domingo, 1 de novembro de 2015

Comportamento e Vida

Comportamento e Vida

Autor: Manoel Philomeno de Miranda (espírito)

O fatalismo biológico, estabelecido 
mediante as
conquistas pessoais de cada indivíduo, 
não é
definitivo em relação à data da sua 
morte.

A longevidade como a brevidade da 
existência
corporal, embora façam parte do 
programa
adrede estabelecido para cada homem, 
alteram-
se para menos ou para mais, de acordo 
com o
seu comportamento e do contributo que 
oferece
à aparelhagem orgânica para a sua 
preservação
ou desgaste.

Necessitando de um período de tempo em 
cada
existência física para realizar a 
aprendizagem
evolutiva em cujo curso está inscrito, 
o Espírito
tem meios para abreviar-lhe ou 
ampliar-lhe o
ciclo, mediante os recursos de que 
dispõe e são
facultados a todos.

É óbvio que o estróina desperdiça 
maior quota de
energias, impondo sobrecargas 
desnecessárias
aos equipamentos fisiológicos, do que 
o
indivíduo prudente.

As ocorrências que lhes sucedam têm as 
suas
causas no comportamento que se 
permitem.

Igualmente, a forma de desencarnar, 
sem fugir
ao impositivo do destino que é de 
construção
pessoal, resulta das experiências que 
são vividas.
O homem imprevidente e precipitado,
desrespeitador dos códigos de lei 
estabelecidos,
toma-se fácil presa de infaustos 
acontecimentos,
que ele mesmo se propicia como efeito 
da
conduta arbitrária a que se entrega.

Acidentes, homicídios, intoxicações, 
desastres de
vários tipos que arrebatam vidas, 
resultam da
imprevidência, da irresponsabilidade, 
do orgulho
dos que lhes são vitimas, na maioria 
das vezes e
no maior número de acontecimentos.

Devendo aplicar a inteligência e a 
bondade como
norma de conduta habitual, grande 
parte das
criaturas prefere a arrogância, a 
discussão acesa,
o desrespeito ao dever, a negligência, 
tornando-
se, afinal, vitimas de si mesmas, 
suicidas
indiretas.

Nos autocídios de ação prolongada ou 
imediata,
a responsabilidade é total daqueles 
que tomam a
decisão infeliz e a levam a cabo, 
inspirados ou
não por Entidades perversas com as 
quais
sintonizam.

Derrapando em comportamentos 
pessimistas a
que se aferram, a atitudes agressivas 
nas quais
se comprazem, na fixação de idéias 
tormentosas
em que se demoram, em ambições 
desenfreadas
e rebeldia sistemática, a etapa final, 
infelizmente,
não pode ser outra. Com o gesto que 
supõem de
libertação, tombam, por largos anos de 
dor, em
mais cruel processo de recuperação e 
desespero,
para que aprendam disciplina e 
submissão contra
as quais antes se rebelaram.

Depreende-se, portanto, que o 
comportamento
do homem a todo instante contribui de 
maneira
rigorosa para a programação da sua 
vida.

São de duas classes as causas que 
influem na sua
existência, dentro do determinismo da 
evolução
humana: as próximas, desta 
reencarnação, na
qual se movimenta, e as remotas, que 
procedem
das ações pretéritas. Estas últimas 
estabeleceram
já os impositivos de reparação a que o 
indivíduo
não pode fugir, amenizando-os ou 
vencendo-os
através de atuais ações do rumor, que 
promovem
quem as vitaliza e aquele a quem são 
dedicadas.
As primeiras, no entanto, as da 
presente
existência, vão gerando novos 
compromissos
que, se negativos, podem ser atenuados 
de
imediato por meio de atitudes opostas, 
e, se
positivos, ampliados na sua aplicação.

