segunda-feira, 28 de setembro de 2015

DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO

Desenvolvimento Mediúnico é o ato de fazer crescer, progredir, expor a faculdade que permite aos homens comunicarem-se com os Espíritos.
Se nós falamos somente em desenvolvimento mediúnico e não em “criar” mediunidade ou médiuns, é, certamente porque esta faculdade não se cria numa determinada pessoa que não a possua. A mediunidade é uma faculdade tão natural no homem quanto qualquer outro dos cinco sentidos habituais (visão, audição, olfato, tato e paladar). Tomemos o paladar para exemplo. Ninguém inventa faculdade inata, pronta para ser utilizada, como que programada por milênios e milênios de existências anteriores, documentada na nossa memória espiritual. É preciso, contudo, em cada existência que se reinicia, reaprender a utilizá-lo adequadamente para selecionar alimentos, definir preferências ou recusar substâncias prejudiciais. Assim também é a mediunidade um atributo físico do homem.

Os Espíritos afirmam a Kardec [LM-it 226]:
"A faculdade mediúnica se radica no organismo".
O médium já nasce médium. Cabe-nos portanto, se possuidores da faculdade mediúnica, nos esforçarmos por exercê-la com devotamento e humildade.

Por que desenvolver a mediunidade
De posse destes conceitos, forma-se uma nova dúvida em nossa mente: Por que desenvolver a mediunidade? Presença de mediunidade significa necessidade de trabalho na Seara Espírita? Nós sabemos que na Terra estamos rodeados por Espíritos desencarnados que a todo instante, através do pensamento, nos influenciam e são influenciados por nós. Sendo os médiuns, por características próprias de seu corpo físico, indivíduos mais sensíveis, captam com maior facilidade a influência dos Espíritos, podendo sofrer, às vezes, conseqüências desagradáveis em decorrência de possuir em uma faculdade que não conhecem e não dominam.

Além disso, nós sabemos que da faculdade mediúnica podem dispor se bons e maus Espíritos, podendo no caso dos maus, levarem o médium ao desequilíbrio.

O Espírito da Verdade afirma [LM-cap 31 it 15]:
"...Todos os médiuns são incontestavelmente chamados a servir à causa do Espiritismo, na medida da sua faculdade..."

Em [Nos Domínios da Mediunidade] ouvimos as seguintes afirmativas do Espírito Albério (instrutor de André Luiz):

"Mediunidade, por si só não basta. É necessário sabermos que tipo de onda mental assimilamos, para conhecer a qualidade do nosso trabalho e julgar nossa direção. É perigoso possuir sem saber usar."
Assim, é a mediunidade uma faculdade inerente à própria vida, sendo semelhante ao dom da visão comum, peculiar a todas as criaturas, responsável por tantas glórias e por tantos infortúnios na Terra. Entretanto, ninguém se lembrará de suprimir os olhos, porque milhões de pessoas, em face das circunstâncias imponderáveis da evolução, tenham se servido dos olhos para perseguir e matar nas guerras de terror e destruição. É necessário iluminá-los, orientá-los, esclarecê-los.

Etapas do Desenvolvimento Mediúnico
A mediunidade não requisitará desenvolvimento indiscriminado, mas, antes de tudo, aprimoramento da personalidade mediúnica e nobreza de fins, para que o médium possa tornar-se um filtro leal das Esferas Superiores com vistas à ascensão da Humanidade para o Progresso.
Mas então, como proceder ao desenvolvimento mediúnico? Allan Kardec e vários benfeitores espirituais nos orientam que, no desenvolvimento mediúnico, temos de vencer três etapas: intelectual – material moral.

a) Etapa Intelectual: é representada pela necessidade do estudo.
Kardec afirma
:
"...O estudo preliminar da teoria é indispensável, se quisermos evitar inconvenientes inseparáveis da inexperiência." [LM-it 211]

O estudo da faculdade mediúnica e o conhecimento da Doutrina Espírita são bases essenciais e indispensáveis.

b) Etapa Material: é o adestramento, uma forma de treinamento da faculdade mediúnica, uma familiarização com as técnicas envolvidas no processo da mediunidade.
"Na verdade, até hoje, não existe sinal ou diagnóstico infalível para se chegar à conclusão que alguém possua essa faculdade; os sinais físicos nos quais algumas pessoas julgam ver indícios, nada tem de infalíveis. Ela se encontra, nas crianças e nos velhos, entre homens e mulheres, quaisquer que sejam o temperamento, o estado de saúde, o grau de desenvolvimento intelectual e moral. Não há senão um meio para lhes contatar a existência que é o experimentar." [LM-cap 17 it 200]

Esta experimentação deve ser: perseverante, assídua, séria, em grupo, local adequado, sob orientação experiente, desprovida de concionamentos.
O candidato a médium deve ter persistência, exercitando-se para as comunicações em dias e horários certos da semana, pré-estabelecidos, de preferência em grupo. Kardec nos orienta [LM-it 207] que a reunião de pessoas com intenção semelhante forma um todo coletivo onde a força e a sensibilidade se encontram aumentadas por uma espécie de influência magnética que ajuda o desenvolvimento da faculdade.

A reunião deste grupo deve ser sob a direção de pessoas experientes, conhecedoras da Doutrina Espírita e do fenômeno mediúnico.
Esta reunião deve ser também feita, de preferência em local apropriado, isto é, no Centro Espírita, onde estaremos sob o amparo e a orientação de Espíritos Bons, que são responsáveis pelos trabalhos mediúnicos da Casa. Além disto, todo Centro Espírita tem como que um isolamento magnético que nos protege espiritualmente durante os trabalhos mediúnicos. É simples compreendermos, pois na Terra acontece o mesmo. Um acadêmico de Medicina inicia seu treinamento aos doentes num Hospital e sob a supervisão de um médico experiente para evitar desastres. Se for
uma cirurgia será necessário um cuidado ainda maior - um centro cirúrgico.
O candidato a médium não deve desistir se, após 2, 3 ou 10 tentativas de comunicação com os Espíritos não obtiver qualquer resultado ou qualquer indício de comunicação. Como vimos, existem obstáculos de correntes da própria organização mediúnica em desabrochamento, impedimentos materiais e psíquicos que, só com o tempo e a dedicação serão contornados.
Quanto ao médium que já controla bem sua faculdade, que permite aos Espíritos se comunicarem com facilidade, que seja, em uma palavra, um “médium feito”, seria um erro de sua parte, nos assevera Kardec [LM 216] crer-se dispensado de qualquer outra instrução. Não venceu senão uma resistência material, e é agora que começa para ele o verdadeiro desafio, as verdadeiras dificuldades: vencer a terceira etapa - a moral.

c) Etapa Moral: Allan Kardec define como espírita-cristão ou verdadeiro espírita, aquele que não se contenta em admirar a moral espírita, mas a pratica e aceita todas as suas conseqüências. Convencido de que a existência terrena é uma prova passageira, aproveita todos os instantes para avançar no caminho do Progresso, esforçando-se em fazer o bem e anular seus maus pensamentos. A caridade em todas as coisas é a regra de sua conduta.
Sob o ponto de vista espírita, a mediunidade é uma iniciação religiosa das mais sérias, é um mandato que nos é oferecido pela Espiritualidade Superior a fim de ser fielmente desempenhada. Desta forma, o aspirante à mediunidade - Luz da Doutrina Espírita - deve partir da conscientização de seus ensinamentos e esforçar-se, desde o início de seu aprendizado, por ser um espírita-cristão. Isto significa trabalha incessantemente por nossa reforma moral. Somente nossa evolução moral, nossa melhora e nosso crescimento para o Bem poderão garantir-nos o assessoramento dos bons Espíritos e o exercício seguro da mediunidade, por nossa sintonia com o Bem. E esta não é uma tarefa fácil, pois o que mais temos dentro de nós são sensações e experiências negativas e deformadas trazidas do passado. Por isso para nós ainda é mais fácil e cômodo, sintonizar com as atitudes negativas do que com as positivas.
E como faremos? Como nos livrarmos de condicionamentos inferiores? Carregamos séculos de erros e alguns anos de boas intenções. É claro que não podemos mudar sem esforço, temos que trabalhar duro nesta reforma moral, que só nós saberemos identificar e sentir porque estará marcada em nosso íntimo. Trabalhemos com exercícios diários e constantes no bem, meditando e orando muito. Jesus, o Médium por Excelência, sintonizava constantemente com Deus, no entanto, após a convivência com o povo, sempre se afastava para orar e meditar em silêncio e solidão.
A diferença de um bom médium e um médium desajustado, não está na mediunidade, mas no caráter de um e de outro; na formação moral está a base de todo desenvolvimento mediúnico.
Alguns cuidados devem ser tomados por todos aqueles que aspiram ao desenvolvimento mediúnico:
* Culto do Evangelho no Lar: ele proporciona a renovação do clima espiritual do lar sob as luzes do Evangelho Redivivo, porque o lar é a usina maior de energia de que somos carentes, é onde compensamos nossa vibrações psíquicas em reajustamento.
* Culto de Assistência: rompimento com o egoísmo, interessando nos pelo próximo, auxiliando-o sempre em todas as ocasiões, usando ao máximo nossa capacidade de servir desinteressadamente. Participação em atividades como: campanha do quilo, distribuição de alimentos, visita aos
enfermos, idosos e creches, grupos de costura, evangelização, etc.
* Freqüência ao Centro Espírita: nas reuniões públicas e outras atividades oferecidas pelas Casas Espíritas. Aprenderemos a viver em grupos Humanos que nos permitirão o exercício da humildade. Evitemos as sessões mediúnicas nos lares; organização espiritual não se improvisa.
* Estudo Coletivo: reunidos aos companheiros para o estudo das obras espíritas, evitemos as falsas interpretações. Assimilando as experiências de companheiros, estaremos alongando nossa visão e nossa percepção dos conteúdos espíritas; o que se torna mais difícil numa leitura solitária.
* Reforma Íntima: revisão e reconstrução de nossos atos e hábitos, permutando vícios por virtudes legitimamente cristãs que são as únicas que sobreviverão eternamente.
Como nos diz o instrutor Albério: "... elevemos nosso padrão de conhecimento pelo estudo bem
conduzido e apuremos a qualidade de nossa emoção pelo exercício constante das virtudes superiores..."

