domingo, 30 de março de 2014

o que é metagnomia.

 Metagnomia (do grego metá + gnome + ia) é o mesmo que:
        Metagnomia é termo criado por émile Boirac para designar a faculdade de tomar conhecimento da realidade que está acima das possibilidades da inteligência que funciona em condições chamadas normais.

Psicometria.

 PsicometriaNa mediunidade estudada à luz da Doutrina_Espírita, a psicometria é uma variedade da psicoscopia, isto é, uma faculdade que tem o médium de estabelecer contato com toda a vida psíquica de alguém, coisa ou ambiente, podendo perscrutar o passado, presente e o futuro. O médium localiza no tempo e no espaço o objeto de suas perquirições, seguindo-o por uma espécie de "rastreamento" psíquico. (Grupo de Fenômenos Psicométricos segundo Ernesto Bozzano – Enigmas da Psicometria, 1949).

     
Esta forma especial de vidência se caracteriza pela circunstância de desenvolver-se no campo mediúnico uma série de visões de coisas passadas desde que seja posto em presença do vidente um objeto qualquer ligado àquelas cenas.

        Em boa expressão sinonímica, ...
  • como o é usada na Psicologia experimental, significa "registro, apreciação da atividade intelectual",
  • entretanto, nos trabalhos mediúnicos, esta palavra designa a faculdade de ler impressões e recordações ao contacto de objetos comuns.
        Todos os objetos que emoldurados por substâncias fluídicas acham-se fortemente lembrados ou visitados por aqueles que os possuíram (encarnados ou desencarnados).


        O objeto conserva as formas-pensamento de quem o possuiu. O objeto é animado pelas reminiscências que reavivam no tempo, através dos laços espirituais que ainda sustentam em torno do círculo afetivo que deixaram.  O objeto fica envolvido pelas correntes mentais daqueles - encarnados ou desencarnados - que ainda se apegam a ele.  Se estivéssemos interessados em conhecer esses companheiros e encontrá-los, um objeto nessas condições seria um mediador para a realização de nossos desejos. Isto é, podemos usar, para isso, alguma coisa em que a memória deles se concentram. Tudo o que se nos irradia do pensamento serve para facilitar essa ligação.
        O pensamento espalha nossas próprias emanações em toda parte a que se projeta. Deixamos vestígios espirituais, onde arremessamos os raios de nossamente.
        Quando libertados do corpo denso, aguçam-se-nos os sentidos e, em razão disso, podemos atender, sem dificuldade, a esses fenômenos, dentro da esfera em que se nos limitam as possibilidades evolutivas.  Isto é, não dispomos de recursos para alcançar o pensamento daqueles que se fizeram superiores a nós, o pensamento deles vibra em outra freqüência.

        Poderíamos conhecer, inclusive, a história da matéria que serve à formação do objeto que analisarmos. Entretanto, isso demandaria mais trabalho, mais tempo. Cada objeto pode ser um mediador para entrarmos em relação com as pessoas que se interessam por ele e um registro de fatos da Natureza. O paleontologista pode reconstituir determinadas peças da fauna pré-histórica por um simples osso encontrado a esmo.


      Tudo o que observamos acima é mediunidade, apesar de os fatos dessa ordem serem arrolados, por experimentadores do mundo científico, sob denominações diversas, entre elas:

       Os objetos, mormente os de uso pessoal, têm a sua história viva e, por vezes, podem constituir o ponto de atenção das entidades perturbadas, de seus antigos possuidores no mundo; razão por que parecem tocados, por vezes, de singulares influências ocultas, porém, nosso esforço deve ser o da libertação espiritual, sendo indispensável lutarmos contra os fetiches, para considerar tão-somente os valores morais do homem na sua jornada para o Perfeito.
[41ª - página 90] - Emmanuel - 1940

Faculdade que permite captar a história e o estado atual, tanto de seres vivos, como dos objetos inanimados e, também, por vezes, os ambientes e outros elementos externos ligados à sua existência.

“A faculdade de ler impressões e recordações ao contato de objetos comuns”

