sexta-feira, 31 de julho de 2015

ESTUDO DA DOUTRINA ESPIRITA.

Todas as sexta feiras as 20 horas na casas espirita João Batista em Sorocaba estudo e debate ,sobre o tema Oque é o Espiritismo baseado no livro estudado Oque é o Espiritismo -Allan Kardec,com Marco BUFFA.

Falando da Umbanda!Para meus amigos na Umbanda querida....

Texto extraído do Livro "Umbanda – Mitos e Realidades" de Iassã Ayporê Pery.
Clique no Título para fazer o Download em PDF na Biblioteca Completa do SkiDrive, 

Podemos observar que as pessoas que procuram a Umbanda o fazem, em sua maioria, para resolverem problemas de ordem material, exigindo um resultado imediato,e quando não encontram creditam no Terreiro ou ao Dirigente e Médiuns, quando não a própria Umbanda, o motivo do seu fracasso.
Por que isso acontece? Acreditamos que a culpa disso seja dos próprios umbandistas que não esclarecem que a Umbanda é uma religião digna e nobre como todas as outras, se omitem ou são os primeiros a dar “oferendas” para obterem favores materiais das Entidades.
Por outro lado, sabemos que a Umbanda lida com vários elementos e uma variedade enorme de espíritos, e também que ela tem a capacidade de penetração nos mais variados campos do Astral, conseqüentemente, havendo merecimento e empenho, muito problemas acabam realmente por ter uma “solução mais rápida”, mas somente aos que merecem e o fazem por merecer.
Qual é o mistério da Umbanda? Amor e Caridade, pura e simplesmente. A ritualística que cada terreiro de Umbanda segue, somente serve como um leque de possibilidades para os diversos anseios de culto de cada um. Na verdade, quem procura um Terreiro de Umbanda deveria apenas se preocupar se ela é séria, se não cobra consultas e trabalhos e se tem como objetivo principal a caridade e o Amor ao próximo. Essa é a verdadeira Umbanda.
Sabendo que temos por obrigação sempre buscar o “por que” das coisas e não ficarmos satisfeitos com repostas do tipo “isso é assim porque é” ou “isso é um mistério da fé”, vamos aqui tentar elucidar algumas dúvidas que encontramos por parte da maioria dos freqüentadores e alguns médiuns de Umbanda. Serão perguntas e respostas que escutamos freqüentemente nos terreiros ou fará deles. Não julguem a qualidade das perguntas, porque se pra você a pergunta é simples ou boba, para outro poderá não ser. As respostas sim são simples porque assim é a Umbanda. Então vamos lá:
 
1. Pode uma pessoa praticar o mal sob influencia de espíritos?
Sim pode, tanto quanto pode praticar o bem, também influenciada pelos espíritos. Mas estejam certos de que para que as influencias negativas ou positivas atuem em nossas vidas devemos estar sintonizados com tais vibrações.
Portanto orai e vigiai. Você tem seu livre arbítrio e é o único responsável pelas companhias que atrair, tanto carnais como espirituais, e que permitir atuar em sua vida.
 
2. Todos somos médiuns?
Todos nós somos sensitivos, mas alguns em um grau mais elevado que o outro. Esses diferentes níveis de sensibilidade podem ser compreendidos com diversas formas de mediunidade que está liga a missão que o individua tem aqui na terra. Alguns são médiuns de incorporação, outros intuitivos, videntes, audientes, de efeitos físicos, de pisocofonia e de psicografia, todos passíveis de desenvolvimento de acordo com o livre arbítrio de cada um.
 
3. O Médium quando está incorporado sabe tudo o que está acontecendo e o que a pessoa está falando com a Entidade?
Normalmente sim. A grande maioria dos médiuns é consciente ou semiconsciente como falam, ou seja sabem o que está acontecendo mas não tem ingerência sobre as atitudes da entidade.
Normalmente logo após a consulta o médium ainda lembra de alguma coisa, que vem como “flash”, mas logo depois vão esquecendo aos poucos. Somente médiuns inconscientes é que não sabem o que se passou durante uma consulta, mas é muito raro este tipo de mediunidade.
Mas se a sua preocupação é se você pode conversar qualquer assunto com a entidade que o médium não vai contar pra ninguém, isso aí dependerá da índole do médium e da Casa que ele trabalhe, mas não se preocupe, pois o princípio básico de uma casa de Umbanda séria é o sigilo em respeito às consultas e o respeito com os problemas de cada um.
 
4. Se uma pessoa tem que trabalhar mediunicamente e se a mesma não entrar para um Centro ela poderá receber um guia ou entidades na rua, em casa, no trabalho ou em outro lugar?
Não. Uma Entidade Guia ou Protetora “de Luz” não irá de forma alguma expor a pessoa ao ridículo ou a situações constrangedoras incorporando em lugares públicos. O fato é que se a pessoa é médium, e tem como missão trabalhar mediunicamente e opta por não desenvolver sua mediunidade isso não faz com que ela deixe de ser médium. O que acontece é que sua mediunidade ficará embrutecida e desamparada expondo a ação de espíritos trevosos que poderão, esses sim, manifestarem em locais públicos colocando a pessoa em situações embaraçosas e de risco.
A Umbanda ou outra religião qualquer serve para nosso crescimento moral e espiritual e como um elo de religação com Deus, freqüentar ou participar ativamente de uma deve ser uma opção particular de cada um e não uma imposição.
Devemos saber que pelo fato de termos uma mediunidade mais aflorada nos torna imãs, atraindo toda e qualquer energia que estiver nos ambientes aos quais freqüentarmos, o desenvolvimento dessa mediunidade, se faz necessário para aprendermos a lidar com essas energias e controlar as manifestações e termos a oportunidade através do trabalho mediúnico de resgatarmos nossos kármas e compromissos assumidos antes de reencarnarmos.
Negar e fugir disso não nos levará a nada, é claro que existem outras formas de praticarmos a Caridade, trabalhar mediunicamente deve ser uma opção e não uma imposição. Cada um com seu Kárma, missão e vontade.
 
