quarta-feira, 29 de maio de 2013

O que é umbanda de um avisão de uma parte da Umbanda.



Sociedade Espiritualista Mata Virgem

Curso de Umbanda
O que é a Umbanda

Vejamos o que nos diz o Aurélio:

Verbete: umbanda
[Do quimb. umbanda, 'magia'.] S. m.
1. Bras. Forma cultual originada da assimilação de elementos religiosos afro-brasileiros pelo espiritismo brasileiro urbano; magia branca.
2. Bras., RJ. Folcl. Grão-sacerdote que invoca os espíritos e dirige as cerimônias de macumba. [Var.: embanda.]

UMBANDA é religião !

Se dentro da Umbanda conseguimos nos religar com Deus, conseguimos tirar o véu que cobre nossa ignorância da presença de Deus em nosso íntimo, então podemos chamar nossa fé de Religião.  Como mais uma das formas de sentir Deus em nossa vida, a Umbanda cumpre a função religiosa se nos levar à reflexão sobre nossos atos, sobre a urgência de reformularmos nosso comportamento aproximando-o da prática do Amor de Deus.
A Umbanda é uma religião lindíssima, e de grande fundamento, baseada no culto aos Orixás e seus servidores: Crianças, Caboclos, Preto-velhos e Exus. Estes grupos de espíritos estão na Umbanda "organizados" em linhas: Caboclos, Preto-velhos, Crianças e Exus. Cada uma delas com funções, características e formas de trabalhar bem específicas, mas todas subordinadas as forças da natureza que os regem, os ORIXÁS.
Na verdade a Umbanda é bela exatamente pelo fato de ser mista como os brasileiros, por isso é uma religião totalmente brasileira.
Mas, torna-se imperioso, antes de ocuparmo-nos da Anunciação da Umbanda no plano físico sob a forma de religião, expor sinteticamente um histórico sobre os precedentes religiosos e culturais que precipitaram o surgimento, na 1ª década do século XX, da mesma. Em 1500, quando os portugueses avistaram o que para eles eram as Índias, em realidade Brasil, ao desembarcarem depararam-se com uma terra de belezas deslumbrantes, e já habitada por nativos. Os lusitanos, por imaginarem estar nas Índias, denominaram a estes aborígines de índios.
Os primeiros contatos entre os dois povos foram, na sua maioria, amistosos, pois os nativos identificaram-se com alguns símbolos que os estrangeiros apresentavam. Porém, o tempo e a convivência se encarregaram em mostrar aos habitantes de Pindorama (nome indígena do Brasil) que os homens brancos estavam ali por motivos pouco nobres.
O relacionamento, até então pacífico, começa a se desmoronar como um castelo de areia. São inescrupulosamente escravizados e forçados a trabalhar na novel lavoura. Reagem, resistem, e muitos são ceifados de suas vidas em nome da liberdade. Mais tarde, o escravizador faz desembarcar na Bahia os primeiros negros escravos que, sob a égide do chicote, são despejados também na lavoura. Como os índios, sofreram toda espécie de castigos físicos e morais, e até a subtração da própria vida.
Desta forma, índios e negros, unidos pela dor, pelo sofrimento e pela ânsia de liberdade, desencarnavam e encarnavam nas Terras de Santa Cruz. Ora laborando no plano astral, ora como encarnados, estes espíritos lutavam incessantemente para humanizar o coração do homem branco, e fazer com que seus irmãos de raça se livrassem do rancor, do ódio, e do sofrimento que lhes eram infligidos.
Além disso, muitas das crianças índias e negras, eram mortas, quando meninas (por não servirem para o trabalho pesado), quando doentes, através de torturas quando aprontavam suas “artes” e com isso perturbavam algum senhor. Algumas crianças brancas, acabavam sendo mortas também, vítimas da revolta de alguns índios e negros.
Juntando-se então os espíritos infantis, os dos negros e dos índios,  acabaram formando o que hoje, chamamos de: Trilogia Carmática da Umbanda. Assim, hoje vemos esses espíritos trabalhando para reconduzir os algozes de outrora ao caminho de Deus.
A igreja católica, preocupada com a expansão de seu domínio religioso, investiu covardemente para eliminar as religiosidades negra e índia. Muitas comitivas sacerdotais são enviadas, com o intuito "nobre" de "salvar" a alma dos nativos e dos africanos.
A necessidade de preservar a cultura e a religiosidade, fez com que os negros associassem as imagens dos santos católicos aos seus Orixás, como forma de burlar a opressão religiosa sofrida naquela época, e assim continuar a praticar e difundir o culto as forças da natureza, a esta associação, deu-se o nome de "Sincretismo religioso".