MECANISMO DA PSICOMETRIA
        Expondo algumas anotações em torno da psicometria, considerada nos círculos medianímicos por faculdade de perceber o lado oculto do ambiente e de ler impressões e lembranças, ao contacto de objetos e documentos, nos domínios da sensação a distância, não é demais traçar sintéticas observações acerca do pensamento, que varia de criatura para criatura, tanto quanto a expressão fisionômica e as marcas digitais.
        Destacaremos, assim, que, em certos indivíduos, a onda_mental a expandir-se, quando em regime de «circuito fechado», na atenção profunda, carreia consigo agentes de percepção avançada, com capacidade de transportar os sentidos vulgares para além do corpo físico, no estado natural de vigília.
        O fluido_nervoso_ou_força_psíquica, a desarticular-se dos centros_vitais, incorpora-se aos raios de energia mental exteriorizados, neles configurando o campo de percepção que se deseje plasmar, segundo a dileção da vontade, conferindo ao Espírito novos poderes sensoriais.
        Ainda aqui, o fenômeno pode ser apreendido, guardando-se por base de observação as experiencias do hipnotismo_comum, nas quais o sensitivo — muitas vezes pessoa em que a 
força_nervosa está mais fracamente aderida ao carro fisiológico — deixa escapar com facilidade essa mesma força, que passa, de pronto, ao impacto espiritual do magnetizador.
        O hipnotizado, na profundez da hipnose, pode, então, libertar a sensibilidade e a motricidade, transpondo as limitações conhecidas no cosmo físico.
        Nestas ocorrências, sob a sugestão do magnetizador, o “sujet”, com a energia mental de que dispõe, desassocia o fluido nervoso de certas regiões doveículo_carnal, passando a registrar sensações fora do corpo denso, em local sugerido pelo hipnotizador, ou impede que a mesma força circule em certo membro — um dos braços por exemplo —, que se faz pràticamente insensível enquanto perdure a experiência, até que, ao toque positivo da vontade do magnetizador, ele mesmo reconduza o próprio pensamento revitalizante para o braço inerte, restituindo-lhe a energia psíquica temporàriamente subtraída.    
PSICOMETRIA E REFLEXO CONDICIONADO
        Nas pessoas dotadas de forte sensibilidade, basta o reflexo_condicionado, por intermédio da oração ou da centralização de energia_mental, para que, por si mesmas, desloquem mecanicamente a força_nervosa correspondente a esse ou àquele centro_vital do organismo fisiopsicossomático, entrando em relação com outros impérios vibratórios, dos quais extraem o material de suas observações psicométricas.  Semelhantes faculdades ocorrem nas sensações instintivas desimpatia_ou_antipatia, potencialmente em todas as criaturas, com que se acolhem ou se repelem umas às outras, na permuta incessante de radiação.
        Pela reflexão, cada Inteligência pressente, diante de outra, se está sendo defrontada por alguém favorável ou não à direção nobre ou deprimente que escolheu para a própria vida.
FUNÇÃO DO PSICOMETRA
        Clareando o assunto quanto possível, vamos encontrar no médium de psicometria a individualidade que consegue desarticular, de maneira automática, aforça_nervosa de certos núcleos, como, por exemplo, os da visão e da audição, transferindo-lhes a potencialidade para as próprias oscilações mentais.
        Efetuada a transposição, temos a ideia de que o medianeiro possui olhos e ouvidos a distância do envoltório_denso, acrescendo, muitas vezes, a circunstância de que tal sensitivo, por autodecisão, não apenas desassocia os agentes psíquicos dos núcleos aludidos, mas também opera o desdobramento_do_corpo_espiritual, em processo rápido, acompanhando o mapa que se lhe traça às ações no espaço e no tempo, com o que obtém, sem maiores embaraços, o montante de impressões e informações para os fins que se tenha em vista.
INTERDEPENDÊNCIA DO MÉDIUM
        Como em qualquer atividade coletiva entre os homens, é forçoso convir que médium algum pode agir a sós, no plano complexo da psicometria.
        Igualmente, aí, o sensitivo está como peça interdependente no mecanismo da ação.
        E como é fartamente compreensível, se os companheiros desencarnados ou encarnados da operação a realizar não guardam entre si os ascendentes da harmonização necessária, claro está que a onda mental do instrumento mediúnico somente em circunstâncias muito especiais não se deixará influenciar pelos elementos discordantes, invalidando-se, desse modo, qualquer possibilidade de êxito nos tentames empreendidos.
        Nesse campo, as formas-pensamentos adquirem fundamental importância, porque todo objeto deliberadamente psicometrado já foi alvo de particularizada atenção.
        Quem apresenta ao psicômetra um pertence de antepassados, na maioria das vezes já lhe invocou a memória e, com isso, quando não tenha atraído para o objeto o interesse afetivo, no Plano_Espiritual, terá desenhado mentalmente os seus traços ou quadros alusivos às reminiscências de que disponha, estabelecendo, assim, recursos de indução para que as percepções ultrasensoriais do médium se lhe coloquem no campo vibratório correspondente.
CASO DE DESAPARECIMENTO
        Noutro aspecto, imaginemos que determinado objeto seja conduzido ao sensitivo para ser psicometrado, com vistas a certos objetivos.
        Para clarear a asserção, suponhamos que uma pessoa acaba de desaparecer do quadro doméstico, sem deixar vestígio.
        Buscas minuciosas são empreendidas sem resultado.
        Lembra-se alguém de tomar-lhe um dos pertences de uso pessoal. Um lenço por exemplo.
        A recordação é submetida a exame de um médium que reside a longa distância, sem que informe algum lhe seja prestado.
        O médium recolhe-se e, a breve tempo, voltando da profunda introspecção a que se entregou, descreve, com minúcias, a fisionomia e o caráter do proprietário, reporta-se ao desaparecimento dele, explana sobre pequeninos incidentes em torno do caso em lide, esclarece que o dono desencarnou, de repente, e informa o local em que o cadáver permanece.
        Verifica-se a exatidão de todas as notas e, comumente, atribui-se ao psicômetra a autoria integral da descoberta.
        Entretanto, analisado o episódio do Plano Espiritual, outras facetas ele revela à visão do observador.
        Desencarnado o amigo a que aludimos, afeições que ele possua na esfera extrafísica interessam-se em ajudá-lo, auxílio esse que se estende, naturalmente, à sua equipe doméstica. Pensamentos agoniados daqueles que ficaram e pensamentos ansiosos dos que residem na vanguarda do Espírito entrecruzam-se na procura movimentada.
        Alguém sugere a remessa do lenço para investigações psicométricas e a solução aparece coroada de êxito.
        Os encarnados vêem habitualmente apenas o sensitivo que entrou em função, mas se esquecem, não raro, das Inteligências_desencarnadas que se lhe incorporam àonda_mental, fornecendo-lhe todos os avisos e instruções, atinentes ao feito.
AGENTES INDUZIDOS
        Todos os objetos e ambientes psicometrados são, quase sempre, francos mediadores entre a esfera física e a esfera_extrafísica, à maneira de agentes fortemente induzidos, estabelecendo fatores de telementação entre os dois planos.
        Nada difícil, portanto, entender que, ainda aí prevalece o problema do merecimento e da companhia.
        Se o consulente e o experimentador não se revestem de qualidades morais respeitáveis para o encontro do melhor a obter, podem carrear à presença do sensitivoelementos_desencarnados menos afins com a tarefa superior a que se propõem, e, se o intermediário_humano não está espiritualmente seguro, a consulta ou a experiência resulta em fracasso perfeitamente compreensível.
        Nossas anotações, demonstrando o extenso campo da influenciação dos desencarnados, em todas as ocorrências da psicometria, não excluem, como é natural, o reconhecimento de que a matéria assinala sistemas de vibrações, criados pelos contactos com os homens e com os seres inferiores da Natureza, possibilitando as observações inabituais das pessoas dotadas de poderes sensoriais mais profundos, como por exemplo na visão, através de corpos opacos, na clarividência e naclariaudiência_telementadas, na apreensão críptica da sensibilidade e nos diversos recursos_radiestésicos que se filiam notadamente aos chamados fenômenos de telestesia.

ectoplasma.

              
Força nervosa
, à maneira dum fluxo de neblina espessa e leitosa.

[16a - página 109]  - André Luiz


        O ectoplasma - esta força nervosa - não é apenas propriedade de alguns privilegiados na Terra.
        Todos os homens a possuem com maior ou menor intensidade; entretanto, é preciso compreender que não nos encontramos, ainda, no tempo de generalizar as realizações. Este domínio exige santificação.
  • O homem não abusará no setor do progresso espiritual
  • como vem fazendo nas linhas de evolução material, onde se transformam prodigiosas dádivas divinas em forças de destruição e miséria. 
        Neste campo de realizações sublimes, a que nos sentimos ligados, a ignorância, a vaidade e a má-fé permanecem incapacitadas por si próprias, traçando fronteiras de limitação para si mesmas.