Dentro destes critérios de desenvolvimento da mediunidade, mesmo que nenhuma faculdade venha a desabrochar, tenhamos a certeza que estaremos desenvolvendo-nos espiritualmente e capacitando-nos para o exercício da mediunidade com Jesus.

CVDEE – Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
Estudos sobre Mediunidade

Bibliografia
1) Livro dos Espíritos - Allan Kardec
2) Livro dos Médiuns - Allan Kardec
3) Obras Póstumas - Allan Kardec
4) Médium: Quem é, Quem não é? - Demétrio Pavel
5) Diversidade dos Carismas - Hermínio Miranda
6) Missionários da Luz - André Luiz/Chico Xavier
7) Nos Domínios da Mediunidade - André Luiz/Chico Xavier
8) Desenvolvimento Mediúnico - Roque Jacinto

“A mediunidade têm várias funções para o ser humano, sendo que a principal é encaminhar o médium a uma evolução acelerada.Mas como usar disto para evoluir? Ser médium não é ser diferente de ninguém; na verdade, é ter que saber resolver os seus problemas e dos que te procuram, e digo isto a “grosso modo”.Mas para se ter este equilíbrio é necessário uma caminhada ao seu interior. A espiritualidade espera sempre que com o desenvolvimento mediúnico a pessoa busque sua reforma íntima, afim de ser ajudada e depois poder ajudar o próximo. Quando digo ‘se ajudar’, quero dizer que a pessoa deve encontrar seus erros e seus defeitos e na seqüência buscar o aprimoramento moral. Somente assim a mediunidade começará a ter função em sua vida.”
Por:Rodrigo Queiroz (PSE-Pronto Socorro Espiritual) "

“O desenvolvimento da mediunidade é um trabalho lento e perseverante, pois no começo podem surgir problemas diversos que nos fazem desistir do intento almejado. É preciso, pois, perseverar, ser constante e aplicar. Esta admoestação é feita principalmente para aqueles que começam a freqüentar uma Casa Espírita. Nessas circunstâncias, os Espíritos menos evoluídos tentam inibir os nossos primeiros passos rumo ao nosso aperfeiçoamento espiritual. Eles nos dificultam de várias maneiras: inspiram algum parente para nos visitar – justamente na hora que estamos nos aprontando para sair, algum contratempo de trânsito, um mal-estar momentâneo etc. Aprendamos a nos desvencilhar desses empecilhos.”
http://www.ceismael.com.br/artigo/artigo113.htm


A prática da mediunidade
( Perguntas e Respostas)


O público pode freqüentar as reuniões mediúnicas do Centro Espírita?

As reuniões mediúnicas são atividades íntimas da casa espírita e só devem ser freqüentadas por pessoas habilitadas para a tarefa. Allan Kardec ensina que: "a concentração e a comunhão de pensamentos sendo as condições necessárias de toda reunião séria, compreende-se que o grande número de assistentes é uma das causas mais contrárias à homogeneidade". Portanto, as reuniões mediúnicas devem ser realizadas apenas pela equipe da casa, formada por médiuns, doutrinadores, passistas e secretário. O hábito de realizar reuniões mediúnicas na presença de pessoas obsediadas ou do público estranho ao quadro de trabalhadores é completamente inadequado e não atende aos propósitos kardequianos dessa atividade. Além de não resolver nenhum problema na área desobsessiva, ainda coloca as pessoas sob risco do desequilíbrio.
Quantas reuniões mediúnicas podem existir numa Casa Espírita?
A quantidade de reuniões mediúnicas de um Centro Espírita fica a critério de cada casa, de acordo com a necessidade apresentada. Entretanto, via de regra, deveria ter, no mínimo, três sessões: uma reunião de desenvolvimento ou educação da mediunidade, uma de desobsessão e uma de psicografia.
Quais os pré-requisitos para participar de reuniões mediúnicas?
E quando a pessoa que participa não se encontra bem (ex: transtorno do pânico), como proceder?A primeira condição a ser considerada é se a pessoa faz parte do quadro de trabalhadores do centro espírita. Não se pode admitir ninguém em um trabalho dessa natureza se não fizer parte da equipe de tarefeiros, estando integrada nos ideais da casa. O simples fato de ser médium não credencia ninguém a trabalhar nas sessões espíritas de intercâmbio espiritual. Sendo trabalhador do centro espírita, ela deve estar inserida nas reuniões de estudo das Obras Básicas para que possa se instruir sobre a doutrina que professa. O trabalhador que não estuda não se instrui, estando, portanto, despreparado para desempenhar tão grave tarefa. Deve trabalhar incessantemente pela sua melhoria a fim de merecer a assistência dos bons Espíritos. Precisa participar ativamente dos trabalhos da casa, inclusive no campo da assistência social, desenvolvendo assim o sentimento de amor ao próximo, quando em contato com o sofrimento dos irmãos necessitados. Se a pessoa, quando no exercício da mediunidade, não se encontra bem psiquicamente, deve ser afastada das atividades práticas, submetendo-se à assistência dos Espíritos no tratamento que a casa espírita deve oferecer. Os transtornos do pânico são ligados a processos obsessivos e como tal devem ser tratados. As comunicações vindas de um médium sob o império da obsessão não devem ser consideradas, diz Allan Kardec.
Todo trabalho mediúnico deve ser pautado pela disciplina dos trabalhadores com relação à assiduidade e ao comprometimento com a tarefa abraçada. Quais seriam os melhores procedimentos a serem adotados no caso de trabalhadores que faltam com alguma freqüência?
Todo trabalho da casa espírita deveria ser pautado em normas que norteassem uma disciplina, o que facilitaria sobremaneira a tarefa de todos os integrantes da equipe. Entretanto, existe no movimento uma estranha aversão à disciplina devido à mentalidade de que no centro espírita tudo pode ser feito por todo mundo, bastando para isso que tenham boa vontade, mesmo que não se tenha preparo ou maturidade para a tarefa. Dizem que fazer o contrário é falta de caridade. Este procedimento tem trazido imensos prejuízos para o crescimento das casas espíritas como um todo. A tarefa mediúnica deve, mais que qualquer outra, obedecer a critérios de admissão que são os mecanismos de segurança de que fala Allan Kardec, em o Livro dos Médiuns, capítulo 29, quando trata da questões das reuniões e sociedades. Trabalhadores que faltam a um trabalho dessa natureza devem ser avaliados para analisar as razões pelas quais estão faltando. Caso sejam problemas temporários, que possam ser resolvidos em breve tempo, devem ser afastados da atividade até que se organize de forma a cumprir com dedicação e afinco sua responsabilidade. Quando resolverem, voltarão para suas atividades. Se forem razões que não atendam a uma justificativa aceitável, ou seja, cada dia é por um motivo, sem uma razão específica, demonstra que esse trabalhador ainda não compreendeu a gravidade da tarefa com a qual se comprometeu. Geralmente são pessoas que acham estar fazendo uma grande caridade e que a casa espírita necessita dela, quando é o contrário. Devem ser afastadas da atividade de intercâmbio espiritual, pois causam mais prejuízos para o equilíbrio vibratório das reuniões que qualquer outra coisa.

Como estabelecer regras num trabalho de desobsessão?
As regras para um trabalho dessa natureza começam na organização da casa espírita com um todo. Passa pela admissão da pessoa como trabalhador da casa, pela sua instrução quando entra nos cursos oferecidos pela casa, e pela sua moralização que é a razão de ser do Espiritismo. Portanto não se pode falar em regras em um trabalho mediúnico sem observar essas condições básicas antes. Uma vez obedecidos esses critérios, o médium é admitido na tarefa para experiência, sabendo que poderá ser afastado se não adequar-se às normas, que são basicamente: estudo, seriedade, regularidade nas reuniões bem como nas outras atividades da casa espírita e trabalho incessante para vencer suas más inclinações.

Quando um grupo de estudo, com o tempo, transforma-se num grupo de trabalho mediúnico, trabalhando há mais de 7 anos atendendo Espíritos sofredores, suicidas, endurecidos e com ódio, fazendo o trabalho de orientação, doutrinação e passe, esse seria um grupo de desobsessão ou um grupo de desenvolvimento e educação da mediunidade?
O trabalho de desobsessão tem o objetivo preciso de trabalhar para atender os casos de obsessão atendidos na casa espírita. Tem método e desenvolvimento próprios e só trabalham médiuns já educados, com certa experiência, que certamente já passaram pela reunião de educação da mediunidade. Não é aconselhável atender entidades endurecidas e com ódio nas reuniões de desenvolvimento, pelos danos psíquicos que poderão causar ao médium novato por conta de sua natural inexperiência e insegurança. Certamente que esse critério e controle fica a cargo do dirigente da reunião, que é o responsável por tudo o que ali acontece. Geralmente na desobsessão atendem-se às evocações dos casos graves de obsessão, os Espíritos maus inimigos da casa e da Causa e as manifestações espontâneas, onde os mentores trazem aqueles que julgarem necessários.

