua atitude e, por conseguinte, de sua inteira responsabilidade.

Tudo na vida está sujeito à lei de causa e efeito: para uma causa positiva, um efeito positivo, para uma atitude infeliz, o resultado correspondente.

Se você chega no trabalho bem humorado, alegre, radiante, e encontra seu colega de mau humor, você pode decidir entre sintonizar na faixa dele ou fazer com que ele sintonize na sua.

Você tem ainda outra possibilidade de escolha: ficar na sua.

Todavia, de sua escolha dependerá o resto do dia. E os resultados lhe pertencem.

Jesus ensinou que a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.

Pois bem, nós estamos semeando e colhendo o tempo todo. Se plantamos sementes de flores, colheremos flores, se plantamos espinheiros, colheremos espinhos. Não há outra saída.

Mas o que importa, mesmo, é saber que a opção é nossa. Somos livres para escolher, antes de semear. Aí é que está a Justiça Divina.

Mesmo as semeaduras que demoram bastante tempo para germinar, um dia darão seus frutos.

São aqueles atos praticados no anonimato, na surdina, que aparentemente ficam impunes. Um dia, ainda que seja numa existência futura, eles aparecerão e reclamarão colheita.

Igualmente os atos de renúncia, de tolerância, de benevolência, que tantas vezes parecem não dar resultados, um dia florescerão e darão bons frutos e perfume agradável.

É só deixar nas mãos do Jardineiro Divino, a quem chamamos Deus.

* * *

A hora seguinte será o reflexo da hora atual.

O dia de amanhã trará os resultados do dia de hoje.

As existências futuras lhe devolverão a herança que hoje lhes entrega.

É assim que vamos construindo nossa felicidade ou a nossa desdita, de acordo com a nossa livre escolha, com o nosso livre-arbítrio.

Pensemos nisso!
 

Sofrimento( espirita)


Podemos classificar o sofrimento do espírito como a dor realidade e o tormento físico, de qualquer natureza, como a dor-ilusão.
Em verdade, toda dor física colima o despertar da alma para os seus grandiosos deveres, seja como expressão expiratória, como consequência dos abusos humanos ou como advertência da natureza material ao dono de um organismo.
Mas, toda dor física é um fenômeno, enquanto, que a dor moral é essência.
Daí a razão que a dor física vem e passa, ainda que se faça acompanhar das transições de morte dos órgãos materiais, e só a dor espiritual é bastante grande e profunda para promover o luminoso trabalho do aperfeiçoamento e da redenção. (Emmanuel, psicografado por Chico Xavier, em O Consolador – 1940).
Com muita clareza Emmanuel nos leva a reflexão de que toda dor física, seja ela de qualquer ordem, é passageira, a que extirpa, que queima, que paralisa, que adoece, porque ela é da carne, que sendo transitória, um dia entrega-se a exaustão natural da matéria. Ela por si só não é instrumento direto da evolução, mas meio pelo qual o espírito vivencia o sofrimento compatível ao seu grau de entendimento.
Quando perdemos o emprego, fazemos um mau negócio, um investimento errado, não há dor física imediata, apenas um sofrimento relativo a nossa capacidade de interagir positiva ou negativamente com os resultados que ela trará a curto ou longo prazo. Poderá até haver sofrimento físico posterior pela somatização das emoções, levando-nos a adoecer, por escolha nossa.
Quando perdemos alguém que amamos, somos traídos, subjugados, humilhados, esquecidos, este sofrimento de fórum intimo, individualizado, é a dor real, aquela que fere sem sangrar, que aleija sem arrancar, nos expõe verdadeiros, nus, porque ela é do espírito, nossa essência, aquilo que os olhos não veem, mas a vibração contaminada se faz sentida.
Na linguagem popular dizemos: Às vezes uma palavra machuca mais que um tapa. Sem dúvida, porque uma palavra não é composta apenas de letras, mas um complexo energético de significados que armazenam dezenas ou porque não dizer centenas de anos em vivências anteriores. Alguém já não lhe disse uma única palavra que te despertou uma avalanche de sentimentos de ódio, raiva, revolta? Com uma reação catastrófica, multiplicando os danos e o sofrimento de um ato impensado?
Deus não gera sofrimento. Um dos atributos Dele é justamente o de criar pelo amor e para o amor. Aquele que se julga injustiçado pelo destino, sofre mais do que aquele que toma para si a responsabilidade de criar o seu próprio caminho. A dor é instrumento de bênçãos para o espírito que luta e reconhece no confronto as dores reais que purificam a essência dos novos pensamentos que os conduza para frente e para o alto.
Não há como sofrer pelo outro ou transferir a outrem a dor que nos cabe, ela é reação e não ação de Deus é consequência da nossa incompreensão da Lei maior que rege toda a evolução humana, ou seja, aos olhos de Deus, o sofrimento é um meio e não um fim, é um veículo poderoso de alimentação e purificação. Lembramos Buda, nas suas Quatro Nobres Verdades, o sofrimento é uma realidade e a luta em favor de sua superação deve ser a razão essencial da existência Humana.
Para deixarmos em aberto esse tema tão vivenciado em nosso tempo, dia estes que alimentamos em nós o consumismo, o cruzar de braços as injustiças sociais e morais, a exaltação da sensualidade, poder, beleza, abusos de toda ordem, educação precária, ainda assim podemos dizer com base no Evangelho Renovador de Jesus, que o sofrimento não é um inimigo traiçoeiro como se acredita, é apenas um companheiro que não saber mentir.
Pense. Ore e realize. A Doutrina Espirita foi feita para ser pensada.

