Respostas às questões propostas
1. Por que a algumas pessoas é concedida a faculdade mediúnica?
R.:
A mediunidade é, na maioria das vezes, um dom que o Espírito pede
diante da sua necessidade de, uma vez encarnado, se conscientizar de
forma indelével de sua condição de Espírito eterno. Esse dom é também
instrumento de agilização do seu progresso espiritual. Eis por que a
faculdade mediúnica é concedida a determinadas pessoas.
2. Quais são os sintomas precursores da mediunidade?
R.:
Os sintomas que anunciam a mediunidade variam ao infinito. Martins
Peralva os enumera: reações emocionais insólitas, calafrios e mal-estar,
sensação de enfermidade, irritações estranhas... Algumas vezes, porém,
pode a faculdade mediúnica eclodir sem nenhum sintoma, espontânea,
exuberante. É por isso que a paciência, a perseverança, a boa vontade, a
humildade, o estudo e o trabalho constituem fatores de extrema valia na
educação e no desenvolvimento da faculdade mediúnica.
3.
Por que a maioria dos médiuns, sobretudo no início das suas tarefas na
mediunidade, se envolve com problemas diversos ligados às suas
faculdades?
R.:
Esse fato não é difícil de compreender, uma vez que vivemos em um mundo
de expiações e provas, habitado por seres encarnados e desencarnados
com os quais nos afinizamos e em quem predomina a imperfeição moral,
expressa na forma de inveja, ciúme, ódio, despeito, vingança e tantos
outros filhos do orgulho e da ignorância. São as vibrações decorrentes
dessas imperfeições que o médium iniciante, com a sensibilidade
ampliada, passa a sentir, sem ter ainda condições de lhes oferecer
resistência, o que lhe virá posteriormente com o trabalho nobre, a
perseverança no bem, o estudo sério, a oração e a vigilância.
4. Os médiuns, em sua generalidade, podem ser considerados missionários na acepção comum do termo?
R.:
Não. Embora existam no mundo médiuns que vieram ao orbe com tarefas
importantes definidas, os médiuns não são, em sua generalidade,
missionários na acepção comum do termo. São almas que fracassaram
desastradamente, que contrariaram sobremaneira o curso das leis divinas e
que resgatam seu passado obscuro e delituoso, sob o peso de severos
compromissos e ilimitadas responsabilidades, como informa Emmanuel em
seu livro “Emmanuel”, que Chico Xavier psicografou.
5. Por que a existência de muitos médiuns é pontilhada de dificuldades, provações e desventuras?
R.:
Conforme foi dito na resposta anterior, os Espíritos que fracassaram no
passado, uma vez arrependidos, procuram arrebanhar todas as felicidades
que perderam, reorganizando, com sacrifícios, tudo quanto esfacelaram
nos seus instantes de criminosas arbitrariedades e de condenável
insânia. Eis por que as existências de muitos médiuns constituem-se, de
um modo geral, em romances dolorosos, em vidas de amargurosas
dificuldades, em histórias repletas de provações, continências e
desventuras.
Bibliografia:
O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, itens 200, 205 e 210.
O Consolador, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, questão 383.
Emmanuel, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, pp. 66 e 67.
Encontro Marcado, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, p. 133.
Mediunidade e Evolução, de Martins Peralva, pp. 19 a 21.
Dimensões da Verdade, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco, pp. 19 a 21
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