Por favor expliquem-nos o que vem a ser educação e desenvolvimento mediúnico e qual a diferença da desobsessão.
O termo educação e desenvolvimento da mediunidade são usados para o mesmo fim. Nós preferimos desenvolvimento, pois na verdade no trabalho que é feito nessas reuniões, a mediunidade vai se desenvolvendo na medida do esforço e da característica pessoal do médium. O termo educação pressupõe que a pessoa já tem uma mediunidade ostensiva e vai apenas educá-la, o que na maioria das vezes não é verdade. Mas isso é uma questão de forma. O que se deve saber é que nas reuniões de desenvolvimento estamos trabalhando o dom para servir mais e melhor, ou seja desenvolvendo e disciplinando um tarefeiro de intercâmbio espiritual, para desempenhar suas atividades servindo a Jesus no amparo dos necessitados da alma. Quando estiver seguro e maduro na compressão do que se propõe, bem como se sua mediunidade for de fato produtiva, o médium passará a realizar sua tarefa nas reuniões de desobsessão, se lá houver necessidade dela. Nas reuniões de desenvolvimento ou educação da mediunidade deve-se trabalhar com Espíritos sofredores de uma forma geral. Os Espíritos maus, devem ser instruídos e doutrinados nas reuniões de desobsessão, pois eles caracterizam manifestações que necessitam de médiuns mais maduros e experientes para o serviço.

Como proceder em relação ao desenvolvimento mediúnico e de que forma coordenar esse trabalho? Quando o médium estaria apto para vencer essa etapa de "desenvolvimento" e iniciar o trabalho na desobsessão? Na verdade o trabalho mediúnico é toda uma ciência prática, que deve estar amplamente fundamentada na teoria kardequiana e nas mãos do dirigente da reunião, que por sua vez deve ser pessoa séria, disciplinada, dedicada ao ideal do Cristo e com autoridade moral sobre o grupo com quem trabalha. Deve ter uma vida de exemplos, se quiser realizar um trabalho que produza no campo do Bem. Visto isto, ele forma sua equipe, sempre tendo em mente que vai fazer experiências com algumas pessoas no campo da mediunidade. Deve ficar bem claro que se a pessoa não produzir bem, será afastada da tarefa e irá servir em outra área da casa. Dentro da própria reunião pode ser aproveitado no trabalho de passes ou do secretariado, funções igualmente sérias e importantes. Este procedimento só poderá ser feito se houver um perfeito intercâmbio entre o dirigente e os membros da equipe, com inteira confiança entre eles, o que necessariamente depende do tipo de organização e administração que tem a casa espírita. Casas espíritas desorganizadas e que não tenham muito critério na admissão de trabalhadores e consequentemente na composição do quadro de médiuns, esse tipo de norma é quase impossível de ser implementado, por conta dos melindres que são filhos do orgulho e da vaidade. Se for criado um laço de compromisso eterno entre o médium e o dirigente, certamente será quase impossível afastar uma pessoa improdutiva da reunião, permanecendo alguns indivíduos, às vezes, por anos a fio nas sessões, sem produzirem absolutamente nada. Dormem por todo o tempo e ainda encontram explicações de que "são médiuns excelentes doadores de fluidos". O médium poderá ser experimentado no trabalho de desobsessão quando já tenha segurança ou potencial mediúnico confiável. Ele estará pronto quando der mostras de sua maturidade espiritual (seriedade, disciplina, dedicação, abnegação etc) e se sua mediunidade for produtiva. Ou seja, se der comunicações fáceis, variadas, sem floreios e fantasias. Médiuns imaturos costumam fantasiar muito, acham-se especiais, rejeitam quaisquer observações, são por demais suscetíveis, resistem à qualquer mudança de planos, melindram-se por tudo e não aceitam orientação. Esses não deveriam servir no ministério da mediunidade, pois ainda não compreenderam que o dom é de Deus e que a Ele devemos servir sem barreiras.

Como se dá, em regras gerais, a rotina do trabalho mediúnico?
Qual a experiência do Grupo responsável pela seção Perguntas e Respostas? Buscamos trabalhar dentro da racionalidade kardequiana, abraçando o trabalho com a seriedade devida, com o recolhimento necessário, exercendo a mediunidade de forma religiosa, como nos adverte Allan Kardec, no Evangelho Segundo o Espiritismo. Inicia-se com uma prece, depois faz-se 1 (uma) hora de estudo do Evangelho, ou então 30 minutos de Evangelho e 30 minutos de O Livro dos Médiuns, caso não tenha outro dia dedicado ao exame desse Livro, na casa. Depois disso, inicia-se a parte prática que deve durar cerca de 1 hora. Na parte prática propriamente dita, inicia-se com manifestação de um instrutor e depois abre-se espaço para as comunicações espontâneas de sofredores. Pode-se também, evocar Espíritos sofredores de determinada faixa vibratória, como suicidas, acidentados etc. Esta prática ajuda muito no desenvolvimento dos médiuns, bem como serve para aferir o grau de confiabilidade da mediunidade de quem já está há mais tempo na tarefa. Por fim, abre-se espaço para as manifestações de instrutores ou guias espirituais dos médiuns, para as considerações finais. Encerra-se com uma prece. Nas reuniões de desobsessão, segue-me o mesmo roteiro, com a diferença de que ao final, antes das manifestações do Benfeitores, evoca-se os casos graves de obsessão, que estão sendo tratados na casa. Além, é claro, das manifestações espontâneas dos casos trazidos pelos mentores espirituais do trabalho.

Como formar e coordenar um grupo de pessoas novas, para "desenvolvimento" e educação mediúnica?
Só se deve formar novos grupos de médiuns na casa, se houver necessidade de aumentar o quadro de trabalhadores dessa área. A mediunidade não deve ser exercida para atender a necessidade do médium, como comumente se vê, mas para trabalhar em prol de uma causa. O médium disciplinado pode trabalhar em qualquer das frentes de serviço da casa, sem prejuízo nenhum para si, desde que o faça com o verdadeiro sentimento de amor ao próximo. Se a casa já tem sua equipe de desenvolvimento e sua equipe de desobsessão, deverá zelar delas com carinho, tratando de faze-las crescer para produzirem cada vez mais. Cerca de 10 médiuns em cada reunião é mais do que suficiente para atender as necessidades de uma casa espírita que tenha uma freqüência de mais ou menos 500 pessoas por semana. Se for um casa menor, pode-se ter uma reunião com a metade desse número e funciona muito bem, desde que se guie por métodos e deixe de lado o empirismo, as longas conversas com Espíritos endurecidos, as intermináveis comunicações de "guias" e por aí afora. Não se deve esquecer que a maioria dos casos de obsessão encontrados na população podem ser tratados apenas com a correta instrução ministrada nas palestras públicas, com a ajuda da fluidoterapia. Portanto, que não sejam criados novos grupos apenas para "formar" médiuns se a casa já tem sua equipe formada. Se porventura aparecer alguém do grupo de trabalhadores que tenha uma mediunidade muito ostensiva, coloque-o na reunião de desenvolvimento para observar seu comportamento mediúnico por algumas semanas, não sem antes submetê-la a um tratamento espiritual, pois devemos sempre desconfiar das "mediunidades que começam prontas para servirem". Tenhamos cautela com isso, diz Allan Kardec. O ideal em uma casa espírita é que tenha 3 reuniões mediúnicas na semana: uma de Desenvolvimento, uma de Desobsessão e uma de Psicografia.

Gostaria de saber se Allan Kardec fez alguma alusão à prática de doutrinação, ou seja, se podemos doutrinar mais de um Espírito ao mesmo tempo.
Há uma grande polêmica sobre esta questão. Algumas figuras do movimento instruem que não se deve colocar barreiras para as manifestações dos Espíritos nas reuniões de intercâmbio, pois isso seria faltar com a caridade. E defendem a prática das manifestações simultâneas, deixando a mercê dos médiuns, e evidentemente do mundo espiritual, toda a rotina do trabalho mediúnico. Se o que se quer é quantidade de manifestações, esta prática serve, mas se o que se almeja é o auxílio aos irmãos necessitados que são trazidos nas reuniões, deve-se mudar o rumo das coisas. Allan Kardec, na Revista Espírita, instrui incansavelmente sobre a forma de conversar com os Espíritos, e certamente conversava com um de cada vez. Para analisar com racionalidade a questão basta que apliquemos a dúvida em nossa vida prática: consegue-se conversar com duas ou três pessoas ao mesmo tempo? Em assembléias onde muitas pessoas falam simultaneamente logo se estabelece a confusão. Nas reuniões mediúnicas isso deve ser muito mais considerado, pois necessita de um clima vibratório propício de calma e recolhimento, o que é impossível conseguir com a desarmonia que estabelece um ambiente de barulho e desordem.

É proibido evocar os Espíritos? Podemos evocá-los nas reuniões mediúnicas?
Sim, podemos e devemos evocar os Espíritos. Allan Kardec dedicou um capítulo inteiro do Livro dos Médiuns (capítulo 25) ensinando como, por quê e para quê servem as evocações. São suas estas palavras: "Podemos evocar todos os Espíritos, seja qual for o grau da escala a que pertençam" (item 274 de O Livro dos Médiuns). Disse ainda que não é possível tratar de obsessões graves sem evocar as entidades envolvidas no processo. Certamente as evocações, bem como toda e qualquer atividade no campo da mediunidade, só devem ser praticadas por grupos experientes, que tratam a questão com a seriedade devida. Caso contrário, permanecerão sob jugo de Espíritos enganadores e brincalhões, pois eles existem por toda parte. Para maiores detalhes, leia o estudo sobre a evocação dos Espíritos que se encontra no site NovaVoz .