5. É verdade que a pessoa que entra para trabalhar na Umbanda não pode mais sair, porque atrasa a vida?
Não, não é verdade. Como também não é verdade que a vida da pessoa em questão vai pra frente se ela entrar para a Umbanda.
O que ocorre é que ao entrar para a corrente de um terreiro de Umbanda a pessoa passa a dar vazão e a desenvolver sua mediunidade, assume compromissos e responsabilidades, se tranqüiliza e se harmoniza vibracionalmente e evolutivamente, ou pelo menos deveria.
O “atraso na vida” da pessoa ocorre porque ela deixa de se equilibrar, evoluir e fazer caridade. Conseqüentemente ela deixa de ter tranqüilidade para resolver até o mais simples dos problemas. Mas isso ocorre porque a pessoa saiu do Terreiro, mas não deixou de ser médium e continua recebendo influência do Astral. E se ela não continuar com suas responsabilidades em ter uma vida regrada, de conduta ilibata e não praticar a caridade de alguma forma, receberá maior influencia do Astral inferior, segundo a Lei das afinidades.
Que fique bem claro que não é o ingresso da pessoa ou a sua permanência na Umbanda, ou qualquer outra religião, que fará com que a vida da pessoa “ande pra frente” ou que todos os problemas dela se resolverão. Temos que ter a consciência de que é a sua conduta moral, seu desejo de praticar a caridade, de ajudar ao próximo, de buscar sua evolução é que será determinante se ela vai melhorar ou não, é uma questão de merecimento pessoal. A Umbanda através de um Terreiro sério lhe dará a oportunidade, o conhecimento e o meio, cabe a pessoa abraçar ou não.
 
6. É, mas uma vez eu ouvi um médium dizer que se ele abandonasse as entidades o castigariam? Isso é verdade?
Não, a entidade não faria isso. Certamente era o médium que em suas limitações de conhecimento entendia assim. Na verdade o que muito provavelmente aconteceria, se fosse em um Terreiro sério e com entidades sérias, a Entidade faria era aconselhar e alertar o médium quanto ao perigo que ele estaria sujeito ao abandonar a Umbanda ou seu compromisso mediúnico.
Entidade Protetora ou Guia, não bate ou castiga seu médium, ela respeita a sua opção e o livre arbítrio que lhe foi outorgado por Deus. Ele não tem ingerência sobre isso.
Como dito anteriormente, o médium ao se afastar do seu compromisso mediúnico ou do terreiro, não deixa de ser médium por isso, de acordo com o que faça da sua vida a partir daí é o que vai justificar sua nova condição, se fizer coisas boas continuará recebendo boas influências, mas se levar uma vida desregrada receberá influências negativas ou ruins.
A Umbanda, tão pouco seus guias e protetores, não têm função de nos punir e sim de orientar e amparar.
 
7. O que é um “guia de frente”?
É a entidade que chefia a coroa do médium, é representante direto de seu Orixá Regente. É responsável em comandar todas as entidades e guias que trabalhem na coroa do médium ela traz as orientações e ordens diretas do Orixá Regente. São também conhecidas como mentores. Em alguns terreiros pode ser também um Preto-velho ou um Caboclo.
 
8. Pode duas ou mais pessoas receber entidades com o mesmo nome?
Certamente que sim. Aliás isso é bastante comum de acontecer da mesma maneira que encontramos pessoas com o mesmo nome.
Podemos observar várias entidades se identificando como: Caboclo Rompe Mato, por exemplo, isso não quer dizer que é a mesma entidade ou o mesmo espírito, e sim entidades que trabalham em um mesmo campo vibracional.
Na verdade se paramos para pensar realmente, o nome é o menos deve importar, mas sim o grau de comprometimento com a caridade.
 
9. Como é o desenvolvimento de um médium Umbandista?
Embora esta questão seja bastante específica e a resposta varie de terreiro para terreiro, como a maioria das questões sobre ritualística e fundamentos, vejamos alguns pontos que devem ser observados.
a) É fundamental uma avaliação minuciosa do médium com relação a Umbanda e suas próprias aspirações. É de suma importância que ele esteja certo de que é isso que deseja para si e para sua vida, que entenda que a Umbanda é uma religião que o ajudará na sua evolução através da Caridade e não é para resolver seus problemas.
b) A casa que ele escolher para realizar este empreendimento deve estar o mais próximo do que ele acredite, entenda e queira para si. É fundamental que seja uma casa séria e comprometida com a caridade, ou seja, que seja realmente de Umbanda.
c) As diferentes ritualísticas da Umbanda servem exatamente para atender as diversas aspirações. Por isso antes de qualquer coisa ele deve freqüentar a assistência assiduamente, observar, envolver-se e estudar até ter certeza que ali é o seu lugar.
d) Cada casa tem um critério para se fazer parte da corrente, procure saber qual é. Ao entrar para a corrente deverá seguir rigorosamente as orientações do Dirigente e da Entidade chefe ou das pessoas a sua ordem.
e) Entender que nãos será umbandista dos portões para dentro do terreiro, mas sim de coração, corpo e alma. Deverá dedicar-se, educar-se, doutrinar-se seguindo as orientações recebidas, que sua conduta moral deverá ser constantemente vigiada.
f) Participar de todas as seções que esteja, abertas aos médiuns novos, estudar e se dedicar com afinco, buscando sempre melhorar seus pensamentos, desejos e vontades. Buscar constantemente a evolução espiritual e moral, para assim poder preparar o seu corpo e mente para ser um bom instrumento para as Entidades Protetoras e Guias.
Buscar tudo isso irá facilitar a incorporação e o desenvolvimento de sua mediunidade, se entregue de corpo e alma, sem medo. É essencial lembrar que é um momento de adaptação, onde tanto médium quanto entidade estarão se afinizando. Não tenha pressa, o tempo que você levará para incorporar, dar passes, dar consultas, só dependerá de você mesmo, de sua dedicação empenho e preparo seguindo as orientações que lhe forem passadas.
 