O candomblé iorubá, ou jeje-nagô, como costuma ser designado, congregou, desde o início, aspectos culturais originários de diferentes cidades iorubanas, originando-se aqui diferentes ritos, ou nações de candomblé, predominando em cada nação tradições da cidades ou região que acabou lhe emprestando o nome: queto, ijexá, efã. Esse candomblé baiano, que proliferou por todo o Brasil, tem sua contrapartida em Pernambuco, onde é denominado xangô, sendo a nação egba sua principal manifestação, e no Rio Grande do Sul, onde é chamado batuque, com sua nação oió-ijexá (Prandi, 1991). Outra variante ioruba, esta fortemente influenciada pela religião dos voduns daomeanos, é o tambor-de-mina nagô do Maranhão. Além dos candomblés iorubas, há os de origem banta, especialmente os denominados candomblés angola e congo, e aqueles de origem marcadamente fom, como o jeje-mahim baiano e o jeje-daomeano do tambor-de-mina maranhense.
Os anos sucedem-se. Em 1889 é assinada a "lei áurea". O quadro social dos ex-escravos é de total miséria. São abandonados à própria sorte, sem um programa governamental de inserção social. Na parte religiosa seus cultos são quase que direcionados ao mal, a vingança e a desgraça do homem branco, reflexo do período escravocrata. No campo astral, os espíritos que tinham tido encarnação como índios, caboclos (mamelucos), cafuzos e negros, não tinham campo de atuação nos agrupamentos religiosos existentes. O catolicismo, religião de predominância, repudiava a comunicação com os mortos, e o espiritismo (kardecismo) estava preocupado apenas em reverenciar e aceitar como nobres as comunicações de espíritos com o rótulo de "doutores". Os Senhores da Luz (Orixás), atentos ao cenário existente, por ordens diretas do Cristo Planetário (Jesus) estruturaram aquela que seria uma Corrente Astral aberta a todos os espíritos de boa vontade, que quisessem praticar a caridade, independentemente das origens terrenas de suas encarnações, e que pudessem dar um freio ao radicalismo religioso existente no Brasil.
Começa a se plasmar, sob a forma de religião, a Corrente Astral de Umbanda, com sua hierarquia, bases, funções, atributos e finalidades. Enquanto isto, no plano terreno surge, no ano de 1904, o livro Religiões do Rio, elaborado por "João do Rio", pseudônimo de Paulo Barreto, membro emérito da Academia Brasileira de Letras. No livro, o autor faz um estudo sério e inequívoco das religiões e seitas existentes no Rio de Janeiro, àquela época, capital federal e centro socio-político-cultural do Brasil. O escritor, no intuito de levar ao conhecimento da sociedade os vários segmentos de religiosidade que se desenvolviam no então Distrito Federal, percorreu igrejas, templos, terreiros de bruxaria, macumbas cariocas, sinagogas, entrevistando pessoas e testemunhando fatos. Não obstante tal obra ter sido pautada em profunda pesquisa, em nenhuma página desta respeitosa edição cita-se o vocábulo Umbanda, pois tal terminologia era desconhecida.
A formação histórica do Brasil incorporou a herança de três culturas : a africana, a indígena e a européia. Este processo foi marcado por violências de todo o tipo, particularmente do colonizador em relação aos demais. A perseguição se deveu a preconceitos e a crença da elite brasileira numa suposta alienação provocada por estes cultos nas classes populares.
No início do século XX, o choque entre a cultura europeizada das elites e a cultura das classes populares urbanas, provocou o surgimento de duas tendências religiosas na cidade do Rio de Janeiro. Na elite branca e na classe média vigorava o catolicismo ; nos pobres das cidades (negros, brancos e mestiços) era grande a presença de rituais originários da África que, por força de sua natureza e das perseguições policiais, possuíam um caráter reservado.
Na segunda metade deste século, os cultos de origem africana passaram a ser freqüentados por brancos e mulatos oriundos da classe média e algumas pessoas da própria elite. Isto contribuiu, sem dúvida, para o caráter aberto e legal que estes cultos vêm adquirindo nos últimos anos.
Esta mistura de raças e culturas foi responsável por um forte sincretismo religioso, unificando mitologias a partir de semelhanças existentes entre santos católicos e orixás africanos, dando origem ao Umbandismo.
Ao contrário do Candomblé, a Umbanda possui grande flexibilidade ritual e doutrinária, o que a torna capaz de adotar novos elementos. Assim o elemento negro trouxe o africanismo (nações); os índios trouxeram os elementos da pajelança; os europeus trouxeram o Cristianismo e o Kardecismo; e, posteriormente, os povos orientais acrescentaram um pouco de sua ritualística à Umbanda. Essas cinco fontes criaram o pentagrama umbandista:


