terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Obaluaye Omulu ( Umbanda)

“Não é suficiente a simples adesão a qualquer seita religiosa ou filosofia admiravelmente superior para obter-se a desejada solução terapêutica pois, se isso bastasse, também não sucumbiriam de câncer os sacerdotes, os bispos, os cardeais, as freiras, os pastores protestantes, os abalizados doutrinadores espíritas, os sisudos teosofistas, os sentenciosos chefes de terreiros ou líderes entusiastas dos modernos movimentos espiritualistas ecléticos.”
A criatura que se entrega definitivamente ao exercício dos postulados salvadores do Cristo, decidida a conhecer sincera e devotadamente o processo cármico que retifica os desvios do espírito e a oportunidade abençoada da reencarnação, que é ensejo de recuperação do tempo perdido, há de ser naturalmente despreocupada da doença e da morte. Desde que o sofrimento puri­fica e a morte liberta o espírito da carne, não há razões, para ela, para a tortura do medo ou a angústia pelos dramas da vida humana transitória.
Embora o homem tenha o direito de procurar o alívio da dor e a cura da sua doença, quando ele conhece o objetivo ventu­roso da vida humana, criada por Deus, há de considerar a dor, a enfermidade ou o câncer como fases do processo abençoado que, através das várias reencarnações retificadoras, rompe as algemas do espírito preso à matéria.
Sem dúvida, pois existem indivíduos “não eletivos”, como os “eletivos” para o câncer. A diferença está em que os últimos produzem em si mesmos a condição psíquica implacável para a manifestação cancerígena, ante o armazenamento da carga morbosa no seu perispírito, gerada pelas imprudências pregressas. Buscando recursos na terminologia médica, diríamos que tais seres provocam uma “arritmia” psíquica, que termina por desorganizar-­lhes a justaposição harmoniosa das células construtoras do corpo físico. As toxinas do astral inferior, como produtos de desequilíbrio espiritual, tendem a baixar à carne sob a lei de gravitação astrali­na, dependendo apenas da oportunidade favorável, uma vez que se tornam cada vez mais virulentas quando permanecem estacionadas na tessitura delicadíssima do perispírito. Trata-se de espíritos que, ao se reencarnarem, são fatalmente eletivos ao câncer, pois este funciona como um remédio drástico que beneficia e purifica a alma faltosa.
Malgrado os apelos médicos e a profilaxia preventiva das campanhas e cruzadas contra o câncer, a sua redução depende fundamentalmente da cristificação consciente e desinteressada dos homens, constituindo-se renúncia deliberada contra os vícios e as paixões que violentam o eletronismo básico da organização física. Mas não é suficiente a simples adesão a qualquer seita religiosa ou filosofia admiravelmente superior para obter-se a desejada solução terapêutica pois, se isso bastasse, também não sucumbiriam de câncer os sacerdotes, os bispos, os cardeais, as freiras, os pastores protestantes, os abalizados doutrinadores espíritas, os sisudos teosofistas, os sentenciosos chefes de terreiros ou líderes entusiastas dos modernos movimentos espiritualistas ecléticos. Nenhuma droga farmacêutica, nenhum processo cirúrgico, nenhuma aplicação de radioterapia, poderá extinguir prematu­ramente o morbo cancerígeno, cujas raízes enfermiças aprofun­dam-se no terreno cultivado pelos desatinos pregressos da alma — a grande esquecida de todos os tempos!
A cura psíquica conseguida pela renovação espiritual do homem há de se processar “de dentro para fora”, entre as reencarnações sucessivas, quantas forem necessárias a retificação do espírito faltoso diante das Leis Divinas…
Ramatís – Fisiologia da Alma.
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Em rude analogia, diríamos que os pecados exigem combustível pesado, de odor desagradável e resíduo denso, algo semelhante ao óleo cru usado nos motores de explosão, enquanto as virtudes requerem apenas energia sublimada, de fácil volatilização, tal qual o motorzinho elétrico, que se move com a carga de 110 volts sem deixar vestígios residuais.
Isso também sucede de modo algo parecido com o residual fluídico inferior, que resulta dos pecados do homem, quando, depois de imantar-se à tessitura apurada do perispírito, precisa ser expurgado para a carne. No entanto, a energia dos fluidos ou vibrações emitidas pelas virtudes como o amor, a ternura, a alegria, a mansuetude, a humildade, o perdão, o altruísmo, a benevolência, a filantropia, a castidade e outras, não deixam no perispírito quaisquer resíduos que precisem ser drenados para o corpo, sob o processo doloroso das enfermidades. Já o fluido grosseiro e hostil, procedente dos instintos da vida animal, torna-se virulento; e depois, quando baixa para a carne, aloja-se na pele causando chagas, afecções cutâneas ou eczemas; e se, no seu curso mórbido, depara com órgãos ou região orgânica mais debilitada, então se condensa e se aloja, seja no pulmão, no intestino, no pâncreas, no fígado, rins, estômago, no baço, nos ossos, ou mesmo no sistema linfático, endocrínico ou sanguíneo.
Há criaturas que são vítimas de graves urticárias ou de manifestações eczemática após violenta discussão; noutras, a pele se pontilha de manchas escuras ou pretas, a que o povo atribui os efeitos das “doenças do coração”. Em algumas, a pele muda de cor, torna-se úmida, excessivamente seca ou esfarela-se; às vezes, é demasiadamente sensível sob o mais leve toque; doutra feita, a epiderme mostra-se apática a qualquer contato exterior. Tais sintomas cutâneos também podem depender da diversidade dos estados psíquicos do homem atrabiliário, perverso, ciumento ou colérico. A pele humana é como a tela viva a refletir para o exterior do mundo físico as condições íntimas, do próprio ser. Aliás, os modernos dermatologistas hindus, familiarizados com os ensinamentos ocultos, já conseguem identificar as causas boas ou más, responsáveis pelas afecções cutâneas dos seus pacientes, motivo por e eles também os doutrinam em espírito, mostrando-lhes a necessidade de harmonia psíquica para lograrem a cura mais breve.
Em verdade, as energias primárias ou instintivas do mundo animal encontram-se adormecidas na intimidade da própria alma porque se trata do residual de forças que lhe serviram quando da estruturação do corpo físico.
Os “pecados”, ou seja, as atitudes os pensamentos ou as emoções de ordem animal despertam essas forças e as excitam, fazendo-as aflorar à superfície do perispírito. Embora o termo não se ajuste perfeitamente à nossa idéia, diríamos que esses fluidos vigorosos e elementais terminam por “coagular” na intimidade do perispírito quando inflamados pelos impactos de emoções deprimentes e violentas.
Ramatís – Mediunidade de Cura.

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