[16a - página 112] - André Luiz - 1943

        Esclarecidas entidades espirituais, que preparam o ambiente, levando a efeito a ionização da atmosfera, combinando recursos para efeitos elétricos e magnéticos. Nos trabalhos deste teor reclamam-se processos acelerados de materialização e desmaterialização da energia. (Ver:Matéria)
        Estes amigos estão encarregados de operar a condensação_do_oxigênio. O ambiente para amaterialização_de_entidade_do_plano_invisível_aos_olhos_dos_homens requer elevado teor de ozônio e, além disso, é indispensável semelhante operação, a fim de que todas as larvas e expressões microscópicas de atividade inferior sejam exterminadas. A relativa ozonização da paisagem interior é necessária como trabalho bactericida.
        O ectoplasma, ou força nervosa, que será abundantemente extraído do médium, não pode sofrer, sem prejuízos fatais, a intromissão de certos elementos microbianos.

[16a - página 102]  - André Luiz - 1943


  André Luiz - relatando o ocorrido com um médium de baixo nível moral    

        "Depois de visivelmente satisfeito no acordo financeiro estabelecido, colocou-se o vidente em profunda concentração e notei o fluxo de energias a emanarem dele, através de todos os poros, mas muito particularmente da boca, das narinas, dos ouvidos e do peito. Aquela força, semelhante a vapor fino e sutil, como que povoava o ambiente acanhado e reparei que as individualidades de ordem_primária ou retardadas, que coadjuvavam o médium em suas incursões em nosso_plano, sorviam-na a longos haustos, sustentando-se dela, quanto se nutre o homem comum de proteína, carboidratos e vitaminas. (Ver: Alimentação dos Espíritos)
        Examinando a paisagem, Gúbio (Instrutor de André Luiz) esclareceu-nos em voz imperceptível aos demais:
        — Esta força não é patrimônio de privilegia­dos. É propriedade vulgar de todas as criaturas, mas entendem-na e utilizam-na sòmente aqueles que a exercitam através de acuradas meditações. É ...
        No fundo, é a energia plástica da mente que a acumula em si mesma, tomando-a ao fluido_universal em que todas as correntes da vida se banham e se refazem, nos mais diversos reinos da natureza, dentro do Universo. Cada ser vivo é um transformador dessa força, segundo o potencial receptivo e irradiante que lhe diz respeito. Nasce o homem e renasce, centenas de vezes, para aprender a ... 
  • usá-la, 
  • desenvolvê-la, 
  • enriquecê-la, 
  • sublimá-la, 
  • engrandecê-la 
  • e divinizá-la. 
       Entretanto, na maioria das vezes, a criatura foge à luta que interpreta por sofrimento e aflição, quando é inestimável recurso de auto-aprimoramento, adiando a própria santificação, caminho único de nossa aproximação do Criador.
        Vendo a cena que se desenrolava, ponderei:
       - É forçoso convir, porém, que este vidente é vigoroso na instrumentalidade. Permanece em perfeito contato com os Espíritos que o assistem e que encontram nele sólido sustentáculo.
       - Sim - confirmou o orientador, sereno - mas não vemos aqui qualquer sinal de sublimação na ordem moral.O_professor_de_relações_com_a_nossa_esfera, inabordável, por enquanto, ao homem comum, sintoniza-se com as emissões vibratórias das entidades que o acompanham em posição primitivista, pode ouvir-lhes os pareceres e registrar-lhes as considerações. Entretanto, isto não basta. Desfazer-se_alguém_do_veículo_de_carne não é iniciar-se na divindade. Há bilhões de Espíritos em evolução que rodeiam os homens encarnados, em todos os círculos de luta, muito inferiores, em alguns casos, a eles mesmos e que, fàcilmente, se convertem em instrumentos passivos dos seus desejos e paixões. Daí, o imperativo de muita capacidade de sublimação para_quantos_se_consagram_ao_intercâmbioentre os dois mundos, porque, ... 
  • se a virtude é transmissível, 
  • os males são epidêmicos."
[96 - página 144] - André Luiz
Da mesma forma que uma mistura de hidrogênio e cloro só se mantém na obscuridade, a luz exerce grande poder de desagregação sobre ascriações fluídicas temporárias, exigindo um emprego mais considerável de força psíquica.
Medição da força psíquica
        Essa força, cuja existência não é mais negável, considerando-se o número e a importância dos testemunhos que a atestam, foi submetida a medições.
        Os observadores já citados contentaram-se em avaliá-la aproximativamente, mas Robert_Hare, na América do Norte, e William_Crookes, na Inglaterra, submeteram-na a um exame rigorosamente científico.
        Transcrevamos agora o que Eugène Nus colheu da obra de Robert Hare, professor na Universidade de Pennsylvania, a respeito das experiências deste. (1)
  • Ele tomou esferas de cobre; colocou-as numa placa de zinco, fez que os médiuns pusessem as mãos sobre as esferas, e, com grande espanto seu, a mesa moveu-se. O intuito de tal processo era evitar a aderência das mãos e os famosos movimentos nascentes e inconscientes, segundo as teorias de FaradayChevreul e Babinet.
  • Ensaiou outro processo: A longa extremidade de uma prancha foi presa a uma balança de espiral, com um indicador fixo para marcar o peso. A mão do médium foi colocada sobre a outra extremidade da prancha, de modo que, qualquer pressão que houvesse, não pudesse ser exercida para baixo; mas, pelo contrário, produzisse efeito oposto, isto é, suspendesse a outra extremidade. Com grande surpresa sua, esta extremidade desceu aumentando assim o peso de algumas libras na balança.
  • Em seguida, fez mergulhar na água as mãos do médium, de modo a não haver comunicação com a prancha sobre a qual estava colocado o vaso que continha o liquido; e, ainda com grande surpresa, uma força de dezoito libras foi exercida sobre a prancha.
        Esses resultados, assaz notáveis, estabelecem e medem nitidamente a força psíquica que emana do médium. William Crookes (2) repetiu as experiências do sábio americano e obteve os mesmos resultados; demais, ele empregou um aparelho muito simples, porém bastante exato, em uso nos laboratórios para conservar os traços dessa força. Consiste esse instrumento em um vidro enegrecido, movido por um maquinismo de relógio que o obriga a deslocar-se horizontalmente diante do indicador da balança. Quando nenhuma força se exerce, a linha traçada é reta; se, ao contrário, uma força manifesta-se, a linha traçada é curva, e pode-se facilmente medir a todo o instante a energia exercida, ou, por outra, a intensidade da força psíquica.