 

















Os seguidores da Umbanda verdadeira só praticam rituais de Magia Branca, ou seja, aqueles feitos para melhorar a vida de determinada pessoa, para praticar um bem, e nunca de prejudicar quem quer que seja. Os espíritos da Quimbanda (Exus) podem, no entanto, ser invocados para a prática do bem, contanto que isso seja feito sem que se tenha que dar presentes ou dinheiro ao médium que os recebe, pois o objetivo do verdadeiro médium é tão somente a prática da caridade.

Algumas casas de Umbanda homenageiam alguns Orixás do Candomblé,  como por exemplo: Oxumarê, Ossãe, Logun-Edé. Mas os mesmos, na Umbanda, não incorporam e nem são orixás regentes de nenhum médium.
Nós temos os nossos guias de trabalho e entre eles existe aquele que é o responsável pela nossa vida espiritual e por isso é chamado de guia chefe, normalmente é um caboclo, mas pode ser em alguns casos um preto-velho.


Aspectos Dominantes do Movimento Umbandista

1.        Ritual, variando pela origem
2.        Vestes, em geral brancas
3.        Altar com imagens católicas, pretos velho, caboclos
4.        Sessões espíritas, formando agrupamentos em pé, em salões ou terreiro
5.        Desenvolvimento normal em corrente
6.        Bases; africanismo, kardecismo, indianismo, catolicismo, orientalismo.
7.        Serviço social constante nos terreiros
8.        Finalidade de cura material e espiritual
9.        Magia branca
10.   Batiza, consagra e casa


Ritual


A Umbanda não tem, infelizmente, um órgão centralizador, que a nível nacional ou estadual, dite normas e conceitos sobre a religião ou possa coibir os abusos. Por isso cada terreiro segue um ritual próprio, ditado pelo guia chefe do terreiro, o que faz a diferenciação de ritual entre uma casa e outra. Entretanto, a base de todo terreiro tem que seguir o principio básico do bom senso, da honestidade e do desinteresse material, além de pregar, é claro, o ritual básico transmitido através dos anos pelos praticantes.
O mais importante, seria que todos pudessem encontrar em suas diferenças de culto, o que seria o elo mais importante e a ele se unissem. Tal elo é a Caridade!
Não importa se o atabaque toca, ou se o ritmo é de palmas, nem mesmo se não há som. O que importa é a honestidade e o amor com que nos entregamos a nossa religião.












Você Aprendeu:
Os ascendentes históricos que deram origem à Umbanda e outros rituais semelhantes; O que é a Trilogia Carmática da Umbanda; As 5 influências culturais/religiosas que formam O Pentagrama Umbandista; As principais características do Ritual Umbandista; Porque os rituais das casas de Umbanda diferem entre si;

terça-feira, 28 de maio de 2013

C.P.A.E.-Centro de Pesquisas Avançadas do Espírito: Apresentação de Slides do Modelo do Espírito

C.P.A.E.-Centro de Pesquisas Avançadas do Espírito: Apresentação de Slides do Modelo do Espírito: Você poderá ver os slides no quadro abaixo. Espírito, Perispírito e Alma: Modelo Geométrico do Espírito View more presentations from...