sábado, 1 de setembro de 2012

Vicio de beber no Espiritualismo

Os problemas do vício de beber
PERGUNTA: – Sem dúvida, os instrutores espirituais devem considerar o álcool um dos maiores malefícios do nosso mundo. Não é assim?
RAMATÍS: – O álcool não é um dos maiores malefícios do mundo, mas de incontestável benefício para o ser huma¬no. Ele serve para compor xaropes, tintas e medicamentos; move motores, alimenta fogões, ilumina habitações, higieniza as mãos, desinfeta contusões e seringas hipodérmicas; limpa móveis, extrai manchas de roupas e asseia objetos, destrói germens perniciosos e enriqueci os recursos da química do mundo. Usado com parcimônia, estimula o aparelho cardíaco, acelera à digestão difícil e ajuda a queimar o excesso de gordu¬ras nas pessoas idosas. O álcool é maléfico, avilta, deprime e mata, quando os homens abusam de sua ingestão e chegam a degradar-se pela embriaguez.
PERGUNTA: – Sob a vossa conceituação espiritual, o alcoolismo deve ser considerado um vício ou uma doença da humanidade terrena?
RAMATÍS: – O alcoolismo deveria ser enquadrado mais propriamente no terreno patológico, pois o alcoólatra é um doente, que se enferma por sua livre e espontânea vontade. Assim como certas doenças deformam e lesam o organismo durante a sua manifestação, a embriaguez também produz lastimáveis e perniciosos efeitos no corpo físico, ofendendo os delicados centros cerebrais e rebaixando o homem no conceito da moral humana.
Surpreende-nos que os administradores, cientistas e auto¬ridades de todas as nações terrenas movimentem campanhas contra o vício da maconha, da cocaína, da morfina e do ópio, e até procurem disciplinar o uso de entorpecentes farmacêuticos, mas negligenciem completamente quanto ao abuso do álcool e tolerem os seus resultados nefastos. Enquanto a medicina inverte somas apreciáveis para pesquisar e sanear moléstias de menor importância, descuram-se de erradicar o alcoolismo, que lesa a vitalidade humana. Embriaga-se o rico com o uís¬que caríssimo e o pobre se degrada com a cachaça; no entanto, ambos se envenenam pelo mesmo tóxico pernicioso.
PERGUNTA: – E como se poderia solucionar problema tão crusciante?
RAMATÍS: – Alhures, explicamos que a graduação espi¬ritual primária dos habitantes da Terra justifica os indivíduos desordeiros, inescrupulosos, injustos, fesceninos, cruéis, mistifica¬dores, ciumentos e desregrados, motivo por que o orbe terráqueo ainda não merece ser governado por espíritos do quilate de um Francisco de Assis, Gandhi, Buda ou Jesus; essas entidades santi¬ficadas jamais conseguiram disciplinar ou administrar criaturas ainda tão desatinadas pela cobiça, ambição, pilhagem e guerras fratricidas; e em sua maioria, preocupadas exclusivamente com os seus interesses pessoais.
Malgrado o problema cruciante do alcoolismo, que degrada o moço negligente, a mulher ingênua, o homem desesperado ou velho desiludido, os terrícolas despendem gastos nababescos, para pousarem na Lua e lá prolongarem o mesmo sistema nefas¬to de vida cruel e viciosa, já cultuada na Terra! Conseqüentemen¬te, a displicência do homem, quanto ao alcoolismo, em breve há de ser corrigido pela “Administração Sideral” da Terra, pois neste “Fim de Tempos”, ou profético “Juízo Final” já em execução no seio da humanidade terrena, devem ser exilados para outro orbe inferior os responsáveis pelos desequilíbrios e empreitadas funes¬tas, que perturbam a vivência sadia do homem!
PERGUNTA: – Quais são as conseqüências mais graves para os homens alcoólatras?
RAMATÍS: – O alcoólatra é o indivíduo que já perdeu o senso direcional do seu espírito, pois vive em função do coman¬do discricionário de uma entidade oculta, que comanda todas as suas ações na vida física e até depois de desencarnado! Convinha que todos os homens seduzidos pela bebida alcoóli¬ca pudessem certificar-se dos cometimentos atrozes e terríveis, próprios das vítimas do alcoolismo em tratamento nos sana¬tórios antialcoólicos. Elas assemelham-se a verdadeiras feras enjauladas que, entre uivos e clamores, torturadas pela ardên¬cia insofreável do vício degradante, ameaçam despedaçar-se de encontro às grades protetoras. São trapos vivos, que se amon¬toam pelo solo e transpiram as emanações etílicas por todos os poros compondo a fauna dos candidatos à morte inglória nas valetas do mundo ou expostos nos necrotérios públicos.
É estarrecedor, após o exaustivo período sacrificial de ges¬tação da mulher, na sua função sublime de procriar um filho, vê-Ia tombado no lodo das ruas e marcado pelos estigmas vicio¬sos do alcoolismo!