O espírita deve buscar na sua reforma íntima mudar a alimentação, evitando ou eliminando as carnes de seu cardápio?
O consumo de carne prejudica o exercício mediunidade? O objetivo da Doutrina Espírita é modificar moralmente o homem, fazendo-o melhor em todos os sentidos. A idéia de que o "não comer carne" contribui para a purificação do Espírito vem das doutrinas esotéricas. Isso não tem qualquer fundamento lógico e contraria as orientações dos Espíritos superiores a respeito do assunto. O que acontece é que a carne vermelha tem uma metabolização mais difícil que as carnes brancas ou alguns vegetais, tendo o organismo que despender maior gasto energético para concretizá-la. O hábito alimentar ocidental é cheio de vícios e temos que nos disciplinar para conter os excessos alimentares, que como todo excesso, faz mal para a saúde do corpo. Um corpo em desequilíbrio traz consequências danosas ao Espírito e vice-versa. Portanto, é prudente alimentar-se com moderação sempre. Nos dias de atividades mediúnicas, aconselha-se o consumo de alimentação mais leve para evitar desgastes energéticos com a digestão e facilitar a tarefa de intercâmbio, já que em tudo há a movimentação de energias. O consumo de carne em nada prejudica o exercício da mediunidade. O que o afeta profundamente são os vícios morais, esses um tanto mais difíceis de serem erradicados, do que o simples costume de se comer carne.

Gostaria de tirar uma dúvida em relação a saídas fora do corpo (viagem astral). Isto é uma característica de mediunidade?
A experiência do Espírito fora do corpo chama-se Desdobramento e é um dos tipos de mediunidade. Como existe muita facilidade da pessoa fantasiar visões e experiências, deve ser feita com muita cautela e sem qualquer objetivo de colher informações precisas do mundo espiritual.
As evocações para tratamento de casos graves de obsessão, devem ser realizadas sempre em reuniões mediúnicas sérias, com médiuns experientes e seguros. Deve ser realizada uma primeira evocação e dependendo do caso poderá ser feitas mais duas ou no máximo três, pois se tiver uma boa assistência espiritual não será necessário mais que isso para se tratar com os Espíritos obsessores. Em qualquer circunstância o médium deverá se concentrar em Jesus e os Espíritos instrutores do trabalho trarão o Espírito, não importando onde ele esteja, se isso for necessário. Não é necessário que os médiuns se concentrem na casa do obsediado. De uma maneira geral, os instrutores espirituais levam o Espírito para locais onde possam ser instruídos.

b) Quais perguntas que um dirigente deve fazer para o Espírito evocado e quantas vezes é necessário evocá-lo?
As perguntas dependem do caso, mas não devem ser muitas, nem se deve estender nas conversas com Espíritos muito endurecidos. Mais vale fazer as preces e encaminhá-los aos planos espirituais para que os amigos espirituais cuidem dele. A necessidade da evocação depende da evolução do processo obsessivo. Mas, na maioria dos casos graves, não excede três vezes.
c) Como o referido Espírito deve se comportar em um centro espírita kardecista, isto é o dirigente deve deixar o mesmo à vontade e fazer o que quer, ou deve manter o controle do referido Espírito, sem cair no chão, dizer palavrões, ficar andando etc.?
O Espírito só faz o que o médium permite. Se o Espírito faz arruaça, quer quebrar, andar, falar palavrões etc, o médium precisa ser educado, pois provavelmente está sendo mal conduzido em sua mediunidade. O Espírito não pode conduzir o médium, mas o médium conduz o Espírito. O dirigente é o responsável por essas coisas. Se for bem orientado na Doutrina Espírita não deixará que coisas dessa natureza aconteçam.

Gostaria de saber se a prática do desdobramento é saudável, pois há quase 3 anos venho saindo de meu corpo físico.
Desdobramento não é coisa muito sadia se não for feito em ambiente de segurança. Os transes só são mais ou menos seguros quando feitos em casas espíritas kardecistas equilibradas, que possam dar uma orientação mais fundamentada na Doutrina Espírita. Sair do corpo solitariamente é muito arriscado, ainda mais nesse ambiente espiritual que aí está. Além disso é muito sujeito à interpretação pessoal do médium. Portanto aconselhamos ter muita cautela com essa prática, apesar da maioria dos espíritas acharem que não é nada demais. Nossa experiência com a mediunidade e os estudos da Doutrina Espírita, nos dizem o contrário.

Sobre a evocação dos Espíritos, Kardec fala das equipes que se prestam às evocações e são procuradas para atender interesses particulares. Ele diz que só com reservas esses pedidos devem ser atendidos, evitando que o médium se transforme em instrumento de consultas. Diante deste fato o trabalho de pesquisa mediúnica, realizado no atendimento fraterno não estaria em contradição com a orientação do Codificador?
O texto de Allan Kardec se refere às pessoas que fazem da mediunidade meio de vida, ou seja, transformam-se em consulentes, coisa muito comum naquela época e ainda hoje. Portanto ele alertava para esse perigo e orienta nesse sentido, quando trata das evocações. O exame espiritual realizado em alguns casos sérios detectados nas entrevistas nada tem a ver com isso, pois trata-se de uma investigação espiritual no sentido de auxiliar o diagnóstico (como um exame complementar). Além disso, a investigação é feita por solicitação de quem faz a entrevista e não de quem está sendo entrevistado, ou seja, apenas em casos de necessidade. As pessoas só são informadas dos resultados em situações de exceção. Portanto a pesquisa mediúnica não entra em contradição com a orientação de Allan Kardec.

Há centros que alternam médiuns em trabalho ostensivo e médiuns de apoio à mesa, durante o trabalho mediúnico. Existe razão para isso, como troca de fluidos, ou não tem fundamento?
Essa prática não encontra fundamentação nas obras de Allan Kardec. Não existe nenhuma razão para ter médiuns de apoio à mesa. A mediunidade serve para intermediar, como diz o nome. Essa idéia nasceu dos livros subsidiários e encontra ressonância no meio espírita que pouco sabe da obra de Allan Kardec. Esse tipo de alternância na tarefa mediúnica também não faz sentido e tem pouca ou nenhuma produtividade.

Como proceder com pessoas que estão envolvidas por um processo obsessivo, que foram forçadas a desenvolver mediunidade?
No Brasil é muito comum encontrarmos pessoas obsedadas pela prática indevida da mediunidade. São criaturas que acabaram vítimas de dirigentes equivocados, que ainda pensam ser a mediunidade uma forma de se fazer "caridade". A vulgarização da prática mediúnica, a irresponsabilidade das federações e dos líderes espíritas frente ao problema deu origem a uma legião de médiuns improdutivos, de mentalidade fantasiosa que pouco fazem em termos de mediunidade. Quando se percebe que alguém está sob o império da obsessão por causa do exercício da mediunidade, basta afastá-lo das sessões e submetê-lo, durante algumas semanas, a um tratamento. Ela ficará livre das contaminações adquiridas na mesa ou da obsessão, caso a tenha, e o mal desaparecerá. Se o problema for num outro centro, não tenha receio de pedir à criatura que se afaste de lá. Faça-o, pois estará prestando-lhe um grande serviço em nome da caridade


SEF – Sociedade Espírita Fraternidade
Estudo Teórico-prático da Doutrina Espírita
Unidade 39Tema: DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICODesenvolvimento da Mediunidade. Processo e Fundamentos para o Desenvolvimento Mediúnico.


Introdução:
No Cap. XVII do livro dos Médiuns, Allan Kardec, esclarece se tratar este capítulo, “Da formação dos Médiuns”, ao desenvolvimento dos médiuns escreventes, por se tratar do gênero de mediunidade mais simples, mais cômodo, que dá resultados mais satisfatórios e mais completos e, especialmente por ser o mais espalhado na época. No entanto, não iremos nos limitar ao desenvolvimento apenas deste tipo de mediunidade porque o objetivo desse estudo é verificar o desenvolvimento dos médiuns em geral (psicógrafos, psicofônicos, etc). Assim. Tiraremos do capítulo acima citado, as instruções que servem como normas gerais de desenvolvimento e passaremos em seguida ao estudo do processo de desenvolvimento mediúnico espírita-cristão.