10. É verdade que homens que trabalham com entidades femininas são Gays ou podem se tornar?
Não, não é verdade. O que determina a preferência sexual de uma pessoa é ela mesma e não a entidade, aliás ninguém tem ingerência sobre este assunto, isso é um pensamento machista e preconceituoso, a Umbanda não coaduna com pensamentos retrógrados. Ninguém vira ou se torna homossexual, ou ela é ou não é, isso é uma característica dela e deve ser respeitado O médium é um medianeiro, um aparelho para a espiritualidade trabalhar pela expansão da caridade, assim sendo a entidade não interfere na personalidade do médium, senão todos que incorporarem Ogum serão guerreiros, e quem trabalha com todas as linhas sofre de personalidades múltiplas. Então se for assim mulheres também não podem trabalhar com entidades masculinas pois se tornarão lésbicas.
Temos que mudar esta mentalidade e acabar com o preconceito dentro dos Terreiros. A Umbanda tem lógica e coerência, o que deve realmente interessar não é a preferência sexual do indivíduo, mas o quanto de caridade e amor a pessoa tem para fazer e dar, o quão dedicado a espiritualidade ela o é, e o quão envolvido com o astral superior ela esteja.
 
11. Como funciona a hierarquia dentro de um terreiro de Umbanda?
Dentro de um terreiro de Umbanda deve existir organização e disciplina. E para manter essa organização e disciplina deve existir também um sistema hierárquico. Alguns Terreiros dividem-se em parte administrativa e espiritual.
A parte administrativa funciona como uma associação normal, com Presidente, Tesoureiro, Secretários e outros cargos que possam vir a serem úteis na composição de seu estatuto. Já a parte espiritual é comum ser dividida da seguinte forma:
a) Babalorixá e Ialorixá: São os Dirigentes do terreiro, o Sacerdote (Babalorixá) ou a Sacerdotisa (Ialorixá). É o Responsável espiritual por tudo que acontece nas gírias, antes, durante e depois. São também chamados de pais e mães-de-santo. Eles têm a função de cuidar e zelar espiritualmente do Terreiro e dos médiuns, orientar e dirigir os trabalhos abertos e fechados ao público. São os responsáveis em fazer cumprir as diretrizes estabelecidas pelo astral superior.
b) Pai Pequeno e Mãe Pequena: São as segundas pessoas na hierarquia de um terreiro. Tem como função auxiliar e substituir quando necessário o Babalorixá e a Ialorixá. Outras funções específicas variam de terreiro para terreiro.
c) Médiuns de Trabalho: São os médiuns que trabalham incorporados, cujas entidades já dão consulta e já passaram por todos os preceitos do terreiro, que também variam de Terreiro para Terreiro.
d) Médiuns em Desenvolvimento: São Médiuns que como o nome já diz, estão em desenvolvimento, ainda não passaram por todos os preceitos da casa. Em alguns Terreiros ele podem dar passes, já incorporam uma ou outra linha de trabalho, mas não são autorizados a dar consultas. Estão sendo preparados para tornarem médiuns de Trabalho. Ajudam no auxílio as entidades incorporadas.
e) Cambonos: São os responsáveis para auxiliar as entidades, esclarecer a assistência quanto as obrigações passadas, coordenar a entrada da assistência nas consultas e passes.
f) Curimbeiro, Tabaqueiro ou Ogã: É a pessoa responsável pela puxada dos pontos cantados e bater ou tocar o atabaque, quando utilizados pelo Terreiro. Sua função é a de ajudar na evocação das entidades e auxiliar a manter a agrégora positiva da Casa durante as seções.
Deixemos bem claro que todas as funções são importantes dentro da organização de um Terreiro e nenhuma é melhor ou pior que a outra, o respeito e a disciplina deve sempre ser elementos básicos da convivência entre todos, deve-se tomar muito cuidado com a vaidade e a inveja, sentimentos que devem ser sempre repudiados por todo e qualquer umbandista.
 
12. O que pode ou não dentro dos rituais praticados nos Terreiros serem considerados de Umbanda?
Podemos observar a enorme confusão que as pessoas fazem em relação ao que faz ou não parte dos rituais da Umbanda e o que faz um terreiro serem considerados de Umbanda.
Em primeiro lugar a premissa básica para que se determine que um terreiro seja UMBANDA é a caridade que se pratica no local. Não podemos confundir fundamentos com elementos de rito ou culto. Em primeiro lugar é fundamental estabelecermos algumas premissas básicas para o perfeito entendimento a respeito da diferenciação do que seja “fundamento” de “elemento de rito”.
Fundamento: é tudo que existe velado ou não, dentro do terreiro que “fundamenta” e direciona seus trabalhos. Estabelece suas linhas de força trabalhada e cultuada, assim como a missão da Casa. Ou seja, interfere e determina o resultado final dos trabalhos realizados. É estabelecido pelos Dirigentes espirituais. Exemplo: firmezas ou pontos de força estabelecidos no Gongá.
Elemento de Rito: é tudo que existe, velado ou não, presente ou não, que não interfere no resultado final dos trabalhos e nem na missão da Casa. É estabelecido pelo sacerdote.
Entendido isso vejamos então o que determina realmente se um terreiro é de Umbanda ou não?
a) Na umbanda o atabaque é elemento de rito, ou seja, a presença ou não do atabaque NÃO interfere no RESULTADO final do trabalho. A gira pode ficar, e fica mesmo, mais alegre, mais “vibrante”, mas o resultado final é o mesmo. As entidades incorporam e fazem seu trabalho da mesma maneira.
b) As roupas (saias rodadas, etc.) são elemento de rito, o fato de serem brancas é que é fundamento, ou seja, se as mulheres trabalham com “baianas” rodadas ou sem roda, ou de jalecos não interfere no resultado final do trabalho. As roupas coloridas podem ser usadas em giras festivas. Vai da preferência do sacerdote.
c) Sacrifício de animal não é fundamento e muito menos elemento de rito da umbanda, entretanto é e tem fundamento em outras religiões.
 