        Consegue-se ainda obter curvas por um outro processo: sobre um quadro de madeira estende-se uma folha de pergaminho. A extremidade mais baixa da prancha deve ficar equilibrada de modo a acompanhar com rapidez os movimentos do centro do disco de pergaminho. Na outra extremidade da prancha está uma agulha, de modo que, movendo-se horizontalmente, possa tocar na lâmina de vidro enfumaçada, a qual um mecanismo de relógio faz deslocar lateralmente.
        Crookes certificou-se primeiramente de que nenhuma sacudidela ou vibração da mesa podia perturbar os resultados; depois, sem explicar a ninguém a utilidade do instrumento, introduziu no gabinete um médium e pediu-lhe que colocasse suas mãos não sobre o aparelho, mas sobre a mesa que o suportava. Em seguida, colocou suas mãos sobre as desse médium, a fim de evitar qualquer movimento consciente ou inconsciente da sua parte. Dentro de pouco tempo, ouviram-se choques no pergaminho, semelhantes aos que poderiam ser produzidos por grãos de areia que fossem atirados sobre a sua superfície. A cada choque, um fragmento de grafite, colocado sobre o pergaminho, era projetado para o ar, e a extremidade da prancha movia-se ligeiramente e descia. Algumas vezes, esses sons se sucediam tão rapidamente como os de uma máquina de indução; porém, outras vezes, eles tinham um intervalo de mais de um minuto. Cinco ou seis curvas foram assim obtidas no vidro enfumaçado, e sempre se viu o movimento da agulha coincidir com as vibrações do pergaminho.
        Tendo obtido esses resultados na ausência do médium Home, diz o sábio químico, eu estava impaciente para certificar-me da ação que sua presença produziria sobre o instrumento.
        Em conseqüência disso, solicitei-lhe uma experiência, mas sem lhe dar a explicação do aparelho.
        Agarrei o braço do Senhor Home acima do pulso e mantive sua mão acima do pergaminho, cerca de dez polegadas distante da superfície deste. Um amigo segurava-lhe a outra mão. Depois de nos conservarmos nesta posição cerca de meio minuto, o Sr. Home disse que sentia o fluido passar. Então, fiz mover o maquinismo, e todos vimos que o indicador subia e descia. Os movimentos produziam-se muito mais lentos que nos casos precedentes, e não eram absolutamente acompanhados dos choques vibrantes de que há pouco falei.
        Várias foram as curvas gravadas pelo aparelho.
        Como se vê, a força emanada de certos organismos humanos, chamados médiuns pelos espíritas, está cientificamente analisada e medida por uma forma rigorosamente exata.
[116 - página 66] - Gabriel Delane
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(1) Robert Hare - Experimental Investigation of the Spirit Manifestation.
(2) Crookes - Recherches Expérimentales sur le Spiritualisme, pp. 55-67.
A mediunidade e a Força Psíquica 
        Em nosso exame, chegamos a uma constatação absolutamente contrária às teorias do Sr. Faraday e seus companheiros. A força que move as mesas não é devida a movimentos musculares inconscientes: é produzida por certos seres cujo organismo nervoso esteja apto para emitir essa força. Essa faculdade foi qualificada, pelos espíritas, com o nome de mediunidade, e os que a possuíam são médiuns.
        citemos ainda o testemunho de Crookes, o ilustre inventor do radiômetro.
        Essas experiências põem fora de dúvida (1) as conclusões a que cheguei em minha precedente memória, a saber: a existência de uma força associada, de um modo ainda inexplicado, no organismo humano, força essa pela qual a adição de peso pode ser feita em corpos sólidos, sem contacto efetivo. No caso do Senhor_Home, o desenvolvimento dessa força varia enormemente não só de semana em semana, mas de uma hora para outra; em algumas ocasiões, essa força não pôde ser acusada por meio dos meus aparelhos durante uma hora ou mesmo mais, e, em seguida, reapareceu, subitamente, com uma grande energia. Ela é capaz de agir a uma certa, distância do Senhor Home (e não é raro que essa distância seja de 2 ou 3 pés) ; todavia, é sempre mais poderosa junto dele.
        Na firme convicção em que estou de que nenhuma força pode manifestar-se sem o esgotamento correspondente de alguma outra força, debalde tenho procurado, durante muito tempo, a natureza da força ou do poder empregado para produzir esses resultados.
        Mas, atualmente, tenho podido observar melhor o Sr. Home, e acredito ter descoberto o tempo que essa força física emprega para desenvolver-se.
        Servindo-me das palavras força_vitalenergia nervosa, sei que emprego termos aos quais muitos investigadores dão significações diferentes; mas, depois de ter sido testemunha do estado penoso de prostração nervosa e corporal em que algumas dessas experiências deixaram o Senhor Home, depois de tê-lo visto em estado de desfalecimento quase completo, estendido no soalho, pálido e sem voz, não posso duvidar de que a emissão da força física seja acompanhada de um esgotamento correspondente da força vital.
        Essa força é, provavelmente, possuída por todos os seres humanos, embora os indivíduos dotados de uma energia extraordinária sejam, sem dúvida, raros. No ano que acaba de findar, encontrei, na intimidade de algumas famílias, cinco ou seis pessoas que possuíam essa força de um modo assaz poderoso para inspirar-me plena confiança de que, por seu intermédio, se poderiam obter resultados semelhantes aos que acabam de ser descritos, caso os experimentadores operassem com instrumentos mais delicados e suscetíveis de marcar uma pequena fração, em vez de indicar somente libras e onças.
        O Senhor de Rochas acaba de publicar (janeiro de 1897) uma obra intitulada: Les Effluves Odiques, que contém notável série de conferências, feitas em 1866, pelo Barão de Reichenbach, diante da Academia de Ciências de Viena. As investigações do sábio alemão estabelecem a existência dessa força psíquica. Na noticia histórica que precede o texto dessas conferências, o Sr. de Rochas relata grande número de experiências, feitas com um pêndulo especial, pelo Sr. Dr. Léger e verificadas pelo Sr. Ch. Bué. Resulta desses trabalhos:
  • 1º que o organismo humano pode exteriorizar a força psíquica;
  • 2º que a vontade humana pode enviar essa força numa determinada direção.
        A mediunidade não é um dom providencial, uma propriedade anormal, mas, simplesmente, um estado fisiológico que se apresenta em todos os seres, porém, somente em alguns é que ele está muito desenvolvido. Eis o que os Espíritos têm ensinado sempre. (2)
[116 - página 68] - Gabriel Delane
(1) Essas palavras foram grifadas pelo próprio Crookes no original.
(2) Veja O Livro dos Médiuns, por Allan Kardec.
Essa força psíquica não age somente sobre os objetos inanimados: ela se exerce, muitas vezes, sobre o próprio médium (a levitação de corpos humanos).

epigenetica voce sabe o que é?