Orientação Geral do Desenvolvimento da Mediunidade:
Têm-se procurado processos para a formação de médiuns, como se têm procurado diagnóstico para a mediunidade. Porém é importante que procuremos orientações nitidamente espíritas, esclarecedoras e seguras, a fim de que o desenvolvimento da mediunidade se efetue normal e equilibradamente e, ainda, que o médium o faça com conhecimento de causa, para evitar os percalços e os desenganos.
O candidato à médium deve antes de tudo verificar se possui a faculdade, através de indícios que poderão ser caracterizados como sintomas da mediunidade. Todavia, é importante saber que estes sintomas não são uniformes e padrozinados, mas, se apresentam de múltiplas maneiras, não se podendo diagnosticar a existência da faculdade mediúnica com absoluta certeza, apenas por estes sintomas.
Porém, se a faculdade for identificada, o candidato à médium deverá recorrer a meios seguros, em locais que lhe inspirem segurança e certeza da real prática mediúnica espírita, pois uma faculdade em vias de desenvolvimento requer boa orientação, pois em caso contrário, ou seja, mal orientada é canal de perturbação.
“O desejo natural de todo aspirante a médium é o de poder confabular com os Espíritos das pessoas que lhe são caras; deve, porém, moderar sua impaciência, porquanto a comunicação com determinado Espírito apresenta muitas vezes dificuldades materiais que a tornam impossível ao principiante”. (Obstáculos da própria organização mediúnica em desabrochamento e das condições espirituais da entidade). Daí o não aconselhamento da evocação ostensiva de certos Espíritos, deixando à Sabedoria Divina agir através dos Orientadores Espirituais do desenvolvimento da faculdade do médium.
“Para que um Espírito possa comunicar-se, preciso é, que haja entre ele e o médium relações fluídicas, que nem sempre se estabelecem instantaneamente. Só a medida que a faculdade se desenvolve, é que o médium adquire pouco a pouco a aptidão necessária para pôr-se em comunicação com o Espírito que se apresente. Pode dar-se, pois, que aquele que o médium deseje comunicar-se, não esteja em condições propícias a fazê-lo, embora se ache presente, como também pode acontecer que não tenha possibilidade, nem permissão para acudir ao chamado que lhe é dirigido. Daí a razão pela qual ninguém deva teimar em chamar determinado Espírito, “pois amiúde sucede não ser com esse que as relações fluídicas se estabelecem mais facilmente, por maior que seja a simpatia que lhe vote o encarnado. Antes, pois, de pensar em obter comunicações de tais ou tais Espírito, importa que o aspirante leve a efeito o desenvolvimento de sua faculdade, para o que deve fazer um apelo geral e dirigir-se principalmente ao seu anjo guardião.
As condições mais importantes que devem ser observadas no desenvolvimento de uma faculdade mediúnica são: “a calma e o recolhimento, juntas ao desejo ardente e a firme vontade de conseguir-se o intuito. Por vontade, não entendemos aqui uma vontade efêmera, que age com intermitências e que outras preocupações interrompem a cada momento; mas, uma vontade séria, perseverante, contínua, sem impaciência, sem febricitação. A solidão, o silêncio e o afastamento de tudo o que possa ser causa de distração favorecem o recolhimento” (concentração). O exercício com regularidade, assíduo, e sério é fundamental no desenvolvimento mediúnico.
“Para se evitarem tentativas inúteis, pode consultar-se, por outro médium, um Espírito sério e adiantado”. A pergunta, entretanto, deve ser bem elaborada para que o Espírito possa responder exatamente o que se quer saber, pois se inquirirmos aos Espíritos se somos médiuns, eles responderão afirmativamente, uma vez que a mediunidade é inerente ao ser humano. Porém, se perguntarmos exatamente se somos escreventes a respostas poderá ser mais clara. “Deve-se levar em conta a natureza do Espírito a quem é formulada a pergunta. Há os tão levianos e ignorantes, que respondem a torto e a direito, como verdadeiros estúrdios”.
O desenvolvimento mediúnico dentro de um grupo organizado para tal fim, apresenta uma série de condições favoráveis.”Os que se reúnem com um intento comum formam um todo coletivo, cuja força e sensibilidade se encontrem acrescidas por uma espécie de influência magnética”, que satura o ambiente de fluidos propícios e, “entre os Espíritos, atraídos por esse concurso de vontades, estarão, provavelmente, alguns que descobrirão nos assistentes o instrumento que lhes convenha”.
“No médium aprendiz, a fé não é a condição rigorosa; sem dúvida lhe secunda os esforços, mas não é indispensável; a pureza de intenção, o desejo e a boa-vontade bastam. Têm-se visto pessoas inteiramente incrédulas ficarem espantadas de escrever a seu mau grado, enquanto que crentes sinceros não o conseguem, o que prova que esta faculdade se prende a uma disposição orgânica.
Nos médiuns psicográficos, “o primeiro indício de disposição para escrever é uma espécie de frêmito no braço e na mão. Pouco a pouco a mão é arrastada por um impulso que ela não logra dominar. Muitas vezes, não traça senão riscos insignificantes; depois, os caracteres se desenham cada vez mais nitidamente e a escrita acaba por adquirir a rapidez da escrita ordinária. Em todos os casos, deve-se entregar a mão ao seu movimento natural e não oferecer resistência, nem propeli-la”.
“Alguns médiuns escrevem desde o princípio correntemente com facilidade, às vezes mesmo desde a primeira sessão, o que é muito raro. Outros, durante muito tempo, traçam riscos e fazem verdadeiros exercícios caligráficos. Dizem os Espíritos que é para melhor soltar a mão. Em se prolongando demasiado esses exercícios, ou degenerando na grafia de sinais ridículos, não há duvidar de que se trata de um Espírito que se diverte, porquanto os bons Espíritos nunca fazem nada que seja inútil. Nesse caso, cumpre redobrar de fervor no apelo à assistência destes. Se, apesar de tudo, nenhuma alteração houver, deve o médium parar, uma vez reconheça que nada de sério obtém... Há médiuns cuja faculdade não pode produzir senão esses sinais. Quando ao cabo de alguns meses, nada mais obtém do que coisas insignificantes, ora um sim, ora um não ou letras sem conexão é inútil continuarem.. São médiuns, mas médiuns improdutivos.
“O escolho com que topo a maioria dos principiantes é o de terem de haver-se com Espíritos inferiores (veja a Escala Espírita em “O livro dos Espíritos”) e devem dar-se por felizes quando não são Espíritos levianos. Toda atenção precisam pôr, em que tais Espíritos não assumam predomínio, porquanto, em acontecendo isso, nem sempre lhes será fácil desembaraçar-se deles. É ponto esse de tal modo capital, sobretudo em começo, que, não sendo tomadas às precauções necessárias, podem perder-se os frutos das mais belas faculdades”.
“A primeira condição é colocar-se o médium, com fé sincera, sob proteção de Deus e solicitar a assistência de seu anjo de guarda, que é sempre bom... A segunda condição é aplicar-se, com meticuloso cuidado, a reconhecer, por todos os indícios que a experiência faculta, de que natureza são os primeiros Espíritos que se comunicam e dos quais manda a prudência sempre se desconfie. Se forem suspeitos esses indícios, dirigir fervoroso apelo ao seu anjo de guarda e repelir, com todas as forças, o mau Espírito, provando-lhe que não conseguirá enganar... Por isso é que indispensável se faz o estudo prévio de teoria, para todo aquele que queira evitar os inconvenientes peculiares à experiência”.
“Se é importante não cair o médium, sem o querer, na dependência dos maus Espíritos, ainda mais importante é que não caia por espontânea vontade. Preciso, pois, se torna que imoderado desejo de ser médium não o leve a considerar indiferente dirigir-se ao primeiro que apareça, salvo para mais tarde se livrar dele, caso não convenha, por isso que ninguém pedirá impunemente, seja para o que for, a assistência de um mau Espírito, o qual pode fazer que o imprudente lhe pague caro os serviços”.
O médium, mesmo com a faculdade desenvolvida, jamais poderá “crer-se” dispensado de qualquer instrução mais, porquanto apenas terá vencido uma resistência material. Do ponto a que chegou é que começam as verdadeiras dificuldades, é que ele mais do que nunca precisa dos conselhos da prudência e da experiência, se não quiser cair nas mil armadilhas que lhe vão ser preparadas. Se pretender muito cedo voar com suas próprias asas, não tardará em ser vítima de Espíritos mentirosos, que não se descuidarão de lhe explorar a presunção ”.
“Uma vez desenvolvida a faculdade, é essencial que o médium não abuse dela... Devem (os iniciantes) lembrar-se de que ela lhes foi dada para o bem e não para satisfação de vã curiosidade. Convém, portanto, que só se utilizem dela nas ocasiões oportunas e não a todo o momento. Não lhes estando os Espíritos ao dispor a toda hora, correm o risco de serem enganados por mistificadores. Bom é que, para evitarem esse mal, adotem o sistema de só trabalhar em dias e horas determinados, porque assim se entregarão ao trabalho em condições de maior recolhimento e os Espíritos que os queiram auxiliar, estando prevenidos, se disporão a prestar esse auxilio.
“Se, apesar de todas as tentativas, a mediunidade não se revelar de modo algum, deverá o aspirante renunciar a ser médium, como renuncia ao canto quem reconhece não ter voz”.

Processo de Desenvolvimento Mediúnico Espírita-Cristão: 
Allan Kardec define como ESPIRITA CRISTÃO, ou verdadeiros Espíritos, aqueles que não se contentam com admirar a moral espírita, que a praticam e lhe aceitam todas as conseqüências. Aproveitam todos os breves instantes da vida terrena para avançar pela senda do progresso, esforçando-se por fazer o bem e coibir seus maus pensamentos. A caridade é tudo, a regra de proceder a que obedecem. ( O Livro dos Médiuns, 1a. Parte, capítulo III, item 28).
Sob o ponto de vista espírita a mediunidade é uma iniciação religiosa das mais sérias; é um mandato que nos é outorgado pela Espiritualidade superior, a fim de ser fielmente desempenhado. Dessa forma, o aspirante à mediunidade, à luz da Doutrina Espírita, deve partir da conscientização de seus ensinamentos e esforçar-se desde o início de sua formação e informação mediúnica, por ser um ESPIRITA CRISTÃO.

Fundamentos para o Desenvolvimento Mediúnico:
O desenvolvimento mediúnico deve fundamentar-se nos processos que se seguem:

O culto do Evangelho no Lar:
“É a renovação do clima espiritual do lar sob as luzes do Evangelho Redivivo, porque o lar é a usina maior das energias de que somos carentes para o nosso trânsito terreno e é onde compensamos nossas vibrações psíquicas em reajustamento... Evangeliza os Espíritos, nossos desafetos que se julguem conosco em todas as nossas atividades cotidianas”.
Para o culto, as providências são simples:

I Um volume de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”;
II Um dia certo por semana;
III Um cômodo onde todos os familiares se reúnem.