Transição de Espiritos da terra (espiritismo)

Na verdade ,apos a transição,o tipo espiritual que devera permanecer na terra são os espíritos que apresentam desejo genuíno de melhora e tendencias melhores .Esse fato muda completamente a visão que se tem  acerca  de um mundo novo ou de regeneração ,porque implica nele haverá,ainda ,boa parte de seres com graves problemas espirituais e sociais ,mas com disposições intimas de melhora ,por isso merecendo uma chance renovada.Uma coisa tem ficar claro com o assunto transmigratorio ou degredo:esse acontecimento não significa exclusão ou eliminação das classes de aprendizado ,mas transferencia de classes ,dentro de uma mesma escola -o Universo.quando predomina no extrafísico ,entra num estagio aguda de aglomerações de espíritos,ocorre ,então ,a deportação compulsória ou transmigração interplanetaria .No entanto ,essa deportação não acontece,pura e simplesmente ,sem a interferencia dos habitantes do mundo submetido a esse processo .É preciso implementar a limpeza energética,fluídica e mental ,a medida que se prepara o relocamento de consciências .pense nisso.

sobre o consumo da carne ,na terra.( ESPIRITUAL)

Mas não é justificavel a censura espiritual ao homem terreno ,o qual ainda é carnívoro?Não pretendemos censurar os terrícolas,especie de aluno matriculado num curso de alfabetização espiritual,como a terra,porque se alimenta da carne.Apenas frisamos sobre á necessidade da sua mais breve libertação do carnivorismo,porquanto na constituição da nova humanidade do terceiro milênio.O ambiente terraquio,no próximo milênio ,há de ser descongestionado do excesso de magnetismo mórbido e viscoso ,quer seja produzido pelos vícios e pelas paixões aviltantes ,assim como fruto dos gemidos e das angustias dos animais sacrificados para gula do homem.Pense nisso.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

domingo, 26 de maio de 2013

Video espetacular A morte do Dimas !!! vja como é um tipo de desligamento . (Espirita)

esse video mostra um tipo de desencarnação ,feita por uma equipe espiritual,mas nem todos temos essa ajuda ,ai houve perecimento!

sábado, 25 de maio de 2013

Almas Gemeas Espiritismo

As almas que deverão se unir estão predestinadas a essa união desde sua origem e cada um de nós tem ,em alguma parte do universo ,sua metade á qual se unira fatalmente um dia ?Não ,não existe entre todos os espíritos mas,em graus diferentes segundo a categoria que ocupam,quer dizer,segundo a perfeição que adquiriram quanto mais perfeitos ,mais unidos .Da discórdia nascem todos os males humanos ,da concórdia resulta a felicidade completa.Em que sentido se deve entender o termo metade de que certos Espíritos se servem para designar os Espíritos simpáticos?A expressaõ é inexata ;se um Espirito fosse metade de outro ,separado dele seria incompleto.Dois Espíritos perfeitamente simpáticos ,uma vez reunidos o serão pela eternidade ou podem se separar unindo se a outros espíritos/ Todos os Espíritos são unidos  entre si ;falo dos que atingiram a perfeição .Nas esferas inferiores ,quando um Espirito se eleva ,não tem a mesma simpatia por aqueles que deixou atrás.Dois Espíritos simpáticos são o complemento um do outro ou essa simpatia é o resultado de uma identidade perfeita.?A simpatia que atrai um Espirito para o outro é o resultado da perfeita concordancia de suas inclinações ,de seus instintos .Se um devesse completar ,o outro ,perderia sua individualidade.Pense nisso. 

