terça-feira, 6 de outubro de 2015
Como se deverá comportar o espiritista perante a política do mundo?
–Como se deverá comportar o espiritista perante a política do mundo?
_O sincero discípulo de Jesus está investido de missão mais sublime, em face
da tarefa política saturada de lutas materiais. Essa é a razão por que não deve
provocar uma situação de evidência para si mesmo nas administrações
transitórias do mundo. E, quando convocado a tais situações pela força das
circunstâncias, deve aceita-las não como galardão para a doutrina que professa,
mas como provação imperiosa e árdua, onde todo êxito é sempre difícil. O
espiritista sincero deve compreender que a iluminação de um mundo,
salientando-se que a tarefa do Evangelho, junto das almas encarnadas na
Terra, é a mais importante de todas, visto constituir e consolar e instruir, em
Jesus, para que todos mobilizem as suas possibilidades divinas no caminho da
vida. Trocá-la por um lugar no banquete dos Estados é inverter o valor dos
ensinos, porque todas as organizações humanas são passageiras em face da
necessidade de renovação de todas as fórmulas do homem na lei do progresso
universal, depreendendo-se daí que a verdadeira construção da felicidade geral
só será efetiva com bases legítimas no espírito das criaturas.
61 –Como devemos encarar a política do racismo?
-Se é justo observarmos nas pátrias o agrupamento de múltiplas coletividades,
pelos laços afins da educação e do sentimento, a política do racismo deve ser
encarada como erro grave, que pretexto algum justifica, porquanto não pode
apresentar base séria nas suas alegações, que mal encobrem o propósito
nefasto de tirania e separatividade.
62 –O “não matarás” alcança o caçador que mata por divertimento e o carrasco que
extermina por obrigação?
-À medida que evolverdes no sentimento evangélico; compreendereis que todos
os matadores se encontram em oposição ao texto sagrado.
No grau dos vossos conhecimentos atuais, entendeis que somente os
assassinos que matam por perversidade estão contra a lei divina. Quando
avançardes mais no caminho, aperfeiçoando o aparelho social, não tolerareis o
carrasco, e, quando estiverdes mais espiritualizados, enxergando nos animais
os irmãos inferiores de vossa vida, a classe dos caçadores não terá razão de
ser.
Lendo, os nossos conceitos, recordareis os animais daninhos e, no íntimo,
haveis de ponderar sobre a necessidade do seu extermínio. É possível, porém,
que não vos lembreis dos homens daninhos e ferozes. O caluniador não
envenena mais que o toque de uma serpente? Com frieza a maquinaria da
guerra incompreensível não é mais impiedosa que o leão selvagem?...
Ponderemos essas verdades e reconheceremos que o homem espiritual do
futuro, com a luz do Evangelho na inteligência e no coração, terá modificado o
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