sexta-feira, 24 de maio de 2013

Os DRAGÕES!( Espirita)

que se "vegetalizavam"... Esbocei um pensamento est
ranho. Orcus imediatamente,
lendo-me
as imagens mentais, esclareceu:
— Realmente, meu caro, há os que se precipitaram na
s formas vegetais e vivem agora
aprisionados no que se poderia chamar de inércia ap
arente... São corações aflitos e
inteligências que foram caindo, caindo,
e
atingindo a inconsciência começaram a
percorrer
para trás a
escala da evolução... Irão até
o
mineral e descerão um pouco mais. Nessa
ocasião poderão sofrer uma espécie de explosão atôm
ica que desagregará o próprio ser.
Dizemos explosão atômica como quem usa expressão já
inteligível na Terra. Na realidade é
uma desagregação intercelular mas tão distante de u
ma explosão atômica como a velocidade
do som para a velocidade da luz. Estaquei assombrad
o.
— Já sei o que está pensando — colaborou Orcus — is
so não acontece!
Eu não dissera nada mas a percepção do Espírito era
muito viva.
— O centro da consciência que constitui o verdadeir
o ser eterno não se desagrega
mas volta a um estado tão grande de inconsciência q
ue é como se não existisse como ser
dotado de possibilidades divinas. É certo que um di
a retornará na viagem de volta como
quem cansado da permanência no quase nada reinicias
se a conquista de Deus. Há no
Universo correntes de vida que arrastam para baixo
ou para cima, para dentro ou para
fora, para o ser ou para o não ser. Evoluir é conqu
istar graus cada vez mais adiantados de
consciência. E conquistar graus de consciência é si
mplesmente conhecer-se a si mesmo.
Tinha razão o "Velho Sócrates..."
Percebi que Orcus me fazia grandiosas revelações e
que um impulso novo me
conduzia pelos caminhos do Conhecimento.
10 - O Dragão
Percebi que à proporção que penetrávamos no Império
Terrestre uma terrível
angústia tentava dominar-nos o coração. Ao mesmo te
mpo sentia que forças de mais
alto, talvez as irradiações de Gabriel, auxiliavam-
nos na marcha.
Ali, não me sentia agora tão seguro como antes. Tud
o que nos rodeava parecia ter
vida e dentro de cada
pedra ou no interior de cada acidente do caminho es
tranhas formas sepultadas ansiavam por
se comunicar conosco.
Orcus estava sereno. Eu, porém, submetido àquelas i
mpressões desconcertantes,
arrastava-me um pouco aturdido como se névoas esqui
sitas invadissem-me a mente.
Orcus passou-me a mão delicada sobre a testa e diss
e:
Nada tema. O que sente é a aproximação cada vez mai
s intensa dos olhos do Dragão.
Dragão? Quem é o Dragão? balbuciei.
Meu filho, em todas as épocas da humanidade, o Drag
ão simbolizou as forças do mal
ou a legião de seres revoltados que lutam contra Je
sus. Não se recorda de Satanás? É o mesmo
símbolo. No entanto, aqui nós encontramos realmente
figuras que representam o Dragão que
se opõe a Deus. Há sempre no fundo da Terra um Drag
ão que domina o Império dos Dragões
mas isto não é somente na Terra, em todos os mundos
de vibração semelhante à Terra existem
os filhos do dragão ou seja aqueles que não querem
aceitar a lei de Deus e só evoluem sob a
força compulsória da mesma Lei.
Mas existe então nesta região um ser que se diz o D
ragão?
Existe, grande, enorme e terrível. É possível que v
ocê o veja e que também conheça
os seus filhos.
Calei-me. Um silêncio sem limites tomara conta de m
inha alma. Olhei para o alto e,
estarrecido, verifiquei que Gabriel era apenas um p
onto luminoso na distância, como uma
estrela em pleno firmamento

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