domingo, 12 de agosto de 2012

mediunidade espiritismo

Apostila 21

MEDIUNIDADE - TEORIA E PRÁTICA

12ª Parte

CHACRAS - I

Nosso estudo sobre os atributos do homem Integral já nos mostrou intrincados recursos. Descobrimos o Duplo-Etérico; dele passamos aos cordões de Prata e de Ouro; avançando um pouco mais estudamos o corpo Astral; deste fomos ao corpo Mental, em cuja parada aproveitamos para falar dos Mestres. Seguindo à frente nos deparamos com a Aura Humana. Assim, pois, de capítulo em capítulo, fomos construindo nossa visão acerca da criatura, cujo complexo orgânico é a mais evoluída existente na Terra. Dentro dessa visão apreendemos dos altos valores contidos nesses recursos. E o que é mais importante, descobrindo suas formas mais sublimes de uso.
Nesta apostila analisaremos outro atributo não menos importante, os Chacras. Chacra é uma palavra do idioma sânscrito que, traduzida literalmente, significa Roda. Nas diversas escolas espiritualistas também é chamado de: centros vitais; centros de força; centros de energia; centros bioenergéticos; vórtices de energia; fulcros de força; discos energéticos, etc.
Os chacras principais, e classicamente sempre estudados, são em número de sete. Suas posições no corpo Físico, e seus nomes estão indicados na figura ao lado. Embora a maioria dos estudiosos só fale dos sete chacras principais, sabe-se que cada pessoa possui, aproximadamente, oitenta e oito mil chacras. (Waldo Vieira - livro Projeciologia, capítulo 110). Entretanto apenas trinta, do total, são considerados nos estudos e recebem um nome.
Formato - Os chacras têm o formado de um disco, com o diâmetro de mais ou menos cinco centímetros. Quando bem ativado sua forma comum de um disco chato, transforma-se em um vórtice, girando lenta ou rapidamente, dependendo de cada caso. (Ver figura 21D nesta apostila). Esse vórtice tem a aparência daquele rodamoinho que se forma quando soltamos a água retida numa pia.
Eles se situam, par a par, uma parte no corpo Astral e a contra parte no Duplo-Etérico. Assim, temos, do chacra Coronário, o seu lado no corpo Astral e a contra parte do mesmo chacra Coronário no Duplo Etérico. Da mesma forma são todos os demais. Quando os corpos estão acoplados, como acontece durante a vigília, as partes dos chacras se acoplam correspondentemente umas às outras, como se fossem colchetes. A figura 21-B ilustra o exemplo.
Válvulas - Conforme o próprio nome diz, os chacras são os centros de força. São pontos de ligação pelos quais flui a energia entre o corpo Astral e o corpo físico. Para efetuar o controle da passagem da energia o chacra possui a característica de válvula. Isto é, os dispositivos chamados de válvulas são utilizados para direcionar e regular a passagem de um fluido qualquer. Exatamente isso é o que os chacras fazem. Regulam o fluxo de energia proveniente do plano Astral. Essa circunstância será mais amplamente vista na apostila 22. Na figura acima demonstramos o esquema de funcionamento de uma válvula.
Plexos - A extremidade do vórtice do chacra, que é o ponto de contato com o corpo Físico, está diretamente conectado com algum centro de feixe de nervos, ou plexo, para o qual transfere a energia canalizada.
A figura ao lado mostra o vórtice do chacra incrustado na camada exterior do corpo Astral, e sua extremidade tocando o centro de ramificação de um plexo nervoso. Nas pessoas espiritualmente pouco evoluídas o vórtice dos chacras gira lentamente, ou estão em repouso, enquanto que nas pessoas de maior evolução espiritual o vórtice gira rápido. E quanto maior for a intensidade de energia suportada pela pessoa, maior torna-se o giro. Embora, devido a múltiplas situações, um chacra possa apresentar-se girando lentamente, ou mesmo em repouso, essa circunstância pode ser rearranjada, ou alterada. O processo de alterar o funcionamento de um chacra lento, passando-o para um movimento mais intenso, tem o nome de despertamento de chacras. Todavia, a aplicação desse processo provoca, como o nome diz, despertamento de percepções de sensações. Sim, porque o fluxo de energia que se transfere do Astral para o Físico nada mais é do que o transporte de sensações próprias daquele plano.
Melhor explicando: são sensações perceptíveis ao corpo Astral. O corpo Físico, ordinariamente, não as percebe devido o controle de efeito de válvula que os chacras exercem. Entretanto, fazendo uma ativação dos chacras, ou despertamento, o efeito é o de dar maior abertura à passagem do fluxo de energia, advindo disso a percepção de sensações incomuns.
Deixemos, porém, bem claro que nas situações de despertamento dos chacras a pessoa deve ser bem orientada, pois ela corre o risco de perder o controle dessas novas forças que se integram à sua consciência física, podendo arrastá-la a martírios de sensações insuportáveis.