Químicos e físicos, geômetras e matemáticos, erguidos à condição de investigadores da verdade, são hoje, sem o desejarem, sacerdotes do Espírito, porque, como conseqüência de seus porfiados estudos, o materialismo e o ateísmo serão compelidos a desaparecer, por falta de matéria, a base que lhes assegurava as especulações negativistas.
... O futuro pertence ao Espírito!

Emmanuel - (Nos Domínios da Mediunidade)  [28a - página 10 ]


citoplasmaque é, no fundo, o elemento intersticial de vinculação das forças
 fisiopsicossomáticasobriga as células ao trabalho de que necessita para expressar-se, trabalho este que, à custa de repetições quase infinitas, se torna perfeitamente automático para as unidades celulares que se renovam, de maneira incessante, na execução das tarefas que a vida lhes assinala.
André Luiz  (Uberaba-MG, 29 de Janeiro de 1958[56 - página 45]

        A ciência humana, porém, caminha na direção do porvir.
  • A nós, os Espíritos desencarnados, interessa, no plano_extrafísico, mais ampla sublimação, para que façamos ajustamento de determinados princípios mentais, com respeito à execução de tarefas específicas.
  • E aos encarnados interessa a existência em plano moral mais alto para que definam, com exatidão e propriedade, asubstância_ectoplasmáticaanalisando-lhe os componentes e protegendo-lhe as manifestações, de modo a oferecerem às Inteligências Superiores mais seguros cabedais de trabalho, equacionando-se, com os homens e para os homens, a prova inconteste da imortalidade.
[29 - página 126] - André Luiz - 1959
        Evidências científicas mostram que os genes não controlam os seres vivos e apresenta as fantásticas descobertas da epigenética, um novo campo da biologia que desvenda os mistérios de como o ambiente (natureza) pode influenciar o comportamento das células sem modificar o código_genético. É uma nova face da ciência, que revela mais detalhes sobre o complexo sistema e estrutura das doenças, incluindo o câncer e a esquizofrenia.
[98 - página 35] - Bruce Lipton


Na verdade, a epigenética, que é o estudo dos mecanismos moleculares por meio dos quais o meio ambiente controla a atividade genética, é hoje uma das áreas mais atuantes da pesquisa científica em geral.
[98 - página 31] - Bruce Lipton

        Best-seller nos Estados Unidos, A biologia da crença – lançamento da Butterfly Editora –, de Bruce Lipton, renomado cientista norte-americano, em linguagem simples e direta, ao alcance de todos, traz surpreendentes descobertas científicas que comprovam o poder do pensamento sobre a matéria e esclarecem a reencarnação.
        Seus estudos foram precursores da epigenética – estudo dos mecanismos moleculares por meio dos quais o meio ambiente controla a atividade genética.
        Sua vasta pesquisa comprova que o DNA é controlado pela energia que emana dos pensamentos, o que simplesmente significa que nossas projeções mentais influenciam diretamente em nossa saúde.
Comprovação científica
        Finalmente, o poder do pensamento é evidenciado à luz da ciência: trata-se de um salto quântico, o qual deu origem àquela que está sendo denominada a “nova biologia”. Desde que o The Wall Street Science Journal, no primeiro semestre de 2004, anunciou A biologia da crença, cientistas, pesquisadores, médicos e biologistas do mundo inteiro foram “sacudidos” pelas conclusões de Lipton.
        Um deles foi Gregg Braden, autor de The God code [O código de Deus] e The Isaiah effect [O efeito Isaías]: “O doutor Bruce Lipton nos oferece o tão procurado elo perdido entre a vida e a consciência. Responde a velhas questões e esclarece os mistérios mais profundos de nosso passado. Não tenho a menor dúvida de que este livro acabará se tornando uma base para a ciência do novo milênio”.
        Lipton recorda suas primeiras conclusões que o levaram a adiantar as pesquisas que desenvolveu: “Se direcionarmos melhor o que estamos pensando, poderemos mudar o estado do nosso corpo”.
        No seu livro, o cientista simplesmente expõe suas conclusões e destaca o benefício que delas é possível extrair. Professor universitário de grandes recursos recorre a exemplos e ilustrações que facilitam o entendimento do que poderia, à primeira vista, parecer complexo. Prova de sua capacidade de exposição é o fato de que milhares de pessoas mudaram seu modo de pensar depois de ler A biologia da crença.
        A razão disso é muito simples: o conceito de que a força do pensamento pode mudar nossa vida – muito explorado nos livros de auto-ajuda, a maioria deles atrelada à filosofia, à religião ou à psicologia – finalmente ganhou comprovação científica pelas mãos de Bruce Lipton!
        Lançamento da Butterfly Editora, A biologia da crença é um livro revolucionário que aproxima a ciência da filosofia e da religião, leitura agradável e produtiva que certamente vai mudar a vida de seus leitores.