PERGUNTA: – No entanto, muitos estudiosos do problema do alcoolismo temem pela extinção da indústria de bebidas alcoólicas, considerando um desastre econômico e colapso fatal na fabulosa renda fiscal do país. O fechamento de fábricas de garrafas, barris, caixas, tampinhas, cortiças e copos, a redução de impressos, transportes e conseqüente extinção da lavoura de lúpulo, cevada, ou cana-de-açúcar hão de causar os mais vulto¬sos desempregos do mundo! Que dizeis?
RAMATÍS: – E absurdo, insensato e maléfico esse sis¬tema de sustentação econômica terrícola através do álcool, pois ainda são mais catastróficos os prejuízos e as tragédias decorrentes de tal vício, em vez do desastre econômico, desem¬prego e” déficit” da renda fiscal, que podem ser remediados por outros recursos mais sensatos! O alcoolismo é o responsável direto pela maior parte de latrocínios, prostituições, doenças, misérias, luxúria, orgias, desordens, desventuras domésticas e maus-tratos da família. A indústria e o comércio que o sus¬tentam lembram um monstruoso vampiro a sugar as forças sadias de toda a humanidade! Qual é a vantagem do mundo em manter indústria tão macabra e funesta, se o álcool devora o organismo do próprio homem, além de ser combustível indire¬to da tuberculose, câncer, cirrose, sífilis, degenerações renais e pancreáticas, embrutecimento cerebral, imbecilidade, histeria, epilepsia, neuroses, lesões orgânicas, prostração física, enfra¬quecimento nervoso, taras hereditárias e esterilidade?
Mas o homem, em sua imbecilidade, chega até a glorificar o abuso do álcool e valoriza o produto nefasto, como se tal acontecimento vicioso e degenerativo fosse realmente algo de notável à cultura, glória, filosofia ou cientificismo de um povo! A Alemanha orgulha-se de sua cerveja; a Rússia, da vodca, a França, Espanha, Portugal e Itália, dos seus vinhos famosos; a Escócia e a Inglaterra são países mais conhecidos pelo seu uís¬que do que por suas realizações históricas! A América Latina proclama a preciosidade do rum de Cuba, da tequila do México, ou da cidra da Argentina, enquanto o próprio Brasil muito se envaidece pela sua famigerada cachaça! Sem dúvida, tudo isso poderia consagrar um país, caso fosse usado com parcimônia, que não conduz ao vício e à degradação, pois há povos cujos louvores provêm dos seus saborosos pêssegos, morangos, figos ou deliciosas uvas!
Malgrado a bebida alcoólica ser excelente fonte de renda fiscal, paradoxalmente, o seu abuso provoca o dobro dos gastos da administração pública de cada país, ante a série de enfermida¬des, degenerações orgânicas, crimes, desastres, acidentes, infelici¬dades, embrutecimento e desencaminhamento da juventude! Há verbas vultosas para atender à manutenção de asilos, hospitais, cárceres, presídios, institutos de recuperação psíquica e excepcio¬nais filhos de alcoólatras.
PERGUNTA: – Alegam alguns homens célebres que, se Deus permitiu a descoberta do álcool no mundo, evidente¬mente, é para se bebê-lo!. .. E a própria Bíblia narra a feliz descoberta de Noé na fermentação da uva, assim como o uso costumeiro da bebida alcoólica entre as primeiras tribos judaicas! Que dizeis?
RAMATÍS: – Deus não induziu a descoberta do álcool para o homem se embriagar, assim como da descoberta do ácido sulfúrico ninguém deve se matar! Ele quis prover a huma¬nidade de um elemento útil para aliviar os problemas mais simples da vida! Caso o Senhor considerasse o álcool bebida para ser ingerida sem qualquer controle, é indubitável que também teria criado as fontes, os riachos e rios prenhes de vinho, cerve¬ja, uísque, licores e cachaça; jamais tê-Ios-ia enchido de água! Mas é a concupiscência, a ganância, a cobiça, a avidez e a falta de escrúpulo de lucros ilícitos e fáceis que induzem os homens a se explorarem mutuamente no intercâmbio do alcoolismo oneroso e funesto.
Por isso, a propaganda alcoólica é feita por hábeis artistas através de quadros atraentes e multicores, que sugerem hipno¬ticamente as mais excêntricas bebidas corrosivéis à conta de verdadeiras ambrosias dos deuses! A imprensa, o rádio, a tele¬visão e os cartazes de ruas seduzem os incautos e avivam-lhes o desejo para preferir certo alcoólico da moda. Aliás, maquiave¬licamente, a indústria já introduz álcool em doces, chocolates e bombons finos, a fim de habituarem, desde muito cedo, as crianças, ao condicionamento tóxico e assim garantirem novos clientes no futuro! Que importa aos homens ambiciosos, egoís¬tas e inescrupulosos a aventura do próximo, desde que possam aumentar a sua receita financeira?
Embora certas descrições da Bíblia, que aparentemente endossam o uso do álcool, Jesus e seus apóstolos nada disse¬ram de favorável a esse vício nefasto. Aliás, Paulo de Tarso é bem claro quando assim adverte: “Nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os que se dão à embriaguez, nem os maldizentes possuirão o reino de Deus” (I Coríntios, 6:9-10) e antes dele já dizia o célebre profeta Habacuc: “Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro!”