O tabagismo, o alcoolismo, a 
toxicomania, a
sexolatria, a glutonaria, entre outros 
fatores
dissolventes e destrutivos, são de 
livre opção
anual, não incursos no processo 
educativo de
ninguém. Quem, a qualquer deles se 
vincula,
padecer-lhe-á, inexoravelmente, o 
efeito
prejudicial, não se podendo queixar ou 
aguardar
solução de emergência.

O tabagismo responde por cárceres de 
várias
procedências, na língua, na boca, na 
laringe, por
inúmeras afecções e enfermidades 
respiratórias,
destacando-se o terrível enfisema 
pulmonar.
Todo aquele que se lhe submete à 
dependência
viciosa, está incurso, 
espontaneamente, nessa
fatalidade destruidora, que não estava 
no seu
programa e foi colocada por 
imprevidência ou
presunção.

O alcoolismo é gerador de distúrbios 
orgânicos e
psíquicos de inomináveis 
conseqüências,
gerando desgraças que, de forma 
nenhuma
deveriam suceder. É ele o 
desencadeador da
loucura, da depressão ou da 
agressividade, na
área psíquica, sendo o responsável por 
distúrbios
gástricos, renais e, principalmente, 
pela
irreversível cirrose hepática. Seja 
através da
aguardente popular ou do whisky 
elegante, a
alcoolofilia dízima multidões que se 
lhe
entregam espontaneamente.

A toxicomania desarticula as sutis 
engrenagens
da mente e desagrega as moléculas do
metabolismo orgânico, lesando vários 
órgãos e
alucinando todos quantos se comprazem 
nas
ilusões mórbidas que dizem viver, não 
obstante
de breve duração. Iniciada a 
dependência que se
fez espontânea, desdobrara-se à frente 
longos
anos, numa e noutra reencarnação, para 
que
sejam reparados todos os danos que 
poderiam
ter sido evitados quase sem esforço.

A sexolatria gera distonias 
emocionais, por
conduzir o indivíduo ao reduto das 
sensações
primitivas, mantendo-os nas áreas do 
gozo
insaciável, que o leva à exaustão, a 
terríveis
frustrações na terceira idade, se a 
alcança, e a
depressões sem conta pelo descalabro 
que
desorganiza o corpo e perturba a 
mente. Além
desses, são criados campos de 
dificuldade
afetiva, de responsabilidade emocional 
com os
parceiros utilizados, estabelecendo-se
compromissos desditosos para o 
Ii1turo.

A glutoneria, além de deformar a 
organização
física, é agente de males que 
sobrecarregam o
corpo produzindo contínuas distinções
gastrointestinais, dispepsias, acidez, 
ulcerações,
alienando o homem que vive para comer, 
quando
deveria, com equilíbrio, comer para 
viver.

São muitos os agentes dos infortúnios 
para o
homem, que ele aceita no seu 
comportamento,
afetando-lhe a vida.

Entretanto, através de outras atitudes 
e conduta
poderia preserva-la, prolongá-la, dar-
lhe beleza,
propiciando-lhe harmonia e felicidade.

Além de atingir aquele que elege esta 
ou aquela
maneira de agir, os resultados 
alcançam os
descendentes que, através das heranças
transmissíveis, conforme as suas 
necessidades
evolutivas, as experimentarão.

O comportamento do Espírito, no corpo 
ou fora
dele, é responsável pela vida, 
contribuindo de
maneira eficaz na sua programática, 
igualmente
interferindo na conduta do grupo em 
que se
movimenta e onde atua, como dos 
descendentes
que de alguma forma se lhe vinculam.

As ações corretas prolongam a 
existência do
corpo e promovem o equilíbrio da 
mente,
enquanto as atribuladas e agressivas 
produzem o
inverno.

Nunca será demasiado repetir-se que, 
assim
como o homem pensa e age, edificará a 
sua
existência, vivendo-a de conformidade 
com o comportamento elegido.

Psicografia de Divaldo Franco. Livro: 
Temas da Vida e da Morte

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