        Ao escrever este livro, sinto-me como se estivesse desenhando uma linha na areia, que divide a história da humanidade. 
  • De um lado está o neodarwinismo, que dispõe a vida como uma eterna batalha entre robôs bioquímicos, 
  • e do outro está a “nova biologia”, que a considera uma jornada de cooperação entre indivíduos de vontade própria que podem se programar para criar uma existência cheia de felicidade. 
        Ao cruzar essa linha, passamos a entender claramente os conceitos da nova biologia, encerrando definitivamente a polêmica sobre ... 
  • aquilo que é natural em nós 
  • ou que herdamos de nossos pais. 
        Percebemos que a mente consciente está muito além da mera programação genética. Creio que neste momento vivenciamos uma mudança profunda e pragmática em nosso modo de ver a vida, algo semelhante ao que aconteceu quando o conceito de que a Terra era redonda substituiu todas as crenças da época.
[98 - página 35] - Bruce Lipton

        No Epílogo, explico como a nova biologia me fez perceber a importância da integração espírito-ciência e como isso modificou radicalmente a visão agnóstica e científica que eu tinha a respeito do mundo.
  • Você está pronto para usar sua mente consciente e ter mais saúde, felicidade e amor sem a necessidade de recursos da engenharia genética ou de medicamentos?
  • Está pronto para abrir sua mente a uma realidade diferente daquela que foi criada pelos modelos médicos, considerando o corpo humano uma simples máquina bioquímica? 
        Não se preocupe. Não estou apresentando um produto novo ou uma nova religião. É apenas um convite para que você deixe de lado por alguns instantes todas as crenças impostas pela mídia e pela ciência tradicional para vislumbrar o universo que se abre à sua frente com as descobertas da nova ciência.
[98 - página 36] - Bruce Lipton

        Não acreditava em Deus, embora deva confessar que quando imaginava a possibilidade de sua existência a figura que surgia em minha mente era sempre a de um grande e perverso controlador com senso de humor deturpado. Eu era, afinal, um biólogo tradicional, para quem a existência de Deus era uma questão totalmente irrisória. Considerava a vida mera conseqüência do acaso, como a sorte no jogo. As probabilidades dos resultados genéticos são as mesmas de um dado rolando sobre uma mesa. O lema de nossa profissão desde a época de Charles Darwin era: “Deus? Não precisamos de um Deus”.
        Não que Darwin negasse a Sua existência. Ele simplesmente afirmava que o acaso, e não a intervenção divina, é o verdadeiro responsável pela vida na Terra. Em seu livro origem das espéciespublicado em 1859, Darwin afirma que as características individuais são passadas dos pais para os filhos e que estas são “fatores hereditários” que controlam a vida de todos nós. Essa afirmação levou os cientistas a uma busca frenética para dissecar todas as partes que compõem as moléculas em uma tentativa de decifrar os mecanismos hereditários responsáveis pela vida.
        A pesquisa chegou ao fim 50 anos atrás, quando James Watson e Francis Crick descreveram a estrutura e a função da espiral dupla doDNA, o material do qual os genes são feitos. Os cientistas finalmente entendiam os “fatores hereditários” que Darwin mencionou em seus manuscritos no século 19. Os jornais anunciavam a nova engenharia genética, a promessa de bebês com características programadas e os medicamentos milagrosos. Até hoje me lembro das manchetes daquele dia memorável em 1953: Descoberto o segredo da vida”.
        Os genes passaram então a ser a explicação para tudo e os mecanismos pelos quais o DNA controla a vida biológica se tornaram o dogma central da biologia molecular, descrito com detalhes em todos os livros e pesquisas. A longa discussão sobre as características que herdamos ou que adquirimos durante a vida acabou. Os cientistas estavam certos de que tudo é herdado de nossos pais. No início, pensavam que o DNA fosse responsável apenas por nossas características físicas. Com o tempo passaram a acreditar que nossos genes também controlavam nossas emoções e comportamento. Portanto, se alguém nascesse com um gene de felicidade defeituoso só poderia esperar ter uma vida infeliz.
        Eu me considerava uma dessas pessoas; uma vítima da fatalidade de ter um gene de felicidade mutante ou mesmo ausente.
        ... Mas a fase final de minha vida acadêmica foi na Escola de Medicina da Universidade de Stanford, agora defendendo e propagando abertamente a “nova” biologia. Questionava não apenas Darwin e sua versão canibal da evolução, mas também o dogma central da biologia, segundo o qual os genes controlam a vida. Este dogma tem uma séria falha: os genes não ligam-desligam sozinhos. Ou, em termos mais técnicos, não são aquilo que chamamos de “auto-emergentes. É preciso que fatores externos do ambiente os influenciem para que entrem em atividade. Os biólogos já sabiam disto havia muito tempo, mas o fato de seguirem cegamente os dogmas da ciência os fazia ignorar esse conhecimento. Por isso, cada vez que eu me manifestava era duramente criticado por todos. Tornei-me um candidato à excomunhão; um bruxo para ser queimado na fogueira!
[98 - página 25] - Bruce Lipton

         A epigenética nos permite resgatar o controle sobre nossa vida: Os teóricos que defendem a tese de que os genes comandam nossodestino parecem ignorar as experiências sobre as células anucleadas realizadas há mais de 100 anos. Mas não podem ignorar as novas pesquisas, que também mostram que eles estão enganados. Enquanto o projeto Genoma Humano figurava em todas as manchetes, um grupo de cientistas iniciava um novo e revolucionário campo da biologia chamado epigenéticaA ciência da epigenética, que significa literalmente “controle sobre a genética”, modificou completamente os conceitos científicos sobre a vida. Na última década, as pesquisas epigenéticas estabeleceram que os padrões de DNA passados por meio dos genes não são definitivos, isto é, os genes não comandam nosso destino! Influências ambientais como... 
  • estresse 
  • emoções podem influenciar os genes ainda que não causem modificações em sua estrutura. 
        Os epigeneticistas já descobriram que essas modificações podem ser passadas para as gerações futuras da mesma maneira que o padrão de DNA é passado pela dupla espiral.
        Não há dúvida de que as descobertas epigenéticas deixaram para trás as descobertas genéticas. Desde a década de 1940, os biólogos vêm isolando o DNA do núcleo das células para estudar os mecanismos genéticos. Nesse processo de abrir a membrana do núcleo retirado e remover os cromossomos, compostos metade de DNA e metade de proteínas reguladoras, em sua ânsia de estudar o DNA, jogavam fora as proteínas. Na verdade, estavam jogando fora o bebê junto com a placenta. Hoje esse bebê está sendo resgatado com o estudo das proteínas doscromossomos, que desempenham um papel tão crucial na hereditariedade quanto o DNA.
[98 - página 81] - Bruce Lipton
        A história do controle epigenético é a história de como os sinais ambientais controlam a atividade dos genes.
  • Agora fica claro que o quadro de primazia do DNA tem falhas. 
  • O esquema revisado do fluxo de informações hoje pode ser chamado de “primazia do ambiente”. 
        Este novo e mais sofisticado fluxo de informações da biologia começa com um sinal do ambiente que age sobre as proteínas reguladoras, depois sobre o DNA, o RNA e finalmente sobre o resultado final, a proteína.
        A ciência da epigenética também deixa claro que há dois mecanismos pelos quais os organismos transmitem suas informações hereditárias. Ambos permitem aos cientistas estudar tanto as contribuições da natureza (genes) quanto as do aprendizado (mecanismos epigenéticos) sobre o comportamento humano. Se focarmos nossa atenção apenas nos padrões, como os cientistas vêm fazendo há décadas, jamais vamos entender a influência do ambiente.
        Vamos usar uma analogia para tornar mais clara essa relação entre a epigenética e os mecanismos genéticos. Você se lembra da época em que a programação da televisão acabava à meia-noite? Quando os canais saiam do ar, um “padrão de teste” era exibido na tela.
        Imagine que o padrão da tela é o padrão codificado por um determinado gene, como o de olhos castanhos, por exemplo. Os botões e oscontroles da TV permitem que você modifique a aparência horizontal e vertical da tela, ligue ou desligue o aparelho e altere características como cor, tonalidade, contraste e brilho. Ao fazer essas modificações você pode alterar a aparência da tela, mas não modificar padrão original da imagem. Esse é o papel das proteínas reguladoras. Estudos de síntese de proteínas revelam que os controles epigenéticos podem criar mais de duas mil variações de proteínas a partir de um mesmo padrão genético.
        O controle da epigenética modifica a leitura do gene sem modificam a código de DNA.
[98 - página 84] - Bruce Lipton