o medium na Umbanda pode incorporar espirito femino e masculino?



Depoimento na internet - autor desconhecido

* "Quando comecei meu caminho na Umbanda - lá se vão mais de trinta anos- fiquei curioso ao saber que havia um pai no santo em meu bairro que incorporava uma pomba-gira. Como estava no inicio do desenvolvimento e não conhecia absolutamente nada, fui obviamente perguntar a minha mãe no santo se aquilo era possível. Ela me olhou com um sorriso irônico e lançou um olhar malicioso à mãe pequena que assistia a conversa e disse: - Homem que incorpora pomba-gira é, foi ou será gay! (Não foi essa a palavra usada, nesse tempo a pecha era outra, mas vou poupá-los de mais essa ignorância). Pois bem, em giras de esquerda sentia sempre uma vibração muito diferente quando se cantava para as moças, mas morria de medo de incorporar e ficar com a fama. Algum tempo depois por variados motivos que não vêm ao caso, retirei-me dessa casa e fui muito bem recebido por um outro pai no santo que foi quem entregou meu decá. Este, era um estudioso da lei e mostrou-me toda a verdade, foi pelas mãos dele que incorporei minha primeira pomba-gira. Fiz todo esse prólogo para tranqüilizar aqueles que, como eu na época, ainda guardam esse tipo de preconceito. Todos na Umbanda sabemos que as entidades e os orixás são energias que podem ser femininas ou masculinas, mas o sexo em si, não existe. É evidente que se no mundo material existem homens e mulheres, no astral isso também ocorre para que haja a perfeita hegemonia universal. Mas nunca, guardem bem isso, nunca uma entidade irá interferir na vida ou opção sexual de um médium. Hoje passados tantos anos do fato que citei, me arrependo muito de não ter perguntado a ela: - Então a senhora é lésbica? Pois incorpora, exus, caboclos, preto-velhos e mais uma porção de homens. Infelizmente não tive oportunidade de fazer a pergunta, mas faço a você, médium que está lendo este artigo. Alguma vez você viu alguma mãe no santo ser tachada de haver se masculinizado já que incorpora tantos espíritos masculinos? Eu respondo! Não! Vejam como o preconceito existe até em nosso meio. A última coisa que interessa a qualquer entidade seja de que energia for é sua opção sexual. E ela jamais afetará ou mudará nada em sua vida apenas por estar usando seu corpo para a caridade. Existem, e muitos, médiuns homossexuais, mas não foram levados a essa opção por espírito ou orixá algum. Já chegaram à religião dessa forma e como a Umbanda não têm por hábito julgar ninguém, sentem-se em liberdade para mostrarem-se como são. Acontecem muitos casos de exageros, isso nenhum de nós pode negar. O médium, sendo consciente, libera mais seu lado feminino quando nessas incorporações. Isso, porém é um fato que cabe a cada pai ou mãe no santo conter para que não se ultrapassem limites. No mais, vamos acabar com o preconceito e com os ensinamentos errados que muita gente como aquela mãe lá do inicio continua impingindo aos médiuns iniciantes. Insisto para que todos aceitem suas entidades da forma como elas vêm, com a roupagem fluídica que tiverem e seu caminho na lei será mais leve e produtivo. Chega de mentiras forjadas para o bem de alguns!"

PRETA VELHA( UMBANDA)

Vovó Maria Congá