Esses simples exemplos servem apenas para ilustrar, pois é tão fácil e simples saber ou detectar se um terreiro é de umbanda ou não. Há caridade? Não há cobrança por trabalhos, consultas ou passes? Não há sacrifício de animais? Então é umbanda. Fácil, não? O resto, ou quase tudo, é elemento de rito.
 
13. Qual a necessidade ou a importância do uso de roupas brancas?
A “Roupa Branca” usada pelos médiuns nos rituais de Umbanda, deve ser tratada de maneira especial e usada exclusivamente para este fim.
Ela representa a pureza e a simplicidade, além do branco ser uma cor que absorve a vibrações mas não as retém.
 
14. Qual o objetivo dos banhos de ervas?
Tem ervas que são para descarrego, outras para energização e outras com ambas as funções, outras simplesmente preparatórias para algum tipo de trabalho.
Dependendo da necessidade o médium ou o consulente, tomará seu banho de ervas objetivando sempre uma boa harmonização com as forças da natureza, para a consecução dos objetivos propostos.
Os banhos de ervas necessitam de uma ritualística preparatória e não devem ser tomados indiscriminadamente, só devem ser tomados sob orientação da Entidade ou do Dirigente do Terreiro ou de pessoas a sua ordem, pois sem o conhecimento específico do problema e do objetivo a ser alcançado, o banho pode ter efeito contrário. Por exemplo se a pessoa tiver agitada demais não deverá tomar banho de ervas Ogum ou Iansã, pois poderá ficar mais agitada ainda.
 
15. Porque batemos a cabeça no gongá?
O “bater a cabeça” é um gestual que representa humildade e respeito, é uma ato de oferecimento de seu Ori (coroa), de reverencia e agradecimento à Coroa Regente da Casa e de pedido de benção.
 
16. E os colares na Umbanda?
Os “colares”, os quais chamamos de “guias”, são utilizados para auxiliar fixação da vibração do Orixá e tem a função de atração ou proteção.
Utilizar ou não, a quantidade de contas e quanto o tipo varia de Terreiro para Terreiro conforme a orientação da Entidade Chefe ou do Dirigente. Mas elas não devem ser compradas, pois devem ser preparadas pela própria pessoa segundo os preceitos de cada casa.
 
17. Na Umbanda não existe sacrifícios de animais? Mas já vi terreiros que praticam esses rituais, então eles não são Terreiros de Umbanda?
Não, não são terreiros de Umbanda. A Umbanda anunciada e fundada como culto pelo Caboclo das 7 Encruzilhadas não tem a prática de sacrificar animais.
O que precisa ficar bem claro é que Terreiro que pratica sacrifícios de animais, seja para iniciações, descarrego, oferendas ou qualquer outra coisa, não é um terreiro de Umbanda, mas sim outra forma de culto que não nos cabe discorrer sobre.
 
18. Porque fazer firmeza para Exús e Pombas-gira?
Exús e Pomba-giras são nossos guardiões e defensores dos ataques do astral inferior. Ao fazermos firmeza para eles estamos fornecendo pontos de energização e fixação de energia que visam a facilitar este trabalho.
 
19. Como é o trabalho de um Exú e uma Pomba-gira?
Como já vimos Exús e Pombas-gira trabalham para nossa defesa e proteção. Atuam nas regiões umbralinas ou onde sua presença se fizer necessária. São verdadeiros soldados do astral envolvendo os trabalhos de defesa com sua energia equilibradora.
 
20. Qual é a importância de uma gira de Exús?
As giras de exus servem para expurgar, descarregar, encaminhar, limpeza do terreiro, dos médiuns e de todos os trabalhos de desobsessão do mês.
Servem também para oportunizar a estas entidades maravilhosas, através da incorporação e da consulta, sua evolução e na busca de conselhos de assuntos mais de terra.
Não podemos esquecer que eles é que dão o primeiro combate contra as forças trevosas, são eles que nos defendem, que representam e levam as ordens dos enviados de orixás aos níveis mais baixos da crosta, são eles os executores dos kármas, que limpam, descarregam e atuam como elementos magísticos no desmanche de trabalhos de magia negra.
 
21. Porque algumas entidades na Umbanda bebem e fumam?
A Umbanda, seus médiuns, os espíritos que nela trabalham e, em particular, os espíritos que trabalham na linha de Exu são alvos de muitas críticas devido ao uso da bebida alcoólica e do fumo durante seus trabalhos.  Essas críticas baseiam-se no conhecimento, com o qual concordamos plenamente, de que o vício e a mediunidade responsável são incompatíveis.
Por isso, a Umbanda é comumente associada a espíritos ainda muito apegados à matéria e/ou a médiuns despreparados e de precária estrutura moral. É claro que temos entidades que por estarem em um plano ainda próximo ao da terra guardam os vícios de uma encarnação recente, bem como médiuns que se utilizam das entidades para se embriagarem. Mas isso não é regra, não é porque uma entidade bebe e fuma que ela é um espírito inferior, o fumo e a bebida também fazem parte da caracterização da entidade e ajuda na comunicação entre a entidade e consulentes que associando, por exemplo, um preto-velho que fuma cachimbo ou um Exu que bebe marafo como legítimos e, portanto, dignos de confiança e respeito.Muita das vezes, mesmo pessoas cultas podem levantar dúvidas quanto à legitimidade da comunicação mediúnica quando ela não envolve o uso desses instrumentos de caracterização da entidade (nos quais se incluem, também, a mudança de voz ou de postura física do médium, embora esses elementos tenham suas devidas funções, como se explicará melhor em outra oportunidade).  Essa caracterização das entidades é fundamentada em processos culturais desenvolvidos desde os tempos antigos e presentes no surgimento da Umbanda e facilitam que o médium iniciante reconheça e assimile a personalidade da entidade, permitindo que a entidade se expresse sem maior influência da sua personalidade, já que o médium se torna mais flexível a uma realidade psíquica estranha à sua.
Dentro do conceito elemental, o fumo é uma defumação direcionada, que traz além do vegetal, os quatro elementos básicos (terra, água, ar e fogo) para trabalhos de magia prática. O Sopro por si só traz efeitos terapêuticos e espirituais muito valorosos e eficazes nos trabalhos de cura e limpeza, que somado ao poder das ervas é potencializado muitas vezes em resultados largamente vistos durante os trabalhos de Umbanda. Já o Álcool é do elemento água, provindo de um vegetal (a cana), que se sustenta na terra, altamente volátil no ar e considerado o "Fogo líquido", de fácil combustão. Tanto o Fumo quanto o Álcool são utilizados para desagregar energia negativa, queimar larvas e miasmas astrais, e no caso do Álcool para desinfetar e limpar no externo e no interno já que pode ser ingerido.
O fumo, Tabaco, o álcool são considerados um "Elemento de Poder", usados há milênios pelos povos indígenas, considerado sagrado com larga utilização em seus trabalhos de cura.Tudo que é sagrado traz o divino e as virtudes para nossas vidas, sempre que profanamos algo sagrado atraímos a dor e o vicio. Assim o mesmo tabaco e o álcool que cura em seu aspecto sagrado também vicia e traz a dor quando utilizado de forma profana.