        Outros estudos mostram que os mecanismos epigefléticos são um fator importante em diversas doenças, entre elas... 
  • o câncer, 
  • os problemas cardiovasculares 
  • e a diabetes. 
        Na verdade, apenas cinco por cento dos pacientes de câncer ou que apresentam problemas cardiovasculares podem atribuir suas doenças a fatores hereditários. A mídia alardeou a descoberta do gene do câncer de mama, mas deixou de mencionar que 90 por cento dos casos desse tipo de câncer não está associado a genes herdados. A maioria ocorre por alterações induzidas pelo ambiente e não por genes defeituosos.
[98 - página 87] Bruce Lipton
Epigenética:
  • É transmitida para a geração subseqüente através da mitose e meiose
  • São Reversíveis
  • Mudanças Epigenéticas são mais freqüentes que as Genéticas
  • Ocorrem em resposta a sinais ... 
    • ambientais, 
    • comportamentais
    • fisiológicos e 
    • patológicos
        Temos de ver o gene apenas como uma possibilidade; ele tem a informação mas só a mostra quando lhe é pedido. Tudo o que consegue “abrir” o genoma e forçá-lo a dar uma resposta é que chamamos epigenéticoO núcleo do zigoto inicia a sua divisão em duas células porque no citoplasma do óvulo há uma substância química que atua sobre o núcleo como se lhe perguntasse: não achas que é a altura de te dividires em dois para fazeres duas células? E o núcleo responde ativando o processo de duplicação do ADN para que cada uma das duas células tenha uma parte igual da informação. Quando já há duas células, cada uma é epigênese para a outra, o mesmo quando são quatro, oito, dezesseis e por aí fora. Tudo o que é epigenético condiciona, estimula ou inibe a expressão da informação gênica. Assim, como Ortega y Gasset, disse, no plano social, eu sou eu e a minha circunstância, também nós hoje, podemos dizer que, no plano biológico, o gene é ele e a suaepigênese.
Daniel Serrão
Epigenética: além da seqüência do DNA.
Artigo de Eloi S. Garcia (pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz e membro da Academia Brasileira de Ciência)

        O hábito de fumar, o uso de esteróides e certas drogas também influenciam as funções genéticas por interagir química ou fisicamente com oDNA
        Recentes investigações genéticas têm demonstrado que gêmeos idênticos (possuidores do mesmo genoma) apresentam diferenças em seu comportamento e fisiologia.
        Por exemplo, eles podem diferir na susceptibilidade a doenças degenerativas e infecciosas.
  • Por que isto? Quais são as razões? O genótipo ou o genoma de gêmeos idênticos não é o mesmo?
  • Já o fenótipo – a fisiologia e a função orgânica - é reconhecidamente distinto e diferente.
        Somos mais que nossos genes. Os genes não são responsáveis por tudo. Uma nova área, a epigenética, está sendo desenvolvida para explicar estas diferenças.
        O termo epigenética existe há mais de cem anos, mas somente C. H. Waddington em 1942 deu uma definição mais precisa a ele.
        Epigenética é um campo da biologia que estuda as interações causais entre genes e seus produtos que são responsáveis pela produção dofenótipo.
        Pesquisas recentes realizadas sobre genomas e proteomas revelam que esta definição está correta...