Sentada em um toco de madeira no terreiro contou, certa vez, alguns fatos de sua vida terrena.
Começou dizendo que só o fato de podermos conviver com nossos filhos é uma grande dádiva.
Naquele tempo as negras eram destinadas, entre outras coisas, a procriar, a gerar filhos que delas eram afastados muito cedo, até mesmo antes de serem desmamados. Outras negras alimentavam sua cria, assim como tantos outros “filhotes” foram alimentados pela Mãe Conga.
Quase todas as mulheres escravas se transformavam em mães; cuidavam das crianças que chegavam à fazenda, rezando para que seus próprios filhos também encontrassem alento aonde quer que estivessesm. Os Orixás africanos, desempenhavam papel fundamental nesta época. Diferentes nações africanas que antes guerreavam, foram obrigadas a se unir na defeza da raça e todos os orixás passaram a trabalhar para todo o povo negro.
As mães tomavam conhecimento do destino de seus filhos através das mensagens ds orixás. Eram eles que pediam oferendas em momentos dificeis e era a eles que todos recorriam para afastar a dor. Maria Conga teve que se utilizar de algumas “mirongas” para deixar de ser uma reprodutora, e assim, pelo fato de ainda ser uma mulher forte, restou-lhe a plantação de cana. A colheita era sempre motivo para muito trabalho e uma espécie de algazarra contagiava o lugar.
Enquanto as mulheres cortavam a cana, as crianças, em total rebuliço, arrumavam os fardos para que os homens os carregassem até o local indicado pelo feitor. Foi numa dessas ocasiões que Maria Conga soube que um de seus filhos, afastado dela quando já sabia andar e falar, era homem forte, trabalhando numa fazenda próxima.
Seu Coração transbordou de alegria e nada poderia dissuadi-la da idéia de revê-lo. Passou então a escapar da fazenda, correndo de sol a sol, para admirar a beleza daquele forte negro. Nas primeiras vezes não teve meios de falar com ele, mas os orixás ouviram suas súplicas e não tardou para que os dois pudessem se abraçar e derramar as lágrimas por tanto tempo contidas.
Parecia a ela que eles nunca tinham se afastado, pois o amor os mantivera unidos por toto o tempo.
Certa tarde, quase chegando na senzala, a negra foi descoberta. Apanhou bastante, mas não deixou de escapar novamente para reencontrar seu filho. Mais uma vez os brancos a pegaram na fuga, e como ela ainda insistisse uma terceira vez resolveram encerrar a questão: queimaram sua perna direita, um pouco acima da canela, para que ela não mais pudesse correr.
Impossibilitada de ver o filho, com menor capacidade de trabalho, a Vó Maria Conga passou a cuidar das crianças Negras e de seus doentes.
Seu Coração se encheu de tristeza ao saber que haviam matado seu filho quando tentava fugir para vê-la. Sua vida mudou, de alegre e tagarela passou a ser muito séria, cuidado do que falava até mesmo com os outros negros. Para as crianas contava histórias de reis negros em terras negras, onde não havia outro senhor.
Sábia, experiente e calada, Vovó Maria Conga desencarnou. Com lágrimas na alma ela acabou seu conto.
Disse que só entendeu a medida do amor após a sua morte. Seu filho a esperava sorrindo, guardião que fora da mãe o tempo todo em que aguardava seu retorno ao mundo dos espírito

