domingo, 4 de agosto de 2013

IDEOPLASTIA ESPIRITISMO.

O
PERISPÍRITO
e
suas
modelações
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CAPITULO 28
IDEOPLASTIA
Já existem provas reais de que o pensamento constrói e destrói, mesmo em
nosso meio material. Não somente o nosso pensamento desenvolvido e consciente
de homens, mas igualmente os instintos agressivos e direcionados dos animais
podem forçar desarmonias físicas em seus semelhantes.
Pesquisadores ingleses, com a finalidade de comprovar ou não o efeito do
mau-olhado, fizeram a seguinte experiência: colocaram dóceis ratinhos de cidade
bem próximos de ratos selvagens, muito embora, fora do alcance físico.
Obstaculizados materialmente de agredir os ratinhos estranhos, os ratos selvagens
realizaram atitudes de intimidação, enviando olhares agressivos e ameaçadores.
Embora sem sofrer um simples arranhão, sem possibilidade de qualquer contato
físico, os ratinhos urbanos acabaram por cair mortos. Submetidos a autópsias, os
ratinhos assassinados com simples olhares, mostravam glândulas supra-renais
dilatadas, sinal evidente de violenta pressão nervosa emocional.
O mau-olhado dos ratos selvagens contra os ratos da cidade provou que é
possível a agressão através do simples olhar, quando este canaliza o ódio ou
qualquer outro sentimento menos digno. E se em animais pequenos pode causar
até a morte, em organismos mais evoluídos, tais como os humanos, pode causar
uma série de contratempos que os estudi
osos dos fluidos souberam identificar.
Muitas vezes já ouvi falar de pessoas que matam plantas com o olhar e fazem
adoecer crianças e até animais com seu fluido nocivo. O estudo dos fluidos, a
maneira como eles são direcionados pela força mental, suas relações com o
perispírito e a influência moral comanda
ndo todo esse cenário, não deixam dúvidas
quanto à possibilidade de ocorrência de tais fatos. Não e o simples olhar aliado à
mecânica do pensar que impulsiona
o fluido em uma direção qualquer?
O ser humano é em essência aquilo que reside em seu coração. E sendo os
olhos as janelas da alma, eles lançam do que lá existe, direcionando pela força do
pensamento, sobre o que projetam. Sabemos que o fluido pode ser dirigido pelo
Luiz Gonzaga Pinheiro
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pensamento ou como que aspirado por vontade firme. No caso a que nos
reportamos, mau-olhado, uma criança, animal ou vegetal, não poderiam desejar
absorver tais fluidos; resta-nos concluir
que, consciente ou inconscientemente, o
fluido foi dirigido do emissor por sua vontade ou à sua revelia.
Mencionamos tais casos para que o leitor possa entender a importância do
pensamento na modelagem do meio ambiente, como na própria estrutura anatômica-
fisiológica do perispírito. Como o que é
essencialmente bom nada tem de mau,
quando pensamos no bem com intensidade, materializamos no meio externo
(ambiente) e interno (perispírito) os ef
eitos do nosso pensamento, que se fazem
visíveis para aqueles que os sintonizem.
Os bons pensamentos são portadores de luminosidade emanada do perispírito
que a difundiu, sendo que esta interfere no ambiente em que foi gerada. Através
dessa materialização do pensamento, dessas formas benéficas ou hostis modeladas,
assunto incluso no capítulo da ideoplastia,
é que os Espíritos, observando os raios
das cores formadas, a harmonia das formas e a lucidez do quadro gerado,
determinam o grau de evolução ou de inferioridade daquele que modificou o
ambiente com suas próprias criações. O
estado evolutivo do Espírito, é também
detectado mediante observação do seu perispírito, que apresentando características
físicas tais como cores, vestimenta, luminosidade ou obscuridade, materialidade
maior ou menor, funciona qual cartão iden
tificativo do seu padrão moral-intelectual.
No livro "A vida além do véu" do Rev. G. Vale Owen, no capítulo II, página
100, o autor pede a sua mãe um exemplo ilustrativo sobre o poder do pensamento,