sexta-feira, 24 de maio de 2013

espiritos de outros planetas trabalham na terra! espiritismo

Temp e Téra são dois espíritos de evolução feminina
com enorme progresso
conquistado. Mais abaixo um pouco de Atafon e mais
acima do que Orcus. Admiráveis
criaturas de mãos iluminadas.
Perguntei-lhes se haviam feito sempre a sua evoluçã
o na Terra. Disseram que não.
Vieram de Vênus onde haviam atingido o mais alto pr
ogresso possível. Informadas da
existência de planos subterrâneos em nosso mundo of
ereceram-se voluntárias para
ajudar os abismos. Essa decisão repercutiu intensam
ente entre o Conselho Espiritual
Venuziano que após entendimentos com o Governador d
a Terra concedeu-lhes
autorização. Chegaram aqui há milênios onde permane
cem. De vez em quando são
revezadas por outras duas figuras masculinas de Vên
us de igual evolução. Irus e Urus.
O revezamento se faz na base de oitocentos anos ter
restres. Espécie de férias. A
dedicação desses espíritos que guardam a forma dege
nerada nas profundidades do
submundo atinge as raias do sublime. A penetração d
a luz em plenas trevas representa
evidentemente notável colaboração.
Ê certo que isso lhes aumentará as credenciais nos
planos superiores mas não fazem
isso com a intenção de conquistarem credenciais, es
timula-se apenas o amor ao
próximo.

porque o espirito penetra em tudo? espiritismo

queda da forma nos planos inferiores — continuo
u o Espírito — é um fato. A
mente pode, aumentando sua vibração, atingir a ange
litude de outras formas superiores
de vida, assim como diminuindo, se precipitará nos
abismos da forma. A densidade do
perispírito aumenta ao mesmo passo que determina ma
ior peso atômico e o ser desce às
profundidades. É simples lei física indiscutível. E
mbora constantemente percorrido por
incessantes cargas eletromagnéticas as células peri
spirituais têm a contextura
organizada por divisões semelhantes aos nêutrons qu
e em si mesmos não têm carga
elétrica, o que lhe permite a incursão através de q
ualquer tipo de matéria. Não haverá
obstáculo à sua passagem, como acontece conosco, de
pendendo apenas da relação
existente entre elas e a matéria a ser atravessada.
A terra não é mais do que uma grande
faixa em movimento atômico ou eletrônico e as profu
ndezas são outras tantas faixas
circulares onde milhões de organismos vivos se movi
mentam permanentemente. Viver
em toda a parte do universo é condição absoluta. A
morte como a entendem os homens
comuns da superfície, não existe.
Atafon calou-se. Nerodiano contemplou-o aturdido e
Orcus baixara os olhos
respeitosamente. Somente eu, talvez pela profunda i
gnorância que me caracteriza, tudo

O que a sensualidade de mais faz para o encarnado depois! (espiritismo)

respeitados e os espíritos maus que governavam as t
revas podiam se mover. O resto era
impiedosamente escravizado. Uma lágrima nos olhos e
ra um sinal de perigo.
Poderíamos ser arrastados a sofrimentos inauditos.
A serena superioridade dos que
sabiam amar sem se perder mantinha os verdugos à di
stância. A fraqueza dos
simplesmente bem intencionados não os amedrontava.
Quão difícil me era aproximar
daquelas criaturas acorrentadas! Um cheiro nauseabu
ndo tresandava-lhes do organismo.
Os membros pareciam putrefatos e os olhos injetados
perdidos na face semelhavam duas
pálidas e pequeninas luas.
Chamei a atenção de Orcus para o fato de possuírem
dois olhos. Orcus esclareceu:
— Estes são espíritos que desceram recentemente às
profundezas deste abismo.
Todavia, repare bem que trazem os olhos vidrados ou
opacos. Não possuem visão.
Gastaram os olhos na "Terra" naquilo que os homens
poderiam denominar de
"hipnotismo sensual".
O desejo e a sensualidade exercida pelas vistas na
ânsia do desejo da mulher do
próximo ou a aplicação do magnetismo visual para a
conquista e amor de baixo padrão
desgastam as fibras do perispírito e cega a criatur
a por muitos milênios. São cegos de
amor e paixão.
Quedei-me pensativo e silencioso. Nunca havia supos
to lá na superfície que os
olhos que ardem na paixão desenfreada dos sentidos
estavam condenados à destruição.
O amor cheio de maldade destrói o próprio veículo p
elo qual se transmite.
Orcus demonstrou com um olhar compreender minhas pr
ofundas reflexões e aduziu
ao meu pensamento:
— O que você está pensando, meu filho, corresponde
à mais exata realidade, todavia
é bom esclarecer que o olhar carinhoso e amigo, ver
dadeiramente sincero, aplicado no
amor verdadeiro que obedece ao cumprimento da Lei,
constrói pupilas luminosas para a
imortalidade. É a mesma lei que estabelece as proba
bilidades de subida e descida que
estudamos anteriormente. O amor ao mal e às coisas
da matéria materializa. O amor ao
bem e às coisas do espírito, espiritualiza.
Tudo em toda a parte, toca-se de luz e sombra. A me
sma energia depende apenas de
direção. É por isso que o Evangelho é bússola...
A observação judiciosa de Orcus calou-me fundo.
Atafon dirigia-se mais para o interior e notei que
se aproximava daquelas c