Pontos riscados (UMBANDA )

Pontos riscados

Pontos riscados são desenhos que as entidades fazem para demonstrar as suas características. É o ponto riscado a verdadeira identidade do Guia. Pode-se notar nos pontos a qual linha eles pertencem, a qual Orixá dirigem-se hierarquicamente e em que área da natureza ou ambiente praticam seus trabalhos. O instrumento normalmente utilizado para o desenho do ponto é a Pemba, que vem a ser um tipo de giz branco ou colorido, especialmente utilizado para este fim. O ponto pode ser riscado para diversas finalidades. Pela entidade, no momento da sua chegada para demonstração de que ela é verdadeira e tem plena condição de trabalho ou por algum representante do corpo mediúnico da casa na intenção de marcar ou posicionar um ponto de atração de determinada entidade/divindade. Pode também ser desenhado com um lápis pelo Cambono ou mesmo pelo consulente se assim a entidade determinar, para que seja utilizado como um instrumento de defesa ou proteção. O ponto não necessariamente será sempre o mesmo. A entidade poderá, em trabalhos específicos, riscar outro ponto que não o seu, no sentido de somar outras forças às suas próprias na intenção de que o trabalho caritativo seja mais eficiente. Nestes casos, normalmente, já fora riscado anteriormente o ponto particular da entidade. Podemos também para nossa defesa, em momentos de angústia ou dificuldades, lançarmos mão dos pontos das entidades em quem confiamos ou mesmo os pontos de qualquer um dos Orixás. É óbvio que não sendo a própria entidade que o riscou, o seu poder mágico vai depender muito da nossa fé e da nossa intenção.Fiz questão de fazer esta ressalva, porque acredito piamente que a fé remove mesmo montanhas, e ao utilizarmos qualquer coisa que nos remeta a intenção de nossas entidades, tenho certeza de que elas nos ouvem e fazem de tudo para nos ajudar. No entanto é preciso que se tenha bem em mente que o uso descontrolado, ou seja, o mal uso de qualquer dos apetrechos relacionados à espiritualidade, com certeza nos trarão sérios problemas, pois não há dúvidas que suas manipulações influenciam o meio espiritual de alguma forma e se não temos a proteção nem mesmo de nossa boa vontade e de bons sentimentos, poderemos vir a sofrer vários reveses, não por maldade ou punição das nossas entidades, mas pela nossa própria culpa, ao permitir aproximarem-se de nós, energias que não sabemos controlar .Os Pontos riscados aliados aos Pontos cantados são, na maioria das vezes, os instrumentos que os Zeladores utilizam no sentido de se certificarem da verdadeira identidade da entidade e da sua capacidade de utilizar aquela matéria para a prática da caridade. Existem publicações acerca de pontos riscados, no entanto devemos entender que tais pontos podem até mesmo serem usados pessoalmente, como já disse, por quem naquela entidade tenha fé ou simpatia. Entretanto, de maneira alguma, poderão servir de base para determinar ou negar a identidade de outra entidade homônima que tenha riscado seu ponto de maneira diferente.A seguir vou colocar alguns pontos riscados para que se tenha uma idéia de como são. Mais uma vez recomendo que não seja entendido que estes pontos sejam os únicos representantes gráficos das entidades determinadas.