O QUE É OBSESSÃO? QUEM SÃO OS OBSESSORES? COMO AGEM? O QUE OS ATRAI? COMO AFASTÁ-LOS?

O QUE É OBSESSÃO? QUEM SÃO OS OBSESSORES? COMO AGEM? O QUE OS ATRAI? COMO AFASTÁ-LOS?

OBSESSORES

Quem são?
São espíritos maus que, consciente e voluntariamente, assediam encarnados (ou desencarnados), procurando exercer sobre eles ação insistente, dominadora, que os pode prejudicar.

O que os leva a agir assim?

São vários os motivos:

O desejo de vingança. Com a perturbação que causam, querem fazer sofrer quem os feriu, pessoalmente ou a seus entes queridos, nesta ou em outra encarnação. O agressor de hoje é aquele mesmo que foi traído, ofendido, arruinado, morto e que, desejando fazer justiça com as próprias mãos, pretende submeter o desafeto a sofrimentos mil vezes acentuados.
Vítima de ontem, verdugo de hoje.
Vítima de hoje, verdugo de ontem.
Para usufruir alguma situação, por meio do obsidiado. Apegados a sensações materiais mas não dispondo mais de corpo físico para satisfaze-las, querem levar o encarnado a atos que lhes permitam usufruí-las; aproveitam e estimulam as tendências que o encarnado apresentar.
Ligação que mantêm com o obsidiado. São ligações profundas e desequilibrantes, que vêm desta ou de encarnações anteriores: paixões doentia, pacto, domínio de um e dependência de outro. Ex.: espírito querendo que o obsidiado retorne ao grupo religioso de que ambos participavam.
Por ser adversário do bem. Procuram agredir a pessoa ou grupo que se disponham a servir ao bem, ajudar ao próximo, divulgar a verdade.
As falanges obsessoras:
Constituem-se de espíritos inferiores e perversos que se organizam para revanche e domínio sobre encarnados e desencarnados, de um modo mais amplo e geral.

Hermínio C. Miranda, no seu livro Diálogo com as Sombras, indica alguns de seus participantes:

Dirigente das trevas. É aquele que comanda a ação de uma falange. Geralmente, fica oculto, embora exercendo a direção de tudo. Quando comparece à reunião de desobsessão é porque o trabalho do grupo desobsessivo está atingindo sua fase final. Então, como é de ação e comando, não tem paciência para dialogar, exige, ordena, ameaça, quer intimidar.
Planejador. Só planeja. Não expede ordens mas, sem ele, as trevas não teriam coordenação para as atividades.
Jurista. "Só" analisa o processo das vítimas e sentencia. Acha que distribui justiça.
Vingador. Não confia na justiça divina, ignora-a ou não tem paciência de esperar por ela; uniu-se à falange para tomar em suas mãos os instrumentos da justiça do "olho por olho, dente por dente".
Religioso. Apresenta-se falsamente como zeloso trabalhador de Cristo, empenhado na defesa da "sua" Igreja mas o que quer é continuar mantendo, mesmo no mundo espiritual, a posição de mando, destaque e privilégios, de que desfrutava na Terra, em nome da Igreja de Cristo. Às vezes, são meros fanáticos e, nesse caso, estão enganados e dominados pelas trevas.
Auxiliares da falange. Agem a mando dela e levados por diferentes motivos, tais como:
a) Estão subjugados e ameaçados de punição se não obedecerem;
b) Recebem algo em troca do que fazem (gozos, domínios, favores, privilégios dentro da falange e sobre os obsidiados);
c) Gostam do que fazem (maltratar, dominar), mesmo que não tenham nada de pessoal contra a vítima;
d) Pura inveja do bem-estar e felicidade dos obsidiados.
Magnetizadores e hipnotizadores. Dizem-se magos e feiticeiros. Agem com técnicas e recursos especiais, de sugestão e influenciação, de impregnação de substâncias e objetos. Basicamente, porém, os efeitos que possam causar serão sempre pela ação do pensamento e da vontade sobre os fluidos, efeitos que o pensamento e a vontade voltados para o bem podem evitar ou superar.