Os DRAGÕES!( Espirita)

que se "vegetalizavam"... Esbocei um pensamento est
ranho. Orcus imediatamente,
lendo-me
as imagens mentais, esclareceu:
— Realmente, meu caro, há os que se precipitaram na
s formas vegetais e vivem agora
aprisionados no que se poderia chamar de inércia ap
arente... São corações aflitos e
inteligências que foram caindo, caindo,
e
atingindo a inconsciência começaram a
percorrer
para trás a
escala da evolução... Irão até
o
mineral e descerão um pouco mais. Nessa
ocasião poderão sofrer uma espécie de explosão atôm
ica que desagregará o próprio ser.
Dizemos explosão atômica como quem usa expressão já
inteligível na Terra. Na realidade é
uma desagregação intercelular mas tão distante de u
ma explosão atômica como a velocidade
do som para a velocidade da luz. Estaquei assombrad
o.
— Já sei o que está pensando — colaborou Orcus — is
so não acontece!
Eu não dissera nada mas a percepção do Espírito era
muito viva.
— O centro da consciência que constitui o verdadeir
o ser eterno não se desagrega
mas volta a um estado tão grande de inconsciência q
ue é como se não existisse como ser
dotado de possibilidades divinas. É certo que um di
a retornará na viagem de volta como
quem cansado da permanência no quase nada reinicias
se a conquista de Deus. Há no
Universo correntes de vida que arrastam para baixo
ou para cima, para dentro ou para
fora, para o ser ou para o não ser. Evoluir é conqu
istar graus cada vez mais adiantados de
consciência. E conquistar graus de consciência é si
mplesmente conhecer-se a si mesmo.
Tinha razão o "Velho Sócrates..."
Percebi que Orcus me fazia grandiosas revelações e
que um impulso novo me
conduzia pelos caminhos do Conhecimento.
10 - O Dragão
Percebi que à proporção que penetrávamos no Império
Terrestre uma terrível
angústia tentava dominar-nos o coração. Ao mesmo te
mpo sentia que forças de mais
alto, talvez as irradiações de Gabriel, auxiliavam-
nos na marcha.
Ali, não me sentia agora tão seguro como antes. Tud
o que nos rodeava parecia ter
vida e dentro de cada
pedra ou no interior de cada acidente do caminho es
tranhas formas sepultadas ansiavam por
se comunicar conosco.
Orcus estava sereno. Eu, porém, submetido àquelas i
mpressões desconcertantes,
arrastava-me um pouco aturdido como se névoas esqui
sitas invadissem-me a mente.
Orcus passou-me a mão delicada sobre a testa e diss
e:
Nada tema. O que sente é a aproximação cada vez mai
s intensa dos olhos do Dragão.
Dragão? Quem é o Dragão? balbuciei.
Meu filho, em todas as épocas da humanidade, o Drag
ão simbolizou as forças do mal
ou a legião de seres revoltados que lutam contra Je
sus. Não se recorda de Satanás? É o mesmo
símbolo. No entanto, aqui nós encontramos realmente
figuras que representam o Dragão que
se opõe a Deus. Há sempre no fundo da Terra um Drag
ão que domina o Império dos Dragões
mas isto não é somente na Terra, em todos os mundos
de vibração semelhante à Terra existem
os filhos do dragão ou seja aqueles que não querem
aceitar a lei de Deus e só evoluem sob a
força compulsória da mesma Lei.
Mas existe então nesta região um ser que se diz o D
ragão?
Existe, grande, enorme e terrível. É possível que v
ocê o veja e que também conheça
os seus filhos.
Calei-me. Um silêncio sem limites tomara conta de m
inha alma. Olhei para o alto e,
estarrecido, verifiquei que Gabriel era apenas um p
onto luminoso na distância, como uma
estrela em pleno firmamento