Sua realização também é singela:

a) Inicia-se por uma prece, preferentemente uma oração feita de improviso por um dos presentes, por ser mais afetivo;
b) Abre-se o livro ao chamado acaso;
c) Leitura em voz alta do trecho aberto;
d) Comentários sobre o mesmo pelos presentes;
e) Encerramento com uma prece de agradecimento pela orientação noturna, podendo alongar-se os comentários, depois, sobre a lição, enquanto houver interesse e for oportuno. Evitar no culto, qualquer manifestação que o confunda com sessão mediúnica ”.

O culto da Assistência:
“Rompimento com o egoísmo, compelindo-nos a interessar-nos pelo próximo, auxiliando-o nos seus lances expiatórios, probatórios ou missionários, até o limite de nossa capacidade de servir” (grupo de costura, socorro fluídico pelo passe, visita aos enfermos, amparo aos órfãos, cooperação com as obras de assistência, conforto moral aos desesperados, etc).

Reforma Íntima:“Revisão e reconstrução dos hábitos, permutando os vícios por virtudes legitimamente cristãs que são as únicas que sobreviverão eternamente e que nos abrirão as portas de Planos mais elevados que os atuais”.

Templo Espírita:“Aniquilamento do orgulho, levando-nos a viver em circunstâncias e agrupamentos humanos que nos permitirão o exercício da humildade legítima, entrosando-nos em trabalhos de equipe com esquecimento de nós mesmos. Evitemos as sessões espíritas nos lares. A organização espiritual não se improvisa”. O ambiente do Centro Espírita esta em permanente ação e é formado como um posto de socorro diverso, sob a orientação e desempenho dos bons Espíritos.

Estudo Coletivo:“Reunidos semanalmente aos companheiros, evitaremos, no compulsar os livros doutrinários, de emprestar-lhes o colorido de nossas paixões e preferências particulares e, apesar de sua suficiente clareza, evitaremos emprestar-lhes interpretações laterais ou desvirtuadas”.

Dentro destes critérios de desenvolvimento da mediunidade, mesmo que nenhuma faculdade venha a desabrochar, tenhamos a certeza que estaremos desenvolvendo-nos espiritualmente e capacitando-nos para a verdadeira mediunidade com Jesus – a Mediunidade do Bem.


Bibliografia:
Kardec, Allan. O Livro dos Médiuns – 2.ª parte, capítulos XVII.
Xavier, Francisco Candido. Missionários da Luz – Capítulos III
Jacinto, Roque. Desenvolvimento Mediúnico – Capítulo VII.

dicas .para com as crianças...

                                                                   Elaine Saes

Crianças e mediunidade.

Mediunidade Infantil


A mediunidade infantil é um tema que instigou e ainda instiga alguns pesquisadores espiritualistas.  Allan Kardec se preocupou em abordar o tema em O Livro dos Médiuns. CAPÍTULO XVIII


6ª Haverá inconveniente em desenvolver-se a mediunidade nas crianças?
"Certamente e sustento mesmo que é muito perigoso, pois que esses organismos débeis e delicados sofreriam por essa forma grandes abalos, e as respectivas imaginações excessiva sobreexcitação. Assim, os pais prudentes devem afastá-las dessas idéias, ou, quando nada, não lhes falar do assunto, senão do ponto de vista das conseqüências morais."

7ª Há, no entanto, crianças que são médiuns naturalmente, quer de efeitos físicos, quer de escrita e de visões. Apresenta isto o mesmo inconveniente?
"Não; quando numa criança a faculdade se mostra espontânea, é que está na sua natureza e que a sua constituição se presta a isso O mesmo não acontece, quando é provocada e sobreexcitada. Nota que a criança, que tem visões, geralmente não se impressiona com estas, que lhe parecem coisa naturalíssima, a que dá muito pouca atenção e quase sempre esquece. Mais tarde, o fato lhe volta à memória e ela o explica facilmente, se conhece o Espiritismo."

8ª Em que idade se pode ocupar, sem inconvenientes, de mediunidade?
"Não há idade precisa, tudo dependendo inteiramente do desenvolvimento físico e, ainda mais, do desenvolvimento moral. Há crianças de doze anos a quem tal coisa afetará menos do que a algumas pessoas já feitas. Falo da mediunidade, em geral; porém, a de efeitos físicos é mais fatigante para o corpo; a da escrita tem outro inconveniente, derivado da inexperiência da criança, dado o caso de ela querer entregar-se a sós ao exercício da sua faculdade e fazer disso um brinquedo."

- Temos relatos de médiuns famosos, como o nosso querido Chico Xavier, que desde os 5 anos de idade conversava com sua mãe, desencarnada, que o socorria quando sua madrinha lhe infligia maus tratos. A consagrada médium Yvonne Pereira manifestou sua mediunidade ainda criança, e aos quatro anos já falava com espíritos. Divaldo Pereira Franco, médium e palestrante espírita, declara ver espíritos desde criança, e que, aos quatro anos de idade viu a avó desencarnada, Dona Maria Senhorinha.

ANTES DE FAZER PRÉ-JULGAMENTOS, É NECESSÁRIO BUSCAR ORIENTAÇÕES:

há médicos adeptos ao Espiritismo, tendo uma visão mais ampla e cuidando, também, do lado espiritual do paciente
“Como o dr  Sérgio Felipe de Oliveira, diretor da Associação Médico-Espírita de São Paulo e autor da tese de que a mediunidade nada mais é do que uma atividade sensorial – como a visão e o olfato – capaz de captar estímulos do mundo extrafísico. O órgão responsável pela mediunidade, diz Oliveira, é a glândula pineal, localizada no cérebro, que controla também o ritmo de crescimento e, na adolescência, avisa a hora de dar início à liberação dos hormônios sexuais.

Mesmo que não veja ou ouça espíritos desencarnados, é a mediunidade que faz com que uma criança seja capaz de sentir se um ambiente está carregado e a faz chorar quando um estranho com energias ruins a pega no colo. Em sua clínica, Oliveira não descarta o uso de medicamentos, mas não tem dúvida dos benefícios da atividade espiritual, prescrita por ele como terapia complementar. Oliveira diz que, antes de se afirmar que uma criança está sob influência de um espírito, é preciso descartar as hipóteses de fantasia e de distúrbios psíquicos.

A primeira etapa é entrevistar o paciente em busca de elementos que não poderiam ser ditos por ele. “É difícil diagnosticar como fantasiosa uma criança de três anos que se põe a analisar quadros de Botticelli ou a conversar em francês sem nunca ter estudado o idioma”, exemplifica. Finalmente, exames neurológicos são feitos para se verificar se a atividade no cérebro é equivalente à registrada em convulsões ou surtos de epilepsia. Normalmente, a reação é outra.”

Richard Simonetti, conceituado escritor e palestrante espírita, explica que “até os sete anos, antes que complete o processo reencarnatório, o espírito conserva algumas percepções espirituais e pode ter experiências de contato com o Além, sem que seja propriamente um médium. Essa sensibilidade tende a desaparecer e vai ressurgir na adolescência, se ela realmente tiver mediunidade”.

Mas, como saber se a criança é realmente médium ou se o que ela narra é fruto de sua imaginação?
Simonetti esclarece que “em princípio, é difícil definir. O melhor é não interferir, tratando com naturalidade a criança. A tendência é o fenômeno desaparecer, quer porque a criança se desinteressou em relação ao amigo imaginário, quer por que perdeu o contato com ele, a partir da consolidação reencarnatória”.

Não é sempre que uma criança médium tem visão de coisas boas, como um ente querido ou um amigo espiritual. Temos casos em que a visão é de antigos desafetos de vidas passadas, que procuram prejudicá-la em busca de vingança.

ATENÇÃO!
Quando a criança não é compreendida pelos pais, sendo considerada como louca, perturbada ou vítima do demônio, a situação pode se complicar, trazendo como agravante profundos desequilíbrios psicológicos e emocionais. Vale ressaltar que muitas crianças só voltam a ter uma “vida normal” quando passam a freqüentar um centro espírita, recebendo os benefícios dos passes, das palestras e do culto do evangelho no lar.
SUGESTÕES DE CONDUTA
A mediunidade, bem explicada e bem conduzida, é idêntica à inteligência. Não é perigosa, a não ser se utilizada equivocadamente, incompreendida ou negada, etc. Em geral, diante de crianças que estejam enxergando espíritos, é recomendável:
1) Não negar ou afirmar que a criança NÃO ESTÁ VENDO. Ela (no caso) está vendo mesmo. Se negarmos, a criança acreditará que não é normal, ou está “pirada”;
2) Procurar identificar o nível ético da entidade extrafísica, por meio de perguntas (feitas à criança) sobre a conversa do espírito e avaliar as respostas;
3) Em se tratando de um ser de padrão ou grau evolutivo superior (“anjinho da guarda”), procurar estabelecer um diálogo fraterno, respeitoso porém atento com a entidade;
4) Em se tratando de um espírito sem a menor responsabilidade, mas sem intenções nocivas, procurar entrar em contato com o protetor espiritual do mesmo pedindo o seu afastamento, sem agressividade, com amor, e mentalmente solicitando o amparo dos nossos mentores espirituais;
5) Em se tratando de espíritos em situação de desequilíbrio mental, ou com intenções negativas, recomenda-se procurar um centro espírita, evitando-se, do contrário, certos trabalhos espirituais “pagos”, pois tais não são amparados por espíritos de luz;
6) Finalmente, ler e estudar o assunto, para inteirar-se das questões espirituais, a fim de fornecer explicações corretas às crianças.
Com isto, os resultados são muito bons, e estas crianças, cada vez mais sensitivas, acham-se mais abertas ao conhecimento e à espiritualidade superior.
Ricardo Di Bernardi é médico homeopata e presidente do ICEF- Instituto de Cultura Espírita de Florianópolis - Sc 
                                                                                                        Elaine Saes

terça-feira, 22 de setembro de 2015

LIMPEZA DA CASA E DA PESSOA ,POR ERVAS . UMBANDA

Conforme prometido no artigo sobre Banhos de Limpeza e Vitalização, voltamos para ` dar continuidade aos conhecimentos que nos foram passados na entrevista com o preto-velho.
Neste artigo abordaremos as diferentes formas de se limpar e vitalizar um ambiente, buscando sempre na Natureza os condensadores de energia necessários para realizar essa tarefa.
Embora a Natureza seja abundante em recursos energéticos quenos ajudam, devemos fazer a nossa parte, visando sempre transformar nosso Lar em um templo.
Sabemos que isso é muito difícil, pois somos ainda instáveis em nossas emoções e pensamentos, deixando assim brechas para receber emissões negativas de encarnados e desencarnados.
Esse artigo não tem como objetivo somente ensinar a limpar energeticamente nossas casas e ambientes de trabalho: ele visa também a conscientização do respeito e reconhecimento que devemos ter para com a Mãe Natureza.
Aprendamos então a sentir suas amorosas vibrações, a amar suas belíssimas criações e a cuidar dela, pois ela é Entidade Viva e, como tudo no Universo, está ligada a nós.

2. Cargas Tóxicas nos Ambientes
Tudo à nossa volta é energia, que pode vibrar em alta freqüência (positiva) ou em baixa freqüência (negativa).
O mundo físico é suscetível ao contato material, por isso podemos dizer que as "sujeiras" que aderem são físicas, palpáveis, algumas vezes visíveis.
Contudo, isso não é verdade quando entramos em planos mais sutis. O plano astral é altamente sensível aos pensamentos e emoções, ou seja, o "ambiente" astral à sua volta é conseqüência do seu estado emocional e mental.
Expandindo esse conceito dizemos que a contraparte astral do seu ambiente doméstico ou profissional é impregnado pelos resíduos "astrais" emitidos pelos freqüentadores, visitantes e pessoas encarnadas e desencarnadas ligadas ao local em questão.
Vamos explicar melhor isso tudo...
Todo elemento material - paredes, cadeiras, móveis, etc - possui uma contraparte astral. (abordamos isso no artigo sobre o plano astral). A sujeira física adere ao elemento físico, ficando visível depois que certa quantidade se agrupa. No ambiente astral acontece a mesma coisa, só que em um plano mais sutil, onde os átomos estão carregados com energias emocionais e a matéria é sujeita à vontade do espírito (tanto para o bem quanto para o mal).
Podemos comparar a sujeira, poeira, resto de comida, odores ruins, etc com as energias negativas, de baixo teor moral e vibratório, que aderem e impregnam o ambiente, deixando inclusive odores fétidos, causando muitas vezes sensação de repulsão para os espíritos desencarnados (mais equilibrados) e para os encarnados mais sensíveis (não necessariamente médiuns com faculdades sensitivas afloradas).
O sabão e a escova do plano físico se transformam em prece e vigilância no plano astral.
Os pensamentos POSITIVOS, a fé, a paz interior, etc, emitem energias de alto teor vibratório, dizimando as energias negativas quando entram em contato com elas.
As energias negativas que aderem a um ambiente podem vir das seguintes fontes:
  • Desequilíbrio emocional, depressão, pessimismo, uso de drogas ou álcool, vícios, desregramento sexual, etc, de um dos componentes da casa.;
  • Pessoas que freqüentam a casa (regularmente ou não) e que estão incluídas nas desarmonias citadas no item anterior;
  • Espíritos desencarnados, obsessores ou vampiros que, devido ao seu desequilíbrio vibratório, espalham energias negativas pelo ambiente. É importante lembrar que por algum motivo esses espíritos estão no seu ambiente doméstico...
  • Envio de energias negativas por parte de pessoas invejosas ou prejudicadas que, através do seu pensamento, endereçam às vítimas quantidades contínuas de energias negativas. Podemos chamar esse acontecimento de um tipo de feitiço mental, realizado por pessoas que ignoram o poder do pensamento e as conseqüências dos sentimentos de baixo teor vibratório no mundo imponderável; e,
  • Trabalhos de magia negra que visam o abaixamento vibratório do endereço vibratório (alvo do trabalho) para práticas obsessivas, de vingança ou vampirização de energias.
Nesse artigo mostraremos diferentes formas de utilizar elementos da natureza para ajudar na limpeza do ambiente, que está sempre suscetível às influências citadas acima.
É importante lembrar que não estaríamos sujeitos ao contato dessas energias se nossos lares fossem templos de amor e paz, onde a compreensão, a tolerância e a prática do evangelho de Jesus fossem realizadas diariamente, como fruto do mais profundo amor e respeito pela vida.
A prece, feita com entrega e sem interesses egoístas, é o escudo protetor para o ambiente doméstico, protegendo muitas vezes o lar contra presenças e invasões não desejadas.

3. Limpeza e Vitalização de Ambientes com o uso de Plantas
Segundo os caboclos e pretos-velhos da Umbanda, as plantas não servem somente para enfeitar as casas. Sua ajuda para os espíritos, encarnados e desencarnados transcendem o mundo físico, alcançando a parte energética, ajudando na limpeza, energização e em alguns casos até na cura de doenças.
As plantas são condensadores de Energia Vital (Prana, ver artigo sobre duplo etérico para maiores informações). Elas absorvem a parte que é necessária para manutenção da sua vida e irradiam o resto para o ambiente, sendo por isso chamadas de condensadores de Prana.
Assim, somente a presença de algum tipo de planta no seu jardim ou na sua casa já tem o efeito de vitalização do ambiente, ajudando muitas pessoas que tem deficiência na absorção de prana.
A estrutura molecular da planta é muito mais sensível que a dos seres humanos, por isso ela recebe o primeiro "impacto" das vibrações negativas. Podemos compará-la a um "para-raio" das energias negativas do ambiente, absorvendo para si a carga tóxica.
Poderíamos ficar sensibilizados e até chateados com esse tipo de acontecimento pois, devido ao nosso desequilíbrio ou de outros, as plantas murcham ou até morrem. Contudo, as palavras do preto-velho são sempre as mesmas quando ele fala sobre esse assunto:
"Antes a planta do que nóis". Por isso não devemos criar o sentimento de culpa e sim o de gratidão, vibrando sempre com amor e carinho pelas plantas que nos envolvem, até porque são elas as primeiras a nos defender.
Sua renúncia e dedicação fazem parte de um conjunto de ?aparatos? criado pelo Pai para ajudar na árdua caminhada que devemos percorrer.
As plantas têm diferentes níveis de "sensibilidade" e "resistência" às energias negativas que estão no ambiente. Todas as plantas "absorvem" uma parte da carga tóxica, contudo, cada planta tem sua capacidade máxima de absorção. Quando essa capacidade chega no limite a planta murcha e morre.
Quem nunca ouviu histórias que falam de pessoas que olham para uma planta e dizem: "Que planta bonita essa!!!".... e no outro dia a planta está murchinha, morta?!!
Algumas plantas conseguem transformar as energias negativas do ambiente, ou seja, além de absorver elas transmutam as energias negativas em positivas. Essas plantas são o foco desta parte do artigo, são plantas "mais resistentes" e muito importantes no trabalho de limpeza e vitalização do ambiente.

3.1 Cuidados que devem ser tomados
É importante falarmos sobre as precauções que devem ser tomadas com o uso de plantas dentro de casa. Algumas das plantas que têm a função de limpar energeticamente o ambiente são tóxicas.
Caso um animal ou criança coma este tipo de planta, as conseqüências podem ser sérias. Por isso é importante tomar as precauções necessárias para que eles não tenham acesso às plantas. Caso isso não seja possível, então deve-se utilizar somente as plantas não tóxicas, que têm as mesmas propriedades de transmutação.
Informaremos as plantas que são tóxicas no capítulo que trata das propriedades e características de cada uma.


3.2 As Plantas
3.2.1 Comigo Ninguém Pode - TÓXICA
  Espanta mau-olhado e ajuda na transmutação das energias negativas.
Para maiores informações sobre essa planta acesseo link:
http://www.fiocruz.br/sinitox/comigo-ninguem-pode.htm 



3.2.2 Peregum, Pau D'Água ou Iperegum
Utilizada para retirar os miasmas (resíduos de cargas negativas) que ficam incrustados nas paredes, móveis e etc.
Fazer um chumaço de Peregum, Espada de São Jorge e Guiné e passá-lo nas paredes, ENCOSTANDO-O, faz com que os miasmas desgrudem do lugar passado.
É importante que o responsável por fazer a limpeza esteja com o pensamento positivo, voltado para Deus, concentrando sua vontade na limpeza do ambiente. Foi aconselhado pelo vovô entrar em prece enquanto estiver realizando a limpeza.

3.2.3 Arruda
É mais sensível ao ambiente que as outras plantas abordadas no artigo, por isso é comum dizer que a Arruda é um pouco mais difícil de "pegar".
Ela absorve intensamente a energia negativa do ambiente, transformando-as em energias positivas.
Elas secam e morrem quando absorvem as energias negativas em demasia.
Também espanta Mau-Olhado.

3.2.4 Espada de São Jorge ? Tóxica
Muito forte na limpeza do ambiente. É sem dúvida uma das plantas mais potentes no quesito absorção e limpeza de ambientes.
Segundo as palavras do vovô, "quando a Espada de São Jorge seca é porque o negócio está feio".
Espada de São Jorge é toda Verde e Espada de Nhá San tem as bordas amarelas.

3.2.5 Guiné
A Guiné espanta Mau-Olhado e atua na absorção e transformação de energias negativas do ambiente. Ela é um pouco mais resistente que a Arruda.
Ela tem uma alta capacidade de transmutação energética.

3.3 No Escritório
No escritório você pode utilizar aquelas plantas pequenas, que vendem em lojas de produtos naturais. Tem cactos e vários tipos de plantas conhecidas. Elas realizam as mesmas tarefas das suas irmãs maiores.

3.4 Um caso com a Espada de São Jorge
Uma grande amiga minha tem um filho que ficou muito doente quando era pequeno e nada conseguia melhorar sua fraqueza, que piorava a cada dia.
Um preto-velho informou que ela deveria colocar uma Espada de São Jorge no quarto do menino, pois ali existia uma grande quantidade de energia negativa.
Todas as Espadas de São Jorge que ela colocou morreram, até que um dia ela encontrou uma que era grande, bem maior que as anteriores. Essa planta ficou no quarto, sobreviveu às irradiações negativas e o seu filho melhorou de todos os sintomas.

3.5 Os passes dados pelo Preto-Velho e Caboclo com as Plantas
Lembremos também que os vovôs e caboclos da Umbanda utilizam com bastante freqüência galhos de Arruda, Guiné, e outras plantas para dar passes nos pacientes.
Através de seus conhecimentos transcendentais eles "ativam" as plantas, fazendo com que elas trabalhem de forma mais intensa na absorção das energias negativas, transformando-as em energias positivas.
Se algum dia vocês receberem esse tipo de passe, notem que as plantas no final ficam murchas.
Não adianta tentar fazer isso por conta própria, não é qualquer um que empunha um galho de Arruda e dá passe nos outros.

3.6 Conclusão
Todas as plantas têm a característica de drenar as energias negativas, algumas, no entanto, conseguem repelir, transmutar as energias negativas, que é o caso da Guiné, Arruda e Espada de São Jorge.
Quando ela seca e morre é porque não consegue mais realizar sua tarefa, indicando um ambiente extremamente carregado de energias negativas.

4. Limpeza de Chãos e Móveis
Utilizar Lavanda - Lavanda Officialis - que é diferente da Alfazema que se vende por aí.
Fazer um chá forte e esfregar no chão e nos móveis, depois da limpeza normal.
A lavanda limpa os miasmas.
É interessante utilizá-la no chão depois da limpeza das paredes com a mistura de Peregum,Espada de São Jorge, Guiné (explicado anteriormente no artigo). Quando se passa esse chumaço na parede os vermes astrais e etc vão para o chão.
A lavanda deixa um cheiro agradável no ambiente, servindo também para o ambiente de trabalho.

5. Defumação
A defumação já é conhecida dos iniciados há muito tempo. Quando as plantas queimam na brasa do carvão elas liberam de uma só vez as energias condensadas durante toda a sua existência (também liberam muito prana).
Essa técnica de queima de ervas também é utilizada pelos vovôs e caboclos da Umbanda, que manipulam essas energias geralmente extraídas de cachimbos ou cigarros, limpando o ambiente e doando energias vitalizantes para os pacientes.

5.1 Como Realizar a Defumação
Todos os tipos de defumação seguem o mesmo procedimento básico, somente os elementos utilizados é que são diferentes.
Os procedimentos a serem tomados para defumação são os seguintes:
1 - Deve-se comprar um turíbulo (figura abaixo) - ele é bem barato e é vendido em lojas de produtos religiosos.
2 - Coloca-se um carvão para aquecer na boca do fogão até ficar em brasa. Esse carvão deve ser colocado no fundo do turíbulo, onde existe um local específico para armazená-lo.
3 - Colocam-se então os elementos utilizados para defumação: resinas, plantas, essências, etc.
4 - Deve-se circular pela casa, começando pela cozinha, sempre na mesma direção, de preferência no sentido Horário. Terminar o circuito na cozinha.
5 - É importante que o responsável pela defumação esteja com o pensamento positivo, voltado para Deus, concentrando sua vontade na limpeza do ambiente. Foi aconselhado pelo vovô entrar em prece durante a defumação.

5.2 O Ananda - Limpeza e Vitalização
É um tipo de incenso que vem em palitos. Tem na sua composição cânfora, sal marinho, carvão, olíbano, mirra, arruda, alfazema, pinho e benjoim.
A Ananda objetiva principalmente a limpeza e vitalização do ambiente.
Não é utilizado o turíbulo nesse tipo de defumação, somente o incensário é necessário.

5.3 Para Afastar Obsessores (Eguns na Umbanda)
A idéia da defumação para afastar obsessores é ajudar o paciente a ter um "tempo" para se harmonizar, além de buscar forças interiores para lutar contra as tendências negativas que o colocaram a mercê da obsessão.
É sempre importante lembrar que a mudança das atitudes morais e espirituais é que vai imunizar o paciente contra as investidas dos irmãos ignorantes das leis do amor.
Utilizar os seguintes itens: 
  • Palha de Alho.
  • Palha de Cebola.
  • Loro.
  • Carvão em brasa
  • Turíbulo
Para realizar a defumação seguir os procedimentos indicados no item "Como Realizar a Defumação".

5.4 Para eliminação de Miasmas e Energização do Ambiente
Utilizar os seguintes itens:
  • Alecrim - planta seca.
  • Benjoim - é uma resina que vem em pequenos cristais. Pode ser encontrada em lojas de artigos religiosos.
  • Alfazema.
  • Incenso - é uma resina que vem em pequenos cristais. Pode ser encontrada em lojas de artigos religiosos. Na figura abaixo mostramos a resina sendo retirada da casca da árvore. É importante lembrar que esse incenso NÃO é o incenso vendido em palitos nas lojas.
  • Carvão em brasa
  • Turíbulo
É importante que todos os elementos citados acima estejam presentes para essa defumação.
Se desejar, pode colocar Mirra, que nos traz a lembrança de Jesus (figura abaixo).
Para realizar a defumação seguir os procedimentos indicados no item "Como Realizar a Defumação".

5.5 Para Preparar Ambientes para Prática de Meditação
Utilizar os seguintes itens:
  • Anis Estrelados
  • Carvão em brasa
  • Turíbulo
Para realizar a defumação seguir os procedimentos indicados no item "Como Realizar a Defumação".

5.6 Horário para Realizar Defumações
Conforme falado anteriormente, a limpeza de ambiente não tem as mesmas restrições dos banhos de limpeza e vitalização, podendo ser realizada em qualquer dia.
Segundo o preto-velho, só temos restrição com relação ao horário. Todos os dias, entre 23:45 e 00:15, a chamada Hora Grande, as forças do plano astral estão se reequilibrando. Fazer defumação nesse horário pode abrir brechas para que algo ruim aconteça, por isso não realizem defumações durante esse horário.

6. Limpeza de Ambientes com Carvão
Para ambientes onde não se pode utilizar plantas ou defumação, ou para os que não gostam de plantas em casa, ou que tem alergia ao cheiro da defumação, o vovô indicou ou uso do carvão.
Basta colocar o carvão em um copo com água limpa em algum local da casa, de preferência em um lugar que não chame atenção. Pode-se colocar atrás da porta de entrada, onde todos passam.
Quando o carvão afundar é porque ele absorveu as energias negativas do ambiente. TANTO A ÁGUA QUANTO O CARVÃO DEVEM SER JOGADOS FORA DEPOIS QUE ELE AFUNDAR!!
Não deixe esse carvão em casa! Jogue-o fora!
A água que estava com o carvão deve ser jogada em água corrente, e NUNCA JOGAR EM LOCAIS ONDE SE PREPARA COMIDA OU TOMA-SE BANHO. Jogar de preferência no tanque e deixar a água correr ali por algum tempo. Evite utilizar a pia para jogar essa água fora.

7. Quando Realizar a Limpeza do Ambiente
Diferente dos banhos de vitalização e limpeza, a limpeza de ambiente pode ser realizada quando for desejado.
As plantas que forem utilizadas no ambiente doméstico realizarão essa tarefa diariamente.
Se você achar que o ambiente está carregado, ou que alguém que freqüentou sua casa impregnou o ambiente, então seria uma boa hora para realizar algumas das orientações descritas nesse artigo, melhorando o padrão vibratório do ambiente.
Para aqueles que realizam o Tratamento Espiritual do Grupo PAS (para maiores informações clique aqui) , indicamos a realização da limpeza do ambiente pelo menos nas três primeiras semanas de tratamento. Não é obrigatório realizá-lanos dias de tratamento, somente indicamos a limpeza como forma de preparar o ambiente para a visita dos irmãos espirituais.
Voltamos a lembrar a importância da força de vontade de cada um para transformar o seu lar em um templo de paz e amor, pois somente utilizar plantas ou qualquer outra forma de limpeza do ambiente, não é por si só suficiente para manter o local "energeticamente limpo".
O auxílio vem da Natureza, mas a responsabilidade de manter o equilíbrio é de cada um.

 MUITO BOM O TEXTO .