no que é atendido com a seguinte descrição: "Uma falange de amigos e eu, que
estávamos sendo instruídos neste assunto,
encontramo-nos, e para conhecer o grau
do nosso progresso, resolvemos fazer uma experiência para esse fim. Procuramos
uma clareira no centro de um belo bosque e, como prova, resolvemos todos desej ar
uma certa e determinada coisa para ver se conseguiríamos. Escolhemos a
reprodução de um fenômeno em terreno descampado, cujo efeito fosse tão sólido
c permanente que nos permitisse examiná-lo depois. Seria a estátua de um grande
animal, mais ou menos como um elefante, porém, um pouco diferente; um animal
que possuímos aqui. mas que deixou de habitar a sua terra. Todos nos sentamos
em volta do terreno aberto e concentramos a nossa vontade no objeto que deveria
ser reproduzido. Bem depressa ele apareceu e ficou ali diante de nós. Admiramo-
nos muito da rapidez do resultado. Mas, debaixo do nosso ponto de vista, havia
dois defeitos. Era grande demais, pois havíamos deixado de combinar as nossas
vontades na proporção adequada. Parecia muito mais com um animal vivo do que
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PERISPÍRITO
e
suas
modelações
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com uma estátua, porque muitos tinham pensado em um animal vivo, assim como
na sua cor, e desse modo o resultado foi uma mistura de carne e pedra. Muitos
pontos, também, estavam desproporcionados,
a cabeça era grande demais e o corpo
muito pequeno, e assim por diante, mostrando que maior força fora concentrada
em algumas partes mais do que em outras. É assim que chegamos a conhecer as
nossas imperfeições e a maneira de corrigi-las em nossos estudos.
Ensaiamos, examinamos o resultado, e tornamos a experimentar. Assim
fizemos agora. Desprendendo a nossa atenção da estátua obtida e conversando,
ela pouco a pouco se desfez. Estávamos então preparados para nova experiência.
Resolvemos não escolher o mesmo modelo, por isso, dessa vez escolhemos uma
árvore com frutos, algum tanto parecida com uma laranjeira. Fomos mais felizes.
O principal defeito era estarem alguns frutos maduros e outros verdes. As folhas
não estavam convenientemente colori
das nem os galhos em proporção.
Sucessivamente experimentamos um objeto após outro, melhorando um pouco,
de cada vez. Imagine a alegria que reinava com tais estudos e as gargalhadas
provocadas pelos nossos enganos."
Podemos dizer que a modelagem, a criação do ambiente espiritual com tudo
quanto nele existe, é produto da cria
ção mental dos Espíritos, que o fazem
proporcionalmente ao seu estado ment
al-moral-intelectua
l. O Espírito pode
mentalizar uma flor e materializá-la no ambiente. Mas, pode ser que esta, seja
apenas uma forma, sem a estrutura molecular e celular típica de uma flor. Apresente
perfume, colorido e outros detalhes, mas, examinada por um técnico, este poderá
constatar a ausência de elementos celulares
funcionais, a inexistência dos gametas
reprodutores e, mesmo existindo tais estrut
uras, a disposição genética, a informação
que deveria constar em cada gene, não se apresente. Pode ocorrer também que a
flor sendo hermafrodita, ou seja, possuindo ambas as células reprodutoras,
masculina e feminina, estas não tenham uma via de acesso para o encontro,
dificultando a reprodução da espécie.
Caso o construtor ou plasmador nã
o tenha conheciment
os de Botânica,
incorrerá em numerosas falhas, tais como: vasos condutores inadequados,
fechamento do estigma, ausência do núcleo geratriz do pólen e seriam tantos os
desacertos que o técnico diria não tratar-se de uma flor o objeto em análise.
O pensamento modela as formas com perfeição, beleza e utilidade, sempre
obedecendo ao estado evolutivo de cada indivíduo. É por esse motivo que, para as
grandes construções, grupos de
Espíritos treinados para
esse ofício, com a dignidade
e a sapiência que a evolução lhes outorgou, se reúnem em somatório harmônico

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