E´ preciso ter bem presente no conhecimento que os chacras são os centros por intermédio dos quais flui energia do plano Astral ao Físico. Por tal conseqüência, quando a pessoa interessada no despertamento de seus chacras não é bem orientada, se vê invadida por volumes de fluxos superiores ao que pode suportar. Sendo que alguns desses fluxos são de predominância nociva, descambando para processos obsessivos. Nesses casos, as entidades de pouco respeito aproveitam-se do descontrole dessa pessoa e à ela se agregam, enraizando-se pelos seus chacras, e até danificando-os. Sobre isso falaremos mais à frente. Daí, pois, as recomendações de manter os chacras regulados e controlados, outro assunto que também trataremos mais à frente.
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A seguir descreveremos algumas das características diretamente relacionadas com o processo de despertamento dos chacras, individualizando cada um deles.
Chacra Básico - Também chamado de radical, genésico, chacra raiz, muladhara (do sânscrito). A ativação do chacra Básico transfere para os corpos do homem a força proveniente do interior da Terra, ou força telúrica, responsável pelo despertar da criatura como um todo, logo a partir de suas primeiras encarnações como Ser humano. Como é uma energia muito "pesada", voltada só para as sensações materiais, sua utilização se restringe apenas às atividades cuja predominância são os instintos de vida animal: o alimento e a reprodução.
Chacra Esplênico - No idioma sânscrito recebe o nome de swadhistana. Está situado à esquerda e um pouco abaixo do umbigo. Direciona a vitalidade originada na energia do Sol para o baço, no corpo Físico. O baço, por sua vez, ao receber essa energia, transfere-a ao sistema sangüíneo, que a carreia, redistribuindo-a por todo o corpo. No corpo Astral essa vitalização através do Esplênico proporciona ao homem as suas saídas astrais - projeção da consciência. Projeções que, embora consciente no plano Astral, não permitem, inicialmente, qualquer recordação do que ali ocorreu quando esse mesmo homem retorna ao plano Físico.
Chacra Gástrico - Em sânscrito chama-se manipura. Também pode ser chamado de umbilical, devido sua localização um pouco acima do umbigo. Esse chacra tem especial relação com a assimilação dos alimentos. Lembramos que todo e qualquer alimento, por mais sólido que seja, é energia condensada a ser transformada em radiante pelos órgãos digestivos, afim de que o organismo a assimile. O chacra Gástrico comunica-se diretamente com o plexo solar, ponto muito sensível do corpo Humano. No corpo Astral desperta a sensibilidade. Podemos dizer, a percepção das sensações. Dado a essas duas circunstâncias, isto é, ligado ao plexo solar e despertamento da sensibilidade, sua ativação traz
as seguintes conseqüências: capta toda espécie de influenciação, principalmente as oriundas do plano Astral, proporcionando que se distinga suas respectivas qualidades, isto é, as que são amistosas e as que são agressivas. E´ pelo chacra Gástrico que o homem percebe que alguns lugares são agradáveis e outros são repulsivos, mesmo que estes, à vista física, se apresentem de boa aparência. E´ aquela percepção de alguma coisa oculta, e a pessoa diz: "aqui tem coooooisa !".
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Façamos uma interrupção na descrição das características de cada chacra para analisarmos um aspecto interessante.
O SER humano, subdivididamente, pode ser considerado em duas partes: homem animal e homem espiritual. Essa linha demarcatória, em seu corpo, se situa entre o chacra Gástrico e o chacra Cardíaco. A figura ao lado faz essa demonstração. Assim sendo, numa simples observação de hábitos, torna-se fácil dizer se uma pessoa é menos evoluída, (mais animal e menos espiritual), ou mais evoluída, (mais espiritual e menos animal). Tudo em razão de suas preferências. Se ela satisfaz apenas os instintos situados abaixo dessa linha, que são, apetite voraz e sexualidade sem limites, revela sua condição de involuído.
Por outro lado, se já consegue sublimar hábitos, tais como o cultivo do saber, a vivência altruística, o desapego aos excessos enumerados acima, demonstra sua condição de caminhante em rumo ascensional.
Portanto, torna-se fundamental ao estudante de ciências do oculto, e o praticante da mediunidade, atentar para as diferenças funcionais de seus chacras que se subdividem em dois grupos distintos. A razão desse cuidado é porque os fluxos externos de energia que emanarão de outros seres penetrarão em si através dos chacras. Consequentemente, penetrarão com maior intensidade no chacra de conformidade com a correspondente função de cada um deles. E, em menor intensidade, porém influindo todo o sistema, através do chacra Coronário. A esse respeito, sobre os chacras trabalharem aos pares, sempre um específico associando-se ao Coronário, comentaremos com maiores detalhes no estudo das glândulas, na apostila 26. Exemplo: energias oriundas de entidades pervertidas e devassas invadirão o chacra Básico, exacerbando na vítima desejos incontrolados. Daí os casos de violência sexual. Em contra partida, as energias oriundas de entidades sublimadas, tocarão suavemente os chacras situados acima da linha divisória, e o indivíduo assim envolto se sentirá cheio de respeito e altruísmo. Daí, por sua vez, os casos de êxtase e amor ao próximo.

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