        A epífise preside aos fenômenos nervosos da emotividade, como órgão de elevada expressão no corpo_etéreo. Desata, de certo modo, os laços divinos da Natureza, os quais ligam as existências umas às outras, na seqüência de lutas, pelo aprimoramento_da_alma, e deixa entrever a grandeza das faculdades_criadoras de que a criatura se acha investida.
        As glândulas genitais são demasiadamente mecânicas, para guardarem os princípios sutis e quase imponderáveis da geração. Acham-se absolutamente controladas pelo potencial magnético de que a epífise é a fonte fundamental. As glândulas genitais segregam oshormônios_do_sexo, mas a glândula pineal, se me posso exprimir assim, segrega "hormônios psíquicos” ou “unidades-força” que vão atuar, de maneira positiva, nas energias geradoras. Os cromossomos da bolsa seminal não lhe escapam à influenciação absoluta e determinada.
        No entanto, não estamos examinando problemas de embriologia. Analisemos a epífise como glândula da vida espiritual do homem. 
  • Segregando delicadas energias psíquicasglândula pineal conserva ascendência em todo o sistema endócrino.
  • Ligada à mente, através de princípios eletromagnéticos do campo_vital, que a ciência comum ainda não pode identificar, comanda asforças_subconscientes sob a determinação direta da vontade
  • As redes_nervosas constituem-lhe os fios telegráficos para ordens imediatas a todos os departamentos celulares, e sob sua direção efetuam-se os suprimentos de energias psíquicas a todos os armazéns autônomos dos órgãos
  • Manancial criador dos mais importantes, suas atribuições são extensas e fundamentais. 
  • Na qualidade de controladora do mundo emotivo, sua posição na experiência sexual é básica e absoluta.
        De modo geral, todos nós, agora ou no pretérito, viciamos esse foco sagrado de forças criadoras, transformando-o num ímã relaxado, entre as sensações_inferiores de natureza animal
  • Quantas existências temos despendido na canalização de nossas possibilidades espirituais para os campos mais baixos do prazermaterialista? 
  • Lamentavelmente divorciados da lei do uso, abraçamos os desregramentos emocionais, e daí, meu caro amigo, a nossa multimilenária viciação das energias geradoras, carregados de compromissos morais, com todos aqueles a quem ferimos com os nossos desvarios e irreflexões. 
  • Do lastimável menosprezo a esse potencial sagrado, decorrem os dolorosos fenômenos da hereditariedade_fisiológica, que deveria constituir, invariavelmente, um quadro de aquisições abençoadas e puras.
  • A perversão do nosso plano mental consciente, em qualquer sentido da evolução, determina a perversão de nosso psiquismo inconsciente, encarregado da execução dos desejos e ordenações mais íntimas, na esfera das operações automáticas. 
  • vontade desequilibrada desregula o foco de nossas possibilidades criadoras. 
        Daí procede a necessidade de regras morais para quem, de fato, se interesse pelas aquisições eternas nos domínios do Espírito. 
  • Renúncia,  
  • disciplina emotiva não representam meros preceitos de feição religiosa. 
    • São providências de teor científico, para enriquecimento eletivo da personalidade. 
    • Nunca fugiremos à lei, cujos artigos e parágrafos do Supremo Legislador abrangem o Universo
    • Ninguém enganará a Natureza. Centros vitais desequilibrados obrigarão a alma à permanência nas situações de desequilíbrio. 
    • Não adianta alcançar a morte física, exibindo gestos e palavras convencionais, se o homem não cogitou do burilamento próprio. 
    • A Justiça que rege a Vida Eterna jamais se inclinou. 
    • É certo que os sentimentos profundos do extremo instante do Espírito encarnado cooperam decisivamente nas atividades de regeneração além do túmulo, mas não representam a realização precisa.
[ 16a -  página 18 ] - André Luiz - 1943
Controle magnético das céLuLas
        Para “perceberem” o ambiente ao redor, as células dependem de proteínas_receptoras_presentes_em_sua_superfície. Esses receptores engatam em moléculas específicas, desencadeando uma cascata de eventos bioquímicos que levam a certos comportamentos das células, como a secreção de hormônios ou a destruição de patógenos. Mas, antes que os receptores possam entrar em ação, eles geralmente precisam chocar-se. Donal Ingber, da Harvard Medical School, e seus colegas demonstraram que poderiam controlar essa ativação usando partículas de óxido de ferro presas a moléculas de dinitrofenol (DNP), que se prendem aos receptores em mastócitos produtores de histamina. Magnetizadas, as gotas de 30 nanometros de largura atrairiam umas às outras, forçando os receptores a se aglomerar e ficar ativos. Os pesquisadores detectaram aumento nos níveis de cálcio dentro das células, o que é o primeiro passo na secreção de histamina. A técnica poderia resultar em biossensores mais leves e econômicos em termos de energia para detectar patógenos ou encontrar novas formas de distribuir medicamentos. J. R. Minkel 
SIENTIFIC AMERICAM Brasil - Abril 2008 - página 20
   O estudo do papel dos genes na personalidade e no comportamento leva em conta as influências_afetivas, sociais e ambientais que, por sua vez, parecem exercer efeitos também na regulação da expressão gênica.
        Os genes determinam nosso metabolismo, nossa aparência e, em certa medida, nosso repertório de comportamentos. Mas a ideia de onipotência genética, que vigora há pelo menos 20 anos, está com os dias contados. O que a ciência vem mostrando, com evidências cada vez mais convincentes, é que a expressão gênica não só é muito flexível, como também pode ser modificada pela experiência — ideia que pareceria absurda alguns anos atrás.
        O velho antagonismo entre genética e ambiente está sendo finalmente superado. Um número cada vez maior de estudos mostra que experiências afetivas e traumas repercutem na expressão de genes que controlam funções importantes do organismo, como a reação ao stress.
        O avanço da biotecnologia nos últimos anos permitiu entender melhor como a expressão genética é modulada por fatores externos, o que deu origem a uma nova área de estudo conhecida como epigenética. Embora a definição do termo seja ampla, a epigenética se ocupa principalmente das modificações do DNA que são estáveis ao longo de sucessivas divisões celulares.
        O fato de influências ambientais atuarem na predisposição genética não espanta. Trata-se de um princípio geral da biologia evolutiva segundo o qual os seres vivos precisam se adaptar às condições externas para sobreviver. Assim, cada um de nossos cerca de 30 mil genes é formado não apenas pela região codificadora (de proteínas), mas também por segmentos que não codificam proteína alguma e são chamadospromotores.
        Os promotores normalmente aparecem antes da região codificadora são compostos pelos mesmos nucleotídeos que formam todo o DNA e servem como pontos de ancoragem para fatores de transcrição, que são proteínas que estimulam ou impedem a transcrição dos genes. Esse processo de acoplamento depende de sinais bioquímicos que vêm de fora da célula e ativam esses fatores de transcrição.
        Como demonstraram diversos estudos recentes, ambientes ricos em estímulos acionam a transcrição de muitos genes, principalmente dos que codificam os fatores de crescimento neuronal. Um bom exemplo é o efeito do stress.
        Influências ambientais como: 
  • exposição a substâncias tóxicas 
  • e fatores psíquicos (dedicação materna e paterna na primeIra infância) podem levar ao acoplamento ou à remoção de grupos metil emregiões promotoras do genoma.
Revista MENTE / CÉREBRO - SCIENTIFIC AMERICAN - ANO XV - Nº 181 - páginas 38, 42, 44 e 45.
        Avancemos 3 mil anos, até a Grécia antiga. Filósofos faziam grandes perguntas como: 
  • “Por que estamos aqui?” ou 
  • “O que devemos fazer de nossas vidas?”. 
        Eles desenvolveram a teoria do átomo, estudaram os movimentos celestes e buscaram princípios universais para o comportamento ético. Durante milhares de anos, o único estudo do céu foi a astrologia. Da astrologia surgiu a astronomia moderna, que deu origem à matemática e à física. A alquimia, a busca da transmutação e da imortalidade, gerou a química, de onde mais tarde surgiram como especializações a física das partículas e a biologia molecular. Hoje, a busca da imortalidade é conduzida pelos bioquímicos que estudam o DNA.