domingo, 23 de junho de 2013

ADVERSARIOS DO ESPIRITISMO. E ATO DE BARCELONA!

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Como todas as idéias nobres, o Espiritismo teve ferrenhos adversários que o combateram com acusações descabidas, carentes de fatos ou de argumentos lógicos. Os espíritas eram estigmatizados como charlatões, loucos, visionários, mentirosos e diabólicos. Esta última acusação teve durante mais de meio século enorme força, devido ao sectarismo religioso, à ignorância do povo, à má-fé dos líderes religiosos e à força coerciva das igrejas.
De dois grandes "palanques" assacavam cruéis difamações e injúrias contra a Doutrina Espírita, apontada como herética: os púlpitos e a imprensa. Deles, gerou-se enorme perseguição aos espíritas e até aos que apenas estudavam o fenômeno com o interesse puramente científico da busca da verdade (a verdade não era e ainda não é do interesse escuso de muitos religiosos)...
Não desejamos alongar este tópico com o relatar de numerosos fatos apontados na literatura sobre perseguições infelizes sofridas pelos adeptos e estudiosos da Doutrina ou do Fenômeno Espírita. Apenas para ilustrar, citaremos dois de caráter público e geral, um mais antigo, outro mais recente:
Heinrich Ohlhaver, autor do livro "Os mortos vivem", um dos livros mais vendidos na Europa entre 1914 e 1921 (sua 3ª edição foi de 390.000 exemplares!), conta que, entusiasmado com a beleza e profundidade do Espiritismo, enviou alguns artigos para vários jornais e todos foram devolvidos. Resolveu, então, escrever e mandar a eles um artigo no qual ridicularizava, de forma absurda, a Doutrina dos Espíritos, usando um nome falso. Foi imediatamente publicado por três jornais!
A "Revista Espírita", de novembro 1861, publicou artigo em que registra relato de caso ocorrido na Espanha, sob o título: "Os Restos da Idade Média - Auto-de-Fé das Obras Espíritas em Barcelona", que passamos a descrever:
"No dia 9 de outubro de 1861, às dez e meia da manhã, na esplanada da cidade de Barcelona, lugar onde eram executados os criminosos condenados ao último suplício, e por ordem do bispo desta cidade, foram queimados 300 volumes e brochuras sobre o Espiritismo.
A cerimônia foi solenemente presidida por um clérigo com os hábitos sacerdotais, com a cruz numa mão e uma tocha na outra; um escrivão encarregado de redigir a ata do auto-de-fé; o secretário do escrivão; um empregado superior da administração das alfândegas (esclarecemos que a mercadoria havia sido apreendida na alfândega quando chegava da França, importada de acordo com as leis, sob esta justificativa; 'A Igreja Católica é universal e, sendo estes livros contra a moral e a fé católica, o Governo não podia consentir que eles, fossem perverter a moral e a religião de outros países'.); três serventes da alfândega, encarregados de alimentar o fogo; um agente da alfândega representando o proprietário das obras condenadas pelo bispo.
Inumerável multidão enchia as calçadas e cobria a imensa esplanada onde se erguia a fogueira.
Quando o fogo consumiu os trezentos volumes ou brochuras espíritas, o sacerdote e os ajudantes se retiraram, cobertos de vaias e maldições de numerosos assistentes, que gritavam: "Abaixo a Inquisição!".
E, desta forma, consumou-se o triste Auto-de-Fé de Barcelona.
Procuraram denegrir o Espiritismo deformando-o com mentiras, acusando-o de dizer o que não diz, dar como dele ensinamentos que não ensina, de produzir o mal, quando só produz o bem. Calúnias e leviandades que demonstram a fraqueza de seus detratores.
"Temos certeza de que as fogueiras se apagam por si mesmas: e se os livros são lançados ao fogo, o pensamento imortal lhes sobreviverá".
Os espíritas deixaram para os adversários a cólera e a calúnia para guardarem a moderação e a dignidade.
O combate cruel que os espíritas sofreram despertaram a atenção para a doutrina codificada por Allan Kardec, difundindo-a e destacando sua luminosa missão.
Em 1869, estimava-se que, no mundo, o número de espíritas era de seis a sete milhões, sendo que na Europa havia um milhão e na França seiscentos mil.
Em 1921, avaliava-se em setenta milhões de espíritas no mundo, sendo dez milhões só nos Estados Unidos da América do Norte. (Cremos que estes números se refiram aos que aceitavam os fenômenos espíritas sem considerar se eram adeptos da Codificação Kardequiana, que define o Espiritismo tal como deve ser entendido, nos dias atuais.)
Tais números nos demonstram a força destruidora dos governos e dos religiosos sectários que prevaleceu até os primeiros decênios deste século.
Mas, como sabemos, com a verdadeira liberdade de pensamento dos últimos decênios, o Espiritismo vem ressurgindo, com grande vigor, através dos estudos, da aceitação e da divulgação dos conceitos básicos da Codificação Kardequiana.
 

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