Como são, em verdade

Rancores, gritarias, desafios, violência, agressividade . . . São infelizes, a despeito de tudo que digam ou façam.
Querem o amor (que está sepultado em suas almas entre desesperanças e desenganos) mas temem confiar e novamente sofrer, e defendem-se na couraça do ódio, da agressão, da dureza de sentimentos.
No fundo, querem ser convencidos de seus erros para retomarem o caminho evolutivo que abandonaram há tempos, embora alguns receiem enfrentar as conseqüências do mal que já fizeram, enquanto outros não acreditam que possam ser perdoados e recomeçar.
Os Espíritos podem ver tudo que fazemos, porque estão constantemente nos rodeando. “Estamos cercados por uma nuvem de testemunha” como disse o apóstolo Paulo. Mas, só vêem aquilo que lhes interessa. Eles conhecem nossos mais secretos pensamentos, chegam a conhecer o que desejamos ocultar de nós mesmos. Os Espíritos levianos que nos rodeiam riem das pequenas peças que nos pregam e zombam das nossas falhas. Os Espíritos sérios se condoem dos nossos erros e procuram nos ajudar.
Os Espíritos influem em nossos pensamentos, de uma tal maneira, que, muitas vezes, são eles que nos dirigem.
Os nossos pensamentos chegam a se misturar com o pensamento dos Espíritos, nos causando uma incerteza, são duas idéias e se combaterem.

"Se um Espírito quiser agir sobre uma pessoa, dela se aproxima, envolve-a com o seu perispírito, como num manto; os fluidos se penetram, os dois pensamentos e as duas vontades se confundem e, então, o Espírito pode servir-se daquele corpo como se fora o seu próprio, faze-lo agir à sua vontade, falar, escrever, desenhar, etc. assim são os médiuns. Se o Espírito for bom, sua ação será suave e benéfica e só  fará boas coisas; se for mau, fará maldades; se for perverso e mau, ele o constrange, até paralisar a vontade e a razão, que abafa com seus fluidos, como se apaga o fogo sob um lençol d'água. Fá-lo pensar, falar e agir por ele; leva-o contra a vontade a atos extravagantes ou ridículos; numa palavra, o magnetiza e o cataleptiza moralmente e o indivíduo se torna um instrumento cego de sua vontade. Tal é a causa da obsessão, da fascinação e da subjugação, que se mostram em diversos graus de intensidade. O paroxismo da subjugação é geralmente chamado "possessão". Deve notar-se que, neste estado, muitas vezes, o indivíduo tem consciência do ridículo daquilo que faz, mas é constrangido a faze-lo, como se um homem mais vigoroso que ele o fizesse, contra a vontade, mover os braços, as pernas, a língua."   A.K.

A influência ocorre também durante o sono. Sem a proteção da armadura de carne que inibe as percepções espirituais das criaturas humanas, os obsessores conversam, à vontade com elas. “Dize-me como és e te direi com quem andas.”

OBSESSÃO: "É o domínio que alguns espíritos logram adquirir sobre certos pessoas. Nunca é praticado senão por espíritos inferiores que procuram dominar" (Livro dos Médiuns, Cap. 23 item 237)
"É a ação persistente que um espírito mal exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais." (O Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. 25, item 81).

Kardec classifica a obsessão em:  obsessão simples,  fascinação e  subjugação.

Obsessão simples é a mais comum, freqüente, e que poucas pessoas estão livres. Nesse tipo de obsessão o obsidiado permanece no pleno uso de suas faculdades mentais, conservando o discernimento, ele sabe que está errado nos absurdos em que incorre. Reconhece que sua conduta é irregular, não raro ridícula, como lavar repetidamente as mãos ou verificar à exaustão se trancou a porta ou desligou um aparelho elétrico. Numa conta de 2+2 ele sabe que o resultado é 4, mas ele debruça-se sobre a possibilidade de não ser esse o resultado. Diante de idéias infelizes acabamos envolvidos por perseguidores invisíveis que acentuam nossa infelicidade.
A fascinação é mais envolvente. Ela é desenvolvida por hábeis obsessores, estes não se limitam ao bombardeio de idéias infelizes. Atuando com sutileza e inteligência, tratam de convencer o obsidiado das fantasias que lhe sugerem. É como se o obsessor colocasse no obsidiado óculos com lentes desajustadas, confundindo-lhe a visão. O obsidiado numa conta de 2+2 ele não tem dúvida que o resultado da operação é 5.   A influência maior ocorre durante o sono.
A subjugação faz com que o obsidiado paralise a vontade e comece a agir segundo a vontade do obsessor. Impondo-lhe muitas vezes gemer, gritar, agoniar, desmaiar e desvarios absolutamente incontroláveis. Boa parcela dos alienados mentais que estagiam nos hospitais psiquiátricos são vítimas da subjugação. No Evangelho (Lucas, 9) tem uma passagem de um pai que roga a Jesus dizendo: “Mestre, suplico-te que vejas meu filho, porque é o único; um Espírito se apodera dele e, de repente, grita, e o atira por terra, convulsiona-o até espumar, e dificilmente o deixa, depois de o ter quebrantado.” Jesus afasta o espírito, e o menino livra-se do problema. A subjugação pode ser moral ou corporal. Na subjugação moral, o obsidiado é colocado muitas vezes em situações comprometedoras. Na subjugação corporal, o espírito atua sobre os órgãos materiais e provoca movimentos involuntários, podendo levar aos mais ridículos atos.
Na obsessão simples o indivíduo é perturbado por idéias infelizes.
Na fascinação o indivíduo se vê convencido delas.
Na subjugação pouco importa o que pensa. O obsessor controla seus movimentos, como uma marionete

A obsessão pode ser de:


Encarnado para encarnado: que são as pessoas carismáticas, que podem usar este carisma para o Bem, mas infelizmente podem também usar para o mau, como: Hitlher, casais ciumentos, filhos que se submetem aos pais, pais que se submetem aos filhos, oradores religiosos, etc.
Encarnado para desencarnado: as vezes vemos uma pessoa que bebe e dizemos que ele é um coitadinho porque ele é dominado pelo espírito, mas não é bem assim, ele atrai o espírito porque ele bebe, portanto, é ele o obsessor do desencarnado; ou então, aqueles que evocam os desencarnados quando falam neles com ódio, rancor, com saudades, etc.
Desencarnado para desencarnado: são os espíritos que dominam outros espíritos, obrigando-os a obsedar os encarnados, fazer favores constrangedores, etc.
Desencarnado para encarnado: ler página 66, item: "O que os leva a agir assim?"
Auto-Obsessão: o paciente apresenta estado mental doentio, idéia fixa em alguma coisa, manias, cacoetes, atitudes estranhas, recalques, complexos diversos, delírios e alucinações. Aqui, é o paciente o responsável por toda a sintomatologia e as causas residem nas dificuldades da vida, na educação mal conduzida, nas influências do meio ambiente, nos estados de desnutrição, nos distúrbios emocionais e, sobretudo, nas causas anteriores, de vidas passadas, gravadas no arquétipo do paciente, que se acha lesado ou dessintonizado. O perispírito é o corpo do espírito, o que lhe dá a forma humana e que grava indelevelmente todos os atos e pensamentos do ser humano. Na união com o corpo, no processo da reencarnação, todas as falhas do perispírito tendem a exercer influência mais ou menos acentuada, tanto na área psíquica como física do paciente. Comumente agem como fatores desencadeantes o remorso ou a falta de ambientação à nova vida e a não-aceitação da personalidade atual. Inconscientemente há retorno ao passado, cujos acontecimentos se acham arquivados no perispírito e a vivência deste passado, que se torna presente, leva com freqüência ao isolamento, ao autismo e a um tipo de vida em desacordo com o habitual do paciente. Várias entidades nosológicas (que classificam as doenças) da Psiquiatria atual se acham enquadradas nesse item. 
"O homem não raramente é o obsessor de si mesmo"  disse Allan Kardec - Obras Póstumas.
Tal coisa, porém, bem poucos admitem. A grande maioria prefere lançar toda a culpa de seus tormentos e aflições aos Espíritos, livrando-se segundo julgam, de maiores responsabilidades.
Kardec vai mais longe e explica: "Alguns estados doentios e certas aberrações que se lançam à conta de uma causa oculta, derivam do Espírito do próprio indivíduo." Tais pessoas estão ao nosso redor. São doentes da alma. Percorrem os consultórios médicos em busca do diagnóstico impossível para a medicina terrena. São obsessores de si mesmos, vivendo em passado do qual não conseguem fugir. No porão de suas recordações estão vivos os fantasmas de suas vítimas, ou se reencontram com os a quem se acumpliciaram e que, quase sempre, os requisitam para a manutenção do conúbio degradante de outrora.
Esses, os auto-obsidiados graves e que se apresentam também subjugados por obsessões lamentáveis. São os inimigos, as vítimas ou os comparsas a lhes baterem às portas da alma.
Mas existe também aqueles que portam auto-obsessão sutil, mais difícil de ser detectada. É, no entanto, moléstia que está grassando em larga escala atualmente.
Um médico espírita disse-nos, certa vez, que é incalculável o número de pessoas que comparecem aos consultórios, queixando-se dos mais diversos males - para os quais não existem medicamentos eficazes - e que são tipicamente portadores de auto-obsessão. São cultivadores de "moléstias fantasmas". Vivem voltados para si mesmos, preocupando-se em excesso com a própria saúde (ou se descuidando dela), descobrindo sintomas, dramatizando as ocorrências mais corriqueiras do dia-a-dia, sofrendo por antecipação situações que jamais chegarão a se realizar, flagelando-se com o ciúme, a inveja, o egoísmo, o orgulho, o despotismo (prepotência, opressão) e transformando-se em doentes imaginários, vítimas de si próprios, atormentados por si mesmos.
Esse estado mental abre campo para os desencarnados menos felizes, que dele se aproveitam para se aproximarem, instalando-se aí sim, o desequilíbrio por obsessão.

(Do livro: Obsessão/Desobsessão, de Suely Caldas Schubert)


CONCLUSÃO:
 Os maus espíritos não vão senão onde acham com o que satisfazerem a sua perversidade; para afastá-los, não basta pedir-lhes nem mesmo ordenar: é preciso despojar de nós o que os atrai. Os maus espíritos farejam as chagas da alma, como as moscas farejam as chagas do corpo; do mesmo modo que limpamos o corpo para evitar a bicheira, limpemos também a alma de suas impurezas para evitar os maus espíritos.
Jesus quando expulsava o “demônio” dizia: “Vá, e não peques mais”; ou seja, “vá e não erre mais”,para não atrair novamente estes “demônios.”
Nas sessões de descarrego, nas casas “Evangélicas”, o Espírito é afastado porque as pessoas erguem as mãos, dizendo: “sai demônio”. Não é pelo grito ou ordem que ele se afasta, mas sim porque das mãos das pessoas saem magnetismo, e o Espírito não consegue ficar ali. Só que este Espírito voltará, enquanto não limparmos a casa (mental) das coisas ruins.
Em Lucas cap. 11, v. 24 a 27 diz: “Quando um espírito mau sai de um homem, fica vagando em lugares desertos à procura de repouso, e não encontra. Então diz: ‘Vou voltar para a casa de onde saí.’ Quando ele chega, encontra a casa vazia, varrida e arrumada. Então ele vai, e traz consigo outros sete espíritos piores do que ele. Eles entram e moram aí; no fim, esse homem fica em condições pior do que antes. É o que vai acontecer com esta geração má.” Se limparmos da nossa casa as coisas boas, certamente ficarão as ruins. Assim, a casa estará de acordo com o gosto de certos Espíritos.
Um Espírito perverso, ignorante, numa sessão de descarrego, sendo xingado, imaginemos qual será a reação dele . . .  Geralmente ele irá querer revidar. Se nós discutirmos com o Espírito, nós estaremos entrando na sintonia dele. A autoridade que devemos ter é a autoridade moral. Temos que falar com energia, porém, com amor. Respeitando seus sentimentos. Quem nos garante que não fomos, ou não somos obsessores?
Na verdade, o obsessor não é nosso inimigo, ele é nosso amigo. Porque pede reforma, boa conduta, amor. Ele, indiretamente, nos leva a vigiar nossos pensamentos, sentimentos, palavras e atos, “para não cairmos em tentação.” Ele é como o médico que nos pede um regime, para que nos curemos ou controlemos uma doença. O regime é chato, duro, mas necessário para uma boa saúde. Ele é uma pessoa que de alguma forma está reivindicando amor, coisa que faltou no passado. Por isso, ele age como uma criança que bate o pé e quer ser amado.
O obsedado não é o coitadinho, ele é o culpado. O obsessor, evidentemente, é alguém que não conseguiu perdoar, e que deve ter sofrido muito nas mãos dessa pessoa. Então, ele vem com o propósito de se vingar. Emmanuel diz que não existem “coitados”, existem “culpados”.
Mas, este “demônio”, nada mais é que nosso irmão. Não é um arcanjo que se rebelou. Se fomos criados simples e ignorantes, como dizem os Espíritos, prova que todos nós temos a mesma criação. Allan Kardec fala que desde o átomo até o arcanjo, ou seja, todos nós passamos pela mesma fieira evolucionista. Ninguém foi criado para o mal, e nem perfeito como os anjos.
Nós, durante a caminhada erramos, uns mais outros menos. Podemos ficar um longo período dentro do erro, mas um dia teremos que sair dele.
Criar um Espírito com este poder tão grande que pode enfrentar Deus, será tirar todo poder de Deus, seria pôr um igual a Ele. Seria um combate eterno entre Deus e o Diabo, o que seria um absurdo.
Diabo é um símbolo, é uma luta entre o bem e o mal, simbolicamente falando.
Agora, “diabinho” somos todos, porque até alcançarmos uma evolução maior, temos uma ligeira tendência, uns mais outros menos. E através da reencarnação vamos nos depurando, e aprendendo que vale a pena ser Bom.



Compilação de Rudymara
 

É fácil afastar um obsessor ?


É FÁCIL AFASTAR UM OBSES

Nem sempre é fácil afastar um obsessor. Veja esta história:
O médium Divaldo Pereira Franco, em uma de suas palestras, narra o caso de um obsessor que o perseguiu anos a fio. Divaldo nos conta que tentou todas as formas de prece e de doutrinação para tentar ajudar aquele irmão sofredor, mas nada surtia o efeito desejado. Até que um dia, um dos membros da Mansão do Caminho (instituição modelo, criada e presidida por Divaldo Franco, que abriga crianças órfãs), foi chamá-lo porque uma criança recém-nascida foi encontrada na lata de lixo. Divaldo correu até o local e, no momento em que subia as escadas com a criança nos braços, o irmão obsessor se fez visível no alto da escada e perguntou a ele:
-           Você ama essa criança feia e suja dessa jeito?
Divaldo respondeu:
-           Ainda não amo, mas pretendo aprender a amá-la.
Prosseguiu o irmão desencarnado:
-          Então, a partiu de agora, eu vou deixar você em paz, porque essa criança é minha mãe.

Observação: Os Espíritos amigos tiveram que atingir as fibras mais íntimas do obsessor para que ele se comovesse e deixasse Divaldo em paz.
 
Que o Senhor nos fortaleça para nós não cairmos na tentação (de ouvir sugestões de espíritos obsessores) e para que estejamos livres do mal (que esteja dentro de nós dando condições para estes atuarem), agora e sempre. Assim seja!
 



O QUE É OBSESSÃO? QUEM SÃO OS OBSESSORES? COMO AGEM? O QUE OS ATRAI? COMO AFASTÁ-LOS?
                                               

FAZER O EVANGELHO NO LAR SOZINHO.

FAZER O EVANGELHO NO LAR SOZINHO


Tem algum sentido fazermos Evangelho no Lar sozinho, sem a companhia de amigos ou familiares?


Vai abaixo uma bela história do Chico Xavier que responde a pergunta.

Em meados de 1932, o "Centro Espírita Luiz Gonzaga" estava reduzido a um quadro de cinco pessoas, José Hermínio Perácio, D. Carmen Pena Perácio, José Xavier, D. Geni Pena Xavier e o Chico.
Os doentes e obsidiados surgiram sempre, mas, logo depois das primeiras melhoras, desapareciam como por encanto. Perácio e senhora, contudo, precisavam transferir-se para Belo Horizonte por impositivos da vida familiar.
O grupo ficou limitado a três companheiros. D. Geni, porém, a esposa de José Xavier, adoeceu e a casa passou a contar apenas com os dois irmãos.
José, no entanto, era seleiro e, naquela ocasião, foi procurado por um credor que lhe vendia couros, credor esse que insistia em receber-lhe os serviços noturnos, numa oficina de arreios, em forma de pagamento. Por isso, apesar de sua boa vontade, necessitava interromper a frequência ao grupo, pelo menos, por alguns meses.
Vendo-se sozinho, o Médium também quis ausentar-se.
Mas, na primeira noite, em que se achou a sós no centro, sem saber como agir, Emmanuel apareceu-lhe e disse:

- Você não pode afastar-se. Prossigamos em serviço.
- Continuar como? Não temos frequentadores...
- E nós? - disse o espírito amigo. - Nós também precisamos ouvir o Evangelho para reduzir nossos erros. E, além de nós, temos aqui numerosos desencarnados que precisam de esclarecimento e consolo. Abra a reunião na hora regulamentar, estudemos juntos a lição do Senhor, e não encerre a sessão antes de duas horas de trabalho.

Foi assim que, por muitos meses, de 1932 a 1934, o Chico abria o pequeno salão do Centro e fazia a prece de abertura, às oito da noite em ponto. Em seguida, abria o "Evangelho Segundo o Espiritismo", ao acaso e lia essa ou aquela instrução, comentando-a em voz alta.
Por essa ocasião, a vidência nele alcançou maior lucidez. Via e ouvia dezenas de almas desencarnadas e sofredoras que iam até o grupo, à procura de paz e refazimento. Escutava-lhes as perguntas e dava-lhes respostas sob a inspiração direta de Emmanuel.
Para os outros, no entanto, orava, conversava e gesticulava sozinho...
E essas reuniões de um Médium a sós com os desencarnados, no Centro, de portas iluminadas e abertas, se repetiam todas as noites de segundas